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Fragmentos filosóficos delirantes XCXIV* "(...) E algum tempo depois, eles que haviam transposto seus confins, por caminhos singulares se encontraram, e, se não foram felizes para sempre, ao menos conquistaram, com risco e aflição, o dom de partilhar o seu sinal, que os marcava e isolava de todos os demais." "Não tentem me explicar, não me prendam, escrevi certa vez, mas podia ter escrito 'não me matem', como se espetassem uma borboleta no alfinete das interpretações." "É preciso entregar-se à minha narração, andar pelos caminhos dela, rolar em suas enconstas, afogar-se em suas águas como eu tantas vezes fiz, para me acompanhar." "Sempre foi duro vencer o espírito de rebanho, mas esse conflito se tornou quase esquizofrênico: de um lado, precisamos ser como todo mundo, é importante adequar-se, ter seu grupo, pertencer; por outro lado, é necessário preservar uma identidade e até impor-se, às vezes transgredir para sobreviver." &q
Operação bicicleta: dia 1* Com tantas campanhas que incentivam o uso da bicicleta decidi aderir e hoje foi o meu primeiro dia. O sol ainda estava muito tímido quando subi para as primeiras pedaladas. A sensação que tive foi quase religiosa. Nunca fui dada aos exercícios físicos, quase sempre dava um jeito de não fazer educação física na escola, sou uma sedentária de carteirinha. Mas admito que não sai da minha cabeça a idéia de fazer alguma atividade a fim de ajustar as engrenagens, tenho uma inclinação para o pilates. A idéia de me esticar toda remete a um livro infantil em que os animais passavam por aparelhos bem rústicos feitos de madeira e parafusos que esticavam ou encolhiam os mesmos, lembro da girafa que quis encolher, no meu caso eu gostaria justamente do contrário, um pouquinho que fosse já me satisfaria, por isso me anima o pilates! Mas entre uma passada e outra em frente a academia nada ainda me fez entrar. Então a bicicleta veio a calhar, apesar deu percorrer um ca
Por que a Arte de Amar surpreende?* O fenômeno é o Amor- sinônimo de relação, logo energia - Movimento, Ação- Liberdade. Que tem como antônimo o Poder - Egocentrismo - Controle - Tensão - Escravidão. Se amor é Movimento, é deste movimento que se faz e cria a Arte. Que arte é esta que falo quando o assunto é o amor? Falo das expressões no tempo e espaço e além do espaço e tempo. Falo da vastidão da alma para além do ego, que é eu aprendiz. Amor pode parecer complexo, mas é Vida. Arte é movimento da alma, expressão amorosa, que no encontro promove o enamoramento, encantamento, identificação e espelhamento. A arte faz vibrar a alma, que depois de se enamorar se transforma em paixão. A alma acende a lua,clareia a escuridão dos pantanais. Convida a fusão. As almas se entrelaçam e desejam os corpos incendiados. A arte avança, rompe, fragmenta,corta. Gera paixão triste. Na pósmodernidade, nosso tempo do agora, nosso hoje existencial a arte de amar mais separa, rompe, destroí o mit
Periódico Existencial* Uma discussão a respeito de mente e cérebro acabou levando a uma discussão sobre se as doenças realmente existem ou não. Eu, e talvez você, conhecemos pessoas que já tiveram um problema de saúde e que, após muitos exames, nada foi diagnosticado, pessoas que percorreram um longo caminho na medicina e nenhum causador orgânico foi encontrado. Esse é o caso do problema que envolve a mente e o cérebro. O cérebro é considerado nosso principal órgão, onde fica o centro do sistema nervos. É um órgão extremamente complexo, que nas últimas décadas vem sendo largamente estudado e mapeado. Estes estudos têm vários objetivos, entre os quais entender o funcionamento do cérebro e, a partir disto, construir diversos mecanismos que facilitem a fabricação de remédios que possam ter o efeito desejado para as mais diversas doenças que o afetam. Há ainda o interesse em desvendar a forma como o cérebro funciona, mecanicamente, e talvez aplicar o seu sistema a um computador. Men
Muitos em mim* Nas desventuras da vida me aventuro na descoberta do humano incompreendido desprezado e indiferente olho nas entrelinhas da vida escuto o silêncio das palavras não ditas redescubro sonhos esquecidos no passado trilho novos caminhos a partir de velhas existências navego em oceanos de emoções me humanizo a cada dor e partilho o dom da paz em cada coração encontro o humano na essência de cada retalho da vida faço-me um com os muitos que habitam o meu ser *Pe. Flávio Sobreiro Poeta, Filósofo Clínico Cambuí/MG

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