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O Silêncio que fala Alto Beto Colombo Empresário, Escritor, Filósofo Clínico, Coordenador da Filosofia Clínica na UNESC Criciúma/SC Querido leitor, aceite o meu fraternal abraço. Nos últimos anos, tenho procurado valorizar a simplicidade da vida, até de forma lúdica e ingênua, se é que dá pra falar assim. E o silenciar é um caminho tão intenso quanto profundo. Na verdade, para mim, o silêncio mostra muito. Ainda na infância lembro de dias silenciosos sem televisão, sem rádio, passávamos boa parte do tempo ouvindo e discernindo o cantar dos pássaros, se arrepiando com os sons uivantes do vento. Na tenra idade, marcou-me muito os poucos momentos em que esse silêncio era quebrado e um deles era quando o leiteiro de charrete tocava sua buzina avisando que estava passando e era a deixa para trocar a vasilha. Há poucos anos, precisamente em 2006, quando fiz o Caminho de Santiago pela primeira vez, tenho saudade dos dias inteiros em que fiz companhia para mim, em silêncio, ouvindo
Fragmentos filosóficos delirantes XCV* Não-coisa O que o poeta quer dizer no discurso não cabe e se o diz é pra saber o que ainda não sabe. Uma fruta uma flor um odor que relume... Como dizer o sabor, seu clarão seu perfume? Como enfim traduzir na lógica do ouvido o que na coisa é coisa e que não tem sentido? A linguagem dispõe de conceitos, de nomes mas o gosto da fruta só o sabes se a comes só o sabes no corpo o sabor que assimilas e que na boca é festa de saliva e papilas invadindo-te inteiro tal do mar o marulho e que a fala submerge e reduz a um barulho, um tumulto de vozes de gozos, de espasmos, vertiginoso e pleno como são os orgasmos No entanto, o poeta desafia o impossível e tenta no poema dizer o indizível: subverte a sintaxe implode a fala, ousa incutir na linguagem densidade de coisa sem permitir, porém, que perca a transparência já que a coisa ë fechada à humana consciência. O que o poeta faz mais do que mencioná-la é
O abismo é logo ali Luana Tavares Filósofa Clínica Niterói/RJ As lembranças vão se insinuando pouco a pouco, como se viajassem ao longo de um caminho incerto, impreciso, familiar... mas que aos poucos se desenha obscuro e tenso. O ritmo se traduz intenso e a velocidade se revela em descontrole, imbricando pelas voltas sinuosas de tudo o que não conseguimos compreender. Sentimos a sensação iminente de um vazio, de um vácuo a se formar pela possibilidade do pressentido temor que se aproxima... o temor do desconhecido. Não sabemos ainda se queremos acessar o abismo, embora saibamos que ele permanece logo ali, acompanhando, com seu olhar penetrante, na certeza de que, em breve, e mesmo a contragosto, mais uma partícula se aninhará em seu acolhedor destino. Muitas vezes não sabemos para onde ir ou o que devemos fazer, pois não importa o que se escolha, somos levados talvez para onde não desejássemos estar, pelo menos não ainda... ou jamais. Escolhas talvez não definam sentimento
Sua boca é o céu que eu quero alcançar Jussara Hadadd Terapeuta Sexual, Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG De olhos fechados deixando o pensamento ir, encontrar as nuvens. O frescor e a leveza das nuvens brancas que passam sem sentido fluindo para onde a chuva tem de chegar. De olhos fechados, imaginando e sentindo. Percebendo cada toque dos lábios, os sons e o perfume da respiração do amor que nesta hora vem afagar os anseios por carícias e ensejos que o desejo acendeu. De olhos fechados, caminhando sob o calor do sol que inunda de luz um corpo que pede amor no corpo do outro... De olhos fechados, sonhando com a luz do amor, com o brilho que o desejo acende na alma, trazendo cores a um momento dedicado a vida. Que o sol brilhe apenas neste instante e que a luz pareça eterna. De olhos abertos, olhando nos olhos e confirmando o instante presente e ausente que nasce e morre e que morre feliz se morrer ali. De olhos bem abertos confirmando a presença e a proximidade do amor q
Penúltimas notícias: Experiências sensoriais e abstratas são temas de palestra em Florianópolis Temas que envolvem a psique humana sempre aguçam a curiosidade e despertam indagações. O cérebro é capaz de reproduzir sentimentos, abstrações, pressentir ações futuras e até mesmo, coordenar atitudes e estimular a imaginação. No dia 18 de abril, quarta-feira, o filósofo clínico Bruno Packter coordena a palestra Filosofia Clínica e as experiências sensoriais e abstratas, na Livrarias Catarinense no Beiramar Shopping. O evento, com início às 19h30, terá entrada franca. Para a Filosofia Clínica as chamadas experiências abstratas estão diretamente relacionadas a questões como conceitos e ideias. “As abstrações dizem respeito aos ‘movimentos’ soltos dos conceitos intelectuais e nem sempre possuem fundamentos lógicos”, diz Bruno Packter. Já as experiências sensoriais estão diretamente ligadas aos cinco sentidos humanos – visão, audição, paladar, tato e olfato. “É possível que uma pesso
Apenas um garoto de 26 anos Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica O futuro está lá, não é nítido, será construído pelo caminho. E o caminho é feito de momentos; os bons momentos são os que acontecem com a pessoa certa no lugar certo. É quase um estado de espírito. Casamento e filhos são relacionados a alguém para ficar junto depois dos 30, por aí. Depende, porque o futuro está em aberto. Vida social é importante, contatos, nada a ver com questões de trabalho, de família. A explicação é que contatos são importantes porque são contatos. O capitalismo é bom, o que não é bom é o governo. A política é o problema, não a economia propriamente. A idéia é que a política influencia a economia. Não interessa muito se a pessoa é católica, evangélica, taoísta, o que está em questão é a energia que a pessoa passa. A ênfase é no que a pessoa mentaliza e passa, não a ideologia. Sobre comida, é saudável evitar porcaria e isso está ligado a exercício, a boas idéias, a bons papo

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