Um absurdo poder sobre si mesma* Ela tem dedos finos e longos e toca as pessoas de forma diferente, qual timbre tenham. A pianista morena seduz com o talento que tem e o usa a seu favor, sobre as melodias dos mestres que interpreta com a alma. Toca as teclas de geléia colorida, as frutas transformadas em vitrificados translúcidos ou opacos – a nobreza está na transparência. Comeria o mundo, como Simone de Beauvoir. Suas heroínas são Ana de Assis, Xica da Silva, a Dama das Camélias, Dona Flor, Pagu, Clarice, mulheres transgressoras, mulheres de poder, quando o poder sobre si mesmas já era um absurdo. A luta contra a exigência do padrão que exclui e fecha a liberdade a chance de cada um ser o que é para ser o modelo convencionado por tal sociedade humana. Puxa, o que é isso, um ventilador de teto? A pianista queria ser admirada pelo que era, e não pelo que tinha, posto que não tinha, ou tinha – apenas a história. E histórias bonitas ou tristes para se contar e escrever era preci
Um endereço artesanal para convivência aprendiz com o novo paradigma. Aqui você encontra: cursos, clínica, pesquisa, consultoria, publicações, formação continuada, projetos sociais. A Instituição oferece uma tradição de 42 anos atuando com pessoas. Nossa atividade - há quase 30 anos na Filosofia Clínica - se traduz em uma busca para desenvolver e compartilhar a utopia e o sonho da nova abordagem terapêutica.