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Caminho* Um caminho para cada lugar Tinha cheiro de grama Gosto de festa de riso Brilho sol no olhar Tinha gente vestida de gente Que era gente Tinha canto pintado de dança Tinha gente saindo das pedras Tinha pedras aquecidas e liquidas Tinha vida de todo lugar Tinha beijo e doce na boca Tinha trem e passeio no ar Tinha ponte pra gente passar Tinha sábios pra todo lugar Um caminho no peito que Inflou feito balão em noites felizes de São João De todos e de trilhas que levam ao mar Tinha gente aprendendo a voar e pássaros aterrizando no ar. A circunstancia era o caminho a Filosofia o lugar E o tempo se fez tão suave e desapercebido avisou - Ja é hora de voltar! *Alba Regina Bonotto Psicóloga, filósofa clínica Curitiba/PR
SINTOMAS* Depois de escrever “Sinais”, fui desafiado a continuar no assunto e falar agora sobre os “Sintomas” do amor. Ainda não sou especialista no assunto, mas posso dizer que me dedico, e como sou movido a desafios, vou tentar. Pensei inicialmente em fazer uma divisão didática, semelhante ao que se faz com as patologias em medicina: sintomas leves, medianos e graves de amor. Não deu certo. Amor não é uma doença; paixão talvez seja uma espécie de confusão delirante com exaltação maníaca e por isto acumule tantos sintomas. Quando se trata de amor, este tipo de classificação não funciona. Não dá prá amar um pouquinho ou só de leve ou querer achar um rótulo para classificar. É um amor pobre aquele que se pode medir- Shakespeare. Ou se ama ou não se ama. Lembram do recado do amor? “Não aceitem menos que isto.” Por outro lado, não podemos confundir, existem várias formas e sintomas de amor. Cada individuo tem uma história de vida, uma personalidade e uma forma de amar própri
Estamos todos certos* Surpreende-me a voracidade com que algumas pessoas sentem necessidade de ter suas ideias e opiniões aceitas e compartilhadas. O espaço para troca de ideias, contrapontos e antíteses, para então gerar uma nova síntese, é reduzido a zero. Quando o interlocutor tem o mesmo perfil, a situação se agrava: transforma-se em diálogo surdo a conversa que podia ter sido prenhe de sentidos e pontos de chegada. Surpreende-me ainda mais quando, durante a discussão, surge a expressão: ‘você está errado’. Oras, tão simples é entender que, em toda e qualquer situação, a julgar pelo íntimo e historicidade de cada um, todos estão certos! Gerar uma opinião e posição sobre determinado fato nunca é aleatório, por mais que pareça, para decepção daqueles que gostam de apontar a mídia como formadora de rebanhos. Posicionar-se, mesmo que em cima do muro, exige, mesmo que inconscientemente, uma justificativa. Cada um é único, ímpar, singular, em sua trajetória. Simpatias e antipatia
Percepção...* Sinto-me mais perceptiva, não sei se eu mudei ou foi o mundo que mudou. Olho para o outro e compreendo suas complexidades por mais estranhas que possam parecer à muitos. Talvez esteja compreendendo melhor o meu "Eu" e, de repente, como num susto, o "Eu" do outro é tão meu que não me espanta mais certas atitudes. Talvez esteja me permitindo a dar maior atenção a minha sensibilidade ou talvez esteja passando por um profundo estado de compaixão. Só sei que a vida se torna mais possível quando tentamos compreender os motivos de todas as ações humanas. Por mais que nos pareçam diferentes essas ações há um porquê respeitável para tal. Ando pela rua e olho ao redor. Pessoas passam, riem, falam, brigam. Sinto-me como uma pessoa num grande teatro, onde cada qual, representa seu papel social. Inclusive eu! Mas, nesse momento, leio os sentimentos escondidos de certas personagens que não me passam desapercebidas e como num jogo aleatório quase sinto o "mo
Fragmentos filosóficos delirantes XCXXXIII* OS HOMENS DESEJAM AS MULHERES QUE NÃO EXISTEM Está na moda - muitas mulheres ficam em acrobáticas posições ginecológicas para raspar os pêlos pubianos nos salões de beleza. Ficam penduradas em paus-de-arara e, depois, saem felizes com apenas um canteirinho de cabelos, como um jardinzinho estreito, a vereda indicativa de um desejo inofensivo e não mais as agressivas florestas que podem nos assustar. Parecem uns bigodinhos verticais que (oh, céus!...) me fazem pensar em... Hitler. Silicone, pêlos dourados, bumbuns malhados, tudo para agradar aos consumidores do mercado sexual. Olho as revistas povoadas de mulheres lindas... e sinto uma leve depressão, me sinto mais só, diante de tanta oferta impossível. Vejo que no Brasil o feminismo se vulgarizou numa liberdade de "objetos", produziu mulheres livres como coisas, livres como produtos perfeitos para o prazer. A concorrência é grande para um mercado com poucos consumidores, pois
Quando a pior rival é "ELE"* "Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes, é necessário ser um...” Fernando Pessoa. "Eu quero um homem romântico, sensível e de alma feminina. Que precise de mim e do meu amor. Que me deixe cuidar dele. Que cuide de mim, que me entenda." Cuidado! Pense antes de esfregar a lâmpada. As palavras tem poder e o universo pode te mandar algo bem próximo de uma mulherzinha, das mais dengosas e mimadas, na pele de um bebe dengoso e mal criado, produto mal acabado e fruto de uma criação deficiente, capaz de tirar de você toda a sua alegria de viver. Toda a sua vontade de acertar, todas as chances. Esta é uma armadilha clássica onde mulheres desesperadas por um amor caem e depois para se levantar, é muito complicado. A gente tenta ajudar. O lobo em manto de cordeiro vem dizendo que nunca foi feliz, que jamais encontrou alguém tão boa quanto v
Fragmentos filosóficos delirantes XCXXXII* As avós, essas gostosas* Já disse e repito: cem anos atrás se fazia sexo mais e melhor do que hoje. Talvez a culpa desta minha obsessão pela vida sexual antiga seja das minhas avós. Minha avó materna casou grávida em mil novecentos e bolinha, trabalhou como uma dessas telefonistas sensuais no começo século 20, e falava de sacanagem até os cem anos de idade, e meu avô foi louco por ela até o fim da vida. A paterna foi a primeira (ou uma das primeiríssimas) sufragistas do Brasil, fazendo um recurso ao Poder Judiciário em 1928 pedindo direito ao voto. Sendo assim, descendo de uma linhagem direta de avós que fundaram a emancipação feminina no Brasil, naquilo que importa: na cama e na urna. Há 100 anos se fazia sexo mais e melhor do que hoje. Claro, esta é uma afirmação não científica, aviso aos especialistas em estatísticas comparativas da atividade sexual nos últimos 5.000 anos. Mas como dizia o personagem do subsolo do "Memórias

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