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Estamos todos certos* Surpreende-me a voracidade com que algumas pessoas sentem necessidade de ter suas ideias e opiniões aceitas e compartilhadas. O espaço para troca de ideias, contrapontos e antíteses, para então gerar uma nova síntese, é reduzido a zero. Quando o interlocutor tem o mesmo perfil, a situação se agrava: transforma-se em diálogo surdo a conversa que podia ter sido prenhe de sentidos e pontos de chegada. Surpreende-me ainda mais quando, durante a discussão, surge a expressão: ‘você está errado’. Oras, tão simples é entender que, em toda e qualquer situação, a julgar pelo íntimo e historicidade de cada um, todos estão certos! Gerar uma opinião e posição sobre determinado fato nunca é aleatório, por mais que pareça, para decepção daqueles que gostam de apontar a mídia como formadora de rebanhos. Posicionar-se, mesmo que em cima do muro, exige, mesmo que inconscientemente, uma justificativa. Cada um é único, ímpar, singular, em sua trajetória. Simpatias e antipatia
Percepção...* Sinto-me mais perceptiva, não sei se eu mudei ou foi o mundo que mudou. Olho para o outro e compreendo suas complexidades por mais estranhas que possam parecer à muitos. Talvez esteja compreendendo melhor o meu "Eu" e, de repente, como num susto, o "Eu" do outro é tão meu que não me espanta mais certas atitudes. Talvez esteja me permitindo a dar maior atenção a minha sensibilidade ou talvez esteja passando por um profundo estado de compaixão. Só sei que a vida se torna mais possível quando tentamos compreender os motivos de todas as ações humanas. Por mais que nos pareçam diferentes essas ações há um porquê respeitável para tal. Ando pela rua e olho ao redor. Pessoas passam, riem, falam, brigam. Sinto-me como uma pessoa num grande teatro, onde cada qual, representa seu papel social. Inclusive eu! Mas, nesse momento, leio os sentimentos escondidos de certas personagens que não me passam desapercebidas e como num jogo aleatório quase sinto o "mo
Fragmentos filosóficos delirantes XCXXXIII* OS HOMENS DESEJAM AS MULHERES QUE NÃO EXISTEM Está na moda - muitas mulheres ficam em acrobáticas posições ginecológicas para raspar os pêlos pubianos nos salões de beleza. Ficam penduradas em paus-de-arara e, depois, saem felizes com apenas um canteirinho de cabelos, como um jardinzinho estreito, a vereda indicativa de um desejo inofensivo e não mais as agressivas florestas que podem nos assustar. Parecem uns bigodinhos verticais que (oh, céus!...) me fazem pensar em... Hitler. Silicone, pêlos dourados, bumbuns malhados, tudo para agradar aos consumidores do mercado sexual. Olho as revistas povoadas de mulheres lindas... e sinto uma leve depressão, me sinto mais só, diante de tanta oferta impossível. Vejo que no Brasil o feminismo se vulgarizou numa liberdade de "objetos", produziu mulheres livres como coisas, livres como produtos perfeitos para o prazer. A concorrência é grande para um mercado com poucos consumidores, pois
Quando a pior rival é "ELE"* "Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes, é necessário ser um...” Fernando Pessoa. "Eu quero um homem romântico, sensível e de alma feminina. Que precise de mim e do meu amor. Que me deixe cuidar dele. Que cuide de mim, que me entenda." Cuidado! Pense antes de esfregar a lâmpada. As palavras tem poder e o universo pode te mandar algo bem próximo de uma mulherzinha, das mais dengosas e mimadas, na pele de um bebe dengoso e mal criado, produto mal acabado e fruto de uma criação deficiente, capaz de tirar de você toda a sua alegria de viver. Toda a sua vontade de acertar, todas as chances. Esta é uma armadilha clássica onde mulheres desesperadas por um amor caem e depois para se levantar, é muito complicado. A gente tenta ajudar. O lobo em manto de cordeiro vem dizendo que nunca foi feliz, que jamais encontrou alguém tão boa quanto v
