Pular para o conteúdo principal

Postagens

Bom dia amigos* O cineclube AudiovisUAI de São Tiago/MG retornará às suas atividades no mês de fevereiro. A primeira exibição acontecerá no domingo, dia 17, com uma sessão especial no FORNO da praça de São Tiago, a partir das 19 horas. Falaremos de samba, Baden Powell e Cartola e, também, de circo e palhaços. E muito café-com-biscoito! Participe e convide seus amigos divulgando a nossa programação. *Mariana Fernandes Cineasta, jornalista, filósofa clínica Coordenadora do Cineclube AudiovisUAI São João del Rei/MG
O SIM QUE VALE POR UM NÃO* Vou iniciar contando uma piada antiga, a diferença entre o político e a mocinha. Quando o político diz “sim”, significa “talvez”. Quando fala “talvez”, quer dizer “não”, e quando diz “não”, deixa de ser político. Por outro lado, quando a mocinha diz “não”, tem o significado de “talvez”. Quando fala “talvez”, quer dizer “sim”, e quando diz “sim”, deixa de ser mocinha. Sem entrar no mérito da piada, a intenção foi apenas ilustrar quantas vezes dizemos “sim”, quando na verdade gostaríamos de falar “não” e vice versa. Será que é mais fácil dizer um “sim” que um “não”? Dizer “sim” não demanda muitas explicações, mas dizer “não” quase sempre exige uma justificativa. Em tese, se você concordar e aceitar terá maiores chances de agradar e ser bem quisto pelos outros. Por isto, algumas pessoas dizem “sim”, mas terminam agindo como um “não”. Você não queria ir à praia, mas não conseguiu recusar o convite. Vai mas fica emburrado o tempo todo, sequer pisa na arei
A Santa Maria que eu vivi!** A que bebeu poesia* A louca que passa Deixou na vidraça Um olhar que no fundo Tem muita desgraça. Será minha mãe A pobre da louca Que nada mais tendo Conserva a ternura? Será minha noiva Que louca ficou Depois que parti No barco da guerra? Será minha filha A louca do bairro Que a vida judiou Depois que morri? Ou foi a poesia Que a louca bebeu Que lhe deu esse ar De ser doutro mundo? *Luiz Guilherme do Prado Veppo Médico psiquiatra, professor de literatura, poeta 1932 - 1999 **Hélio Strassburger
Os poemas * Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam vôo como de um alçapão. Eles não têm pouso nem porto alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti... *Mário Quintana (Esconderijos do Tempo)
Sobre a arte de redigir silêncios* Uma fenomenologia da espera descreve seu vocabulário pela quimera a se mostrar esconderijo. A palavra refugiada na estrutura do silêncio parece dizer mais. Seu instante fugaz aponta entrelinhas de um esboço. Seu viés multiplica-se nos enredos da expressão absurda. A suspeita de uma razão vigiada persegue eventos pelos contornos da ficção. Talvez essa novidade, como um deslize da ideia não declarada, se mostre nas páginas em branco. Esses episódios se sucedem em pretextos para um sentido à margem do discurso principal. Os manuscritos do inesperado podem ser anúncio ao relatar invisibilidades. Ao interrogar esses indizíveis esconderijos das perolas imperfeitas, um olhar escuta a geografia dos exílios. Os espaços desacreditados se protegem no retiro das fórmulas secretas. Os rituais da linguagem singular apreciam a redescoberta desses espaços calados. Ânimos de diversidade na interseção entre a promessa
O Pecado abaixo da linha Equador* Na verdade, está abaixo de tudo e, principalmente, abaixo do que jamais gostaríamos que fizessem conosco. O pecado não está em buscar a felicidade ou viabilizar uma nova e alegre vida, mas sim em não avisar ao outro que passou a precisar de uma vida nova. Está também em fazer tentativas com outro alguém, deixando o parceiro em stand by, caso se meta em alguma furada. O pecado está em deixar de amar e não comunicar. Em não libertar o outro enquanto sai em busca do que é bom para você. O pecado está em minar cruelmente e lentamente a relação, o outro e tudo o que possibilitaria a continuidade da união, criando justificativas para atender a impulsos de leviandade que nascem exclusivamente de sua incapacidade com a autoconvivência e com a convivência reta e proposta com alguém a quem um dia elegeu como o seu grande amor. - Ele agora é cheio de defeitos e conhece todos os meus, por isso, mereço e me permito alguém melhor. Vou tentando e se não achar,
Nova Lua Cheia_27jan2013* Eis uma Nova Lua Cheia. E com ela a possibilidade de que algo novo realmente aconteça. Esta é a primeira lua cheia do ano e favorece a percepção dos condicionamentos antigos já, que não servem mais para muita coisa. É uma Nova Lua Cheia sincrônica com o Arcano Maior do Tarô, A Torre, conhecido também como a Casa de Deus. Arcano que inaugura e favorece novas estruturas, um novo chão e a possibilidade de iniciar algo a partir de novas bases, pós aniquilação das antigas. Momento para perceber que muita coisa não funciona mais. O movimento da natureza é lento, sábio e constante, não linear necessariamente ao que os nossos olhos possam considerar como linear, porém, cíclico, em círculos gigantes e pequeninos, mas nunca em saltos. Ela é constante em seus movimentos, e somos natureza também. Pois bem, mas há algo novo no ar a espera de decodificação. Há necessidade de enxergar o que não compactua com o atual momento. Se tudo pode ser novo já e nossas perce
Alétheia ou Des-velar* “Des-velar” é a tradução literal da palavra grega “Alétheia”, que significa “verdade”. As concepções de verdade ao longo da história são diversas – adequação da coisa ao intelecto, validade de proposições, etc –, entretanto, ao escolher esse termo grego e a atribuição dada, sobretudo por Heidegger, para o qual a “verdade como ‘desvelamento’ possui diversas consequências. A verdade já não é mais algo do qual podemos ou devemos estar certos em um sentido cartesiano ou husserliano. Nós podemos estar certos de proposições, eu estou certo de que isto e isto é assim. A busca pela verdade não é uma busca pela certeza sobre aquilo que já sabemos ou cremos, mas uma busca pela descoberta de âmbitos ainda desconhecidos”[i] Diante disso, vou apresentar artigos, ensaios, resenhas ou texto de ordem diversa com o intuito de partilhar minha aquisição de conhecimento, defesa ou ataque de determinada tese ou simplesmente exercitar minha prática de escrita por meio de alguma

Visitas