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Filosofia Para Quem?*

Quando escolhi fazer Filosofia, sabia que seria apenas professor se seguisse com essa idéia fixa de querer ser pensador. Na verdade, um professor uma vez disse que toda empresa deveria ter um filósofo, mas isso não acontece e as empresas também não o querem. Mesmo assim resolvi investir na carreira. Comecei dando aulas em um Pré-Vestibular comunitário e foi onde me encantei realmente pela disciplina e pelo trabalho. É realmente gratificante ver ex-alunos na Universidade e ouvir deles quando te apresentam a algum colega: foi meu professor de Filosofia! Não sei se contribuí para a formação de um ser humano pelo menos mais questionador, mas acredito que sim. A Filosofia tem muitas qualidades, porém acredito que a melhor delas seja o fato de ser uma disciplina que te faz pensar nas coisas. Pensar no sentido de questionar e formar opinião e não apenas aficcionar-se por alguma coisa e cogitar sobre ela. E nesse sentido da palavra pensar busco elevar minha formação a cada dia

Ofertas de Aninha (aos moços)*

Eu sou aquela mulher a quem o tempo muito ensinou. Ensinou a amar a vida. Não desistir da luta. Recomeçar na derrota. Renunciar a palavras e pensamentos negativos. Acreditar nos valores humanos. Ser otimista. Creio numa força imanente que vai ligando a família humana numa corrente luminosa de fraternidade universal. Creio na solidariedade humana. Creio na superação dos erros e angústias do presente. Acredito nos moços. Exalto sua confiança, generosidade e idealismo. Creio nos milagres da ciência e na descoberta de uma profilaxia futura dos erros e violências do presente. Aprendi que mais vale lutar do que recolher dinheiro fácil. Antes acreditar do que duvidar. *Cora Coralina

Sentidos*

“ (...) [o sentido da minha vida] é inventado a cada momento, mas é claro que eu necessito da poesia, eu necessito da arte, eu necessito de estar discutindo essas coisas, de estar pensando nessas coisas que dão transcendência à vida.  Eu não tenho dúvida alguma de que a arte é necessária porque a vida não é suficiente, porque senão qual era a necessidade de inventar a arte?  A necessidade é essa: as pessoas necessitam dela, por mais que aconteça coisa no mundo, a arte sobrevive, como uma forma de acordo com o momento, com a época, ela é uma coisa necessária, como a ciência é necessária, como a filosofia é necessária, como a religião é necessária, como a política é necessária." *Ferreira Gullar

Reificação*

Há um autor que é constantemente criticado pelo que produziu, pela maneira como falou a respeito da sociedade capitalista: Karl Marx. Este autor trabalhou com o conceito de Reificação. Para ele esse conceito denuncia a transformação de uma ideia em uma coisa, além de caracterizar a transformação das relações sociais em coisas que podem ser negociadas. Essa relação mercantil entre as pessoas é tida por Marx como uma forma de alienação, entendendo por alienação a dificuldade de a pessoa pensar por ela mesma. Em outras palavras, reificar é pegar uma ideia e torná-la um produto, essa crítica está justamente na coisificação do ser humano. Partindo desse conceito de reificação, convido o leitor a pensar no atual modelo de vida em que muitos procuram ser um produto a ser comprado. Quando as moças se colocam em “panos novos”, vão às melhores casas de show e procuram pelos pretendentes com maior poder aquisitivo, elas estão reificando a si próprias. São pessoas que colocaram preço em s

O auto-retrato *

No retrato que me faço - traço a traço - às vezes me pinto nuvem, às vezes me pinto árvore... às vezes me pinto coisas de que nem há mais lembrança... ou coisas que não existem mas que um dia existirão... e, desta lida, em que busco - pouco a pouco - minha eterna semelhança, no final, que restará? Um desenho de criança... Corrigido por um louco! *Mário Quintana

Lilith*

Um conto... uma lenda... um arquétipo feminino materializado em forma de história de um amor que supera o tempo, os limites da vida e da morte, transcende emoções e transporta entre mundos a existência. Uma interação amorosa, visceral e profunda, selada pela força sobrenatural que governa o mundo e todas as fronteiras. O encontro de seres distintos – um, espiritual, racional e masculino com armas malignas; o outro, sensorial e feminino, com fluidez da subjetividade que impregna e transforma tudo que toca. Dois seres que, na força do amor, do poder e da paixão, revelam o avesso do sentir e a mácula do desejo não possuído, da incompletude amorosa, da ânsia dos contrastes de amar sem ser amado, do desejo contido que implode no gozo solitário que jamais sacia, em ao pertencer sem ser pertencido ou ao amar sem ser amado.  Lilith, forjada no mundo como a primeira mulher, surgida da sedução cósmica, que encanta não somente por sua beleza, mas por seus aromas e fluido

AQUELE OLHAR*

Quando ela me olha, Com aquele olhar inocente, Parece que nasce na gente, Uma outra vida, que não esta, Tudo se transforma em festa, quando ela chega sorridente. Com seu olhar inocente, Eivado de ingenuidade, Pura poesia... O que ele quer dizer não parece verdade, Mas com muita veracidade, Diz coisas que só o poeta vê. É a vida que floresce, E por falar em flores, Você é a minha preferida que começa florescer. Aquela pessoa pequena que mal começa falar, Balbucia palavras soltas, Com sentido incompleto, Mas traz um discurso completo, No seu inocente olhar. O seu olhar brilha como as estrelas, Enfeitiçando o meu ser, Olhar que me acalma, Bálsamo para minha alma, Dentre o brilho das estrelas, No céu do vovô, A  estrela que mais brilha é você. *Valter Silveira Machado Filósofo Clínico Juiz de Fora/MG

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