Fragmentos filosóficos delirantes XCXXXII* As avós, essas gostosas* Já disse e repito: cem anos atrás se fazia sexo mais e melhor do que hoje. Talvez a culpa desta minha obsessão pela vida sexual antiga seja das minhas avós. Minha avó materna casou grávida em mil novecentos e bolinha, trabalhou como uma dessas telefonistas sensuais no começo século 20, e falava de sacanagem até os cem anos de idade, e meu avô foi louco por ela até o fim da vida. A paterna foi a primeira (ou uma das primeiríssimas) sufragistas do Brasil, fazendo um recurso ao Poder Judiciário em 1928 pedindo direito ao voto. Sendo assim, descendo de uma linhagem direta de avós que fundaram a emancipação feminina no Brasil, naquilo que importa: na cama e na urna. Há 100 anos se fazia sexo mais e melhor do que hoje. Claro, esta é uma afirmação não científica, aviso aos especialistas em estatísticas comparativas da atividade sexual nos últimos 5.000 anos. Mas como dizia o personagem do subsolo do "Memórias
Profecias Maias, uma reflexão* Antes de tudo prefiro questionar sobre o que se esconde no comportamento da humanidade quando o assunto é profecia. O que muitos desejam ver destruir? Por que o medo coletivo frente as profecias? Que há um desejo de mudança não temos dúvidas. Que estamos todos insatisfeitos com o caminho que a humanidade está tomando não duvidamos. Por que cientistas, mídia, jornais, revistas, livros investem tanto neste impasse? Por que mesmo não acreditando muitos questionam e param para ler e ouvir sobre o tema? Mais que responder se as profecias poderão se realizar, é fundamental uma reflexão profunda sobre como absorvemos estas informações e o que ela provoca em nós. Não podemos sair de uma profecia que é cruel: - Somos mortais! A qualquer hora nossa vida vai terminar. Esta é uma realidade que evitamos pensar. Imaginar a morte coletiva, o fim deste mundo, nos incomoda. Como não sabermos como o mundo iniciou, pelo menos temos a fantasia que podemos prever seu
Temperamentos do Tempo* Outubro inicia com mudança de direção dos ventos, usa o calor pra se fazer anunciar. Algumas pessoas são mais sensoriais que outras e como os ventos mudam a direção com seus afetos, não sem antes superaquecer para depois vaporizar suas resistências. Nunca ninguém tentou medicar o tempo, será que não perceberam ainda que ele é quadripolar? Há Sim, o tempo pode! Esta aquém a qualquer tipologia. Na verdade, o tempo está aquém do nosso controle, inspirou e ainda inspira muitas reflexões filosóficas. A espécie humana não aceita as infinitas variações de personalidades em sua natureza, algumas delas são consideradas patológicas e por isso sujeitas a todo tipo de intervenção. Mas o tempo, não da para controlar, dá? Com a onda de comportamento sustentável, com expansão da Eco Visão, constata-se que a concentração da manipulação humana junto à natureza, já causou seus estragos e dia a dia nos coloca mais e mais refém dos humores extremos da natureza. Mui
Fragmentos filosóficos delirantes XCXXXI* Quem seremos no futuro? Acabo de assistir uma palestra do inventor e futurista Ray Kurzweil, que está passando uns dias na minha universidade nos EUA. Kurzweil ficou famoso por suas várias invenções, desde sintetizadores que podem simular sons de piano e outros instrumentos, até um software para cegos que transforma texto em voz. Escreveu vários best-sellers, onde explora como o avanço exponencial da tecnologia transformará profundamente a sociedade, redefinindo não só o futuro mas a própria noção do que significa ser humano. Segundo Kurzweil, a revolução não só já começou como avança rapidamente em direção a um ponto final, "a Singularidade", quando máquinas e seres humanos formarão uma aliança que poderá nos tornar seres super-humanos. Ele prevê que chegaremos lá em 2045. Segundo Kurzweil, em 2020 computadores serão poderosos o suficiente para simular o cérebro humano. Baseando seus argumentos numa lei empírica chamada "

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