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Ondas*

Onda represada... no mar repleto de lembranças... O tempo não passou na memória e ainda dá pra ver... ... a ponte ... o sol de fim de tarde ... o mar sem fim nos olhos esquecidos de saudade... Quantos mares já não são os mesmos deste momento No mesmo mar que restou... A onda que batia nas pedras... Seu barulho nostálgico... faz eco daquilo que não se foi... Com as águas do tempo... E bate... bate... bate... Como a chamar pela impressão marcada Deixada dentro dos olhos marejados...                                                                                           *Helena Monteiro Poetisa, estudante de filosofia clínica Petrópolis/RJ

Fragmentos filosóficos, poéticos, delirantes*

"Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem.  O que me atrai é a curva livre e sensual.  A curva que encontro nas montanhas do meu País, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, nas nuvens do céu, no corpo da mulher preferida.  De curvas é feito todo o Universo - o Universo curvo de Einstein." *Oscar Niemeyer

Lua trina*

Três são suas fases visíveis Três também seus movimentos férteis Ainda três são os Reis Magos. Nessa trina há rima Assim, ela vem maestrina Com sua regência sutil e fina. Mas cuide para que não sejam levadas ao vento As criações de tantos alentos Pois as grandes causas estão em seus rebentos. Mas para os três primeiros não há rima Pois neles impera a imparidade E, de forma fascinante, também sua probidade. O triplo distribui, espalha, cria E nesta lua chega e procria Pró-criação deveria ser então sua oração. (Mas não há perdão sem coração Pois nele há também razão Uma que oferta mesmo sem pão.) Dezoito foram as linhas E com esta, vinte (quase uma) Mas só aqui pode aparecer: que três é também e antes criatura. Então não sejamos desavisados Em nossa criação há também ignorância Mas dela é que pode brotar algo que seja de real pujança E claro que há alegria diante do três a

Chamar a Si Todo o Céu com um Sorriso*

"que o meu coração esteja sempre aberto às pequenas aves que são os segredos da vida o que quer que cantem é melhor do que conhecer e se os homens não as ouvem estão velhos que o meu pensamento caminhe pelo faminto e destemido e sedento e servil e mesmo que seja domingo que eu me engane pois sempre que os homens têm razão não são jovens e que eu não faça nada de útil e te ame muito mais do que verdadeiramente nunca houve ninguém tão louco que não conseguisse chamar a si todo o céu com um sorriso" *E. E. Cummings

Elogio da Singularidade*

O homem, o que é? Diariamente o homem é definido, ora é um animal dotado de razão, dali a pouco já é um bárbaro que destrói o ambiente em que vive. Qual conceito seria o mais adequado para definir o homem? O foco está na palavra “conceito”, palavra de origem grega que define todo processo de descrição, classificação e previsão dos objetos do conhecimento. Conceituar o homem quer dizer descrevê-lo, classificá-lo e ter certa previsão sobre ele. Será que isso é possível? Olhe para o lado: você convive com várias pessoas no seu dia-a-dia. Pense na pessoa que você mais “conhece” e depois tente descrevê-la. Depois de descrever tente classificá-la, como seria? Boa, má, otimista, pessimista, inteligente, ignorante, quais seriam as classes que caberiam a ela, ou seria necessário criar classes para ela? Por fim, tente prever os comportamentos desta pessoa. Talvez reconheça que em alguns casos até mesmo coisas básicas não são previsíveis. Como se pode arrogar o direito de tentar de

Carta ao Érico*

O nosso modo de ser - que é tão nosso e por isso tão humano - de tal modo, velho Érico, tu o soubeste dizer que os teus personagens vão, Todos eles, andando, andando por uma terra que não tem fronteiras, contando da sua vida dizendo da sua lida e juntando o seu calor vasto e profundo a essa inquieta esperança que arfa no peito do mundo. Érico da terra de todos, Érico da terra da gente. Não foi só essa a tua mágica... Além de tantos personagens, como soubeste criar amigos, Érico da gente! Por isso é que Ana Terra, o capitão Rodrigo e eu hoje te enviamos esta carta-poema *Mário Quintana ** Carta de Mário Quintana ao Érico Veríssimo

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