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Expressão!*

Livre movimento do corpo em ação guiado por várias emoções... Contração, expansão, vida ativa em reação ao belo e para o belo no seu mais sublime conceito. Respiração ativa e sensações à flor da pele. Bum! Grande sentimento que se encontra através de uma catarse daquele que vive por amor a arte.  Maravilhas, sofrimentos, descontentamentos, solidão, percepção a cada deslocamento, longo ou curto! Permitir-se! Solução para uma melhor compreensão de si e do todo! Vida voando com o coração pulsante e inquieto para melhor decifrar tamanho sentido de todas as coisas sensíveis e metafísicas. Explicações??? Não! Não temos essa intenção... Queremos arte para suportar a existência nua, vazia, brutal. Sem arte não conseguiremos seguir a diante. Tudo se torna meio bege, sem tom. E a canção poderá ser uma grande fonte de inspiração para muita piração consciente e equilibrada! Palavras, as guardo no coração. Só o ato de expressar poderá satisfazer tamanha

CONVERSAR*

Em um poema leio: Conversar é divino. Mas os deuses não falam: fazem, desfazem mundos enquanto os homens falam. Os deuses, sem palavras, jogam jogos terríveis. O espírito baixa e desata as línguas mas não diz palavra: diz luz. A linguagem pelo deus acesa, é uma profecia de chamas e um desplume de sílabas queimadas: cinza sem sentido. A palavra do homem é filha da morte. Falamos porque somos mortais: as palavras não são signos, são anos. Ao dizer o que dizem os nomes que dizemos dizem tempo: nos dizem, somos nomes do tempo. Conversar é humano. *Octávio Paz

Pensamentos não Acabados*

"(...) Tal como não só a idade viril, mas também a juventude e a infância têm um valor em si e não devem de modo algum ser consideradas somente como passagens e pontes, assim também os pensamentos não acabados têm o seu valor. Não se deve por isso, atormentar um poeta com uma subtil interpretação e divertir-se com a incerteza do seu horizonte, como se o caminho para vários pensamentos ainda estivesse aberto. Está-se no limiar; espera-se como no desenterramento de um tesouro: é como se devesse estar iminente um feliz achado de pensamento profundo. O poeta antecipa qualquer coisa do prazer que o pensador tem, ao encontrar uma ideia fundamental, e, com isso, torna-nos cobiçosos, de modo que nós tentamos apanhá-la; esta, porém, passa, esvoaçando, sobre a nossa cabeça e mostra as mais belas asas de borboleta... e, contudo, escapa-nos (...)" *Friedrich Nietzsche

Lua da terra*

Da Terra a Lua Da Lua a Terra (Lua) Nua Crua Sua (Terra) Eleva Gera Encerra (Lua) Luminar Circular Delirante (Terra) Espessa Planeta Circulante (Lua) Inspira Conspira Movimenta (Terra) Fecunda Enraiza Experimenta Sem Terra não Lua Sem Lua não Terra E desde que não é raro errar Da Terra se vê o Luar A Lua Estimula E compactua A Terra Aterra E desterra A Terra Erra Sem Lua A Lua É de Lua Sem Terra A Terra sem Lua Não Terra A Lua sem Terra Só Lua Terra_Lua Lua_Terra Nesse Luar Nada se encerra E nesta nova vez Lua A Terra, com sementes, espera Da intuição prata lunar Todo desvelo e entrega Circunda, fecunda Lua, Pelos nossos plantios na Terra E em seu inspirado serenar Dá-nos sábia e sensória trégua. *Renata

Nem Sequer Sou Poeira*

Não quero ser quem sou. A avara sorte Quis-me oferecer o século dezassete, O pó e a rotina de Castela, As coisas repetidas, a manhã Que, prometendo o hoje, dá a véspera, A palestra do padre ou do barbeiro, A solidão que o tempo vai deixando E uma vaga sobrinha analfabeta. Já sou entrado em anos. Uma página Casual revelou-me vozes novas, Amadis e Urganda, a perseguir-me. Vendi as terras e comprei os livros Que narram por inteiro essas empresas: O Graal, que recolheu o sangue humano Que o Filho derramou pra nos salvar, Maomé e o seu ídolo de ouro, Os ferros, as ameias, as bandeiras E as operações e truques de magia. Cavaleiros cristãos lá percorriam Os reinos que há na terra, na vingança Da ultrajada honra ou querendo impor A justiça no fio de cada espada. Queira Deus que um enviado restitua Ao nosso tempo esse exercício nobre. Os meus sonhos avistam-no. Senti-o Na minha carne triste e solitária. Seu nome ainda não sei. Mas

Tempos Modernos*

Demonstração de afeto, de cuidado, de atenção, de amizade e de boa educação ainda tem lugar e não significam ter que ir para o altar. É como se a vida estivesse de cabeça para baixo. O mundo todo invertido, chacoalhado e não bastasse toda liberação e aceitação de novos valores e comportamentos, de novas condutas justificadas em parâmetros de evolução da espécie humana e ainda respaldada pelo que cada indivíduo tem de direito como escolha para o seu caminhar, ai meu Deus, não bastasse tudo isto, ainda a deselegância explicada, rebatida, aceita e vivida. Homens e mulheres de todas as idades estão se relacionando livremente, sem nenhum compromisso ou comprometimento. Tudo bem. Nada de mais no que diz respeito a eternizar a relação, coisa antiga e démodé para muita gente, acho que até já para mim, embora ainda não tenha tanta certeza assim. Contudo, o que ainda me espanta é a falta de delicadeza, doçura, fineza, elegância, postura, limpeza e trato no linguajar. Espanta

Um pequeno recorte da loucura que é viver!*

Durante algum tempo tive a oportunidade de estagiar em um hospital psiquiátrico na cidade de Porto Alegre. Foi um feliz período da minha vida em que percebi o quanto é sutil o limiar entre a sanidade e a loucura. Diversas vezes nos atendimentos a equipe e eu nos identificávamos com o que o interno relatava e algumas vezes tínhamos a impressão de que, quem estava sendo atendido éramos nós, filósofos clínicos. O hospital psiquiátrico é bastante diferente dos demais hospitais, exceto em momentos de surto, pode-se dizer que existe um ambiente tranquilo e saudável. Na ala masculina os hormônios são mais hostis, o racionalismo impera e algumas questões são resolvidas no braço. Na ala feminina os hormônios também estão à flor da pela, a emoção impera e algumas questões também são resolvidas no braço. No tocante as historicidades coletadas dos partilhantes, vemos que poucos nasceram com alguma dificuldade psíquica ou social. A maior parte adquiriu sua condição psíquica através das

Você sabe o que eu sinto ?*

"Por mais que o conhecimento médico tenha evoluído e se apossado de  recursos tecnológicos cada vez mais precisos, ainda assim, muito se faz necessário para que possamos conhecer como funciona o corpo humano. Quantos milímetros de pele, músculos, tecidos e ossos ainda precisarão ser pesquisados para que possamos dizer com segurança que dominamos integralmente a fisiologia e patologia do organismo humano? Se o entendimento da parte corpórea já apresenta tamanha dificuldade, imagine o lado emocional? Será que algum dia teremos informação suficiente para decifrar os códigos do mais intrínseco enigma da raça humana? Muito se tem estudado, mas ainda estamos engatinhando. A maioria das pesquisas direciona-se no sentido das tendências. Podemos imaginar, perante uma criteriosa análise do comportamento passado o que poderá se desenhar no futuro, mas nunca saberemos com exatidão o que passa na cabeça do outro. Existe um infinito separando o intelecto das pessoas. Dizer que

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