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Seiscentos e Sessenta e Seis*

A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são 6 horas: há tempo… Quando se vê, já é 6ª-feira… Quando se vê, passaram 60 anos… Agora, é tarde demais para ser reprovado… E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade, eu nem olhava o relógio seguia sempre, sempre em frente… E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas. *Mario Quintana 

Ministério do Interior*

Pensamento é o fragmento fugaz do caos estruturado a palavra é o estágio imediatamente after da sensação que faz parte do estágio necessário do aperfeiçoamento humano de sentir a melhor maneira de relacionamento franco a palavra é um domingo de sol no estádio municipal do pacaembu se ela pinta tudo mais se cria não mais que num instante existindo no mesmo movimento que a crassa ignorância em que se fica só naquela ânsia de comer melância de comer melância na santa ignorância de comer melância com muita exuberância de comer melância com maria constância de comer melância de comer. *Chacal

Goya contra a repetição*

           Ando sempre a refletir a respeito dos males provocados pelos modelos engessados, pelas fórmulas prontas e pela repetição _ fortes características, infelizmente, do mundo contemporâneo. Lendo "Goya/ À sombra das luzes", de Tzvetan Todorov (Companhia das Letras), encontro um pensamento do pintor espanhol que ilumina algo importante a respeito da arte da transmissão. Escreve Goya, em um relatório à Academia de Arte, datado de 1792: "Não há regras em pintura e a opressão, ou a obrigação servil de fazer estudar a mesma coisa ou de seguir o mesmo caminho, é um grande obstáculo para os jovens que escolhem essa tão difícil, que se aproxima do divino mais do que qualquer outra, por representar tudo o que Deus criou".           Agora que me preparo para dar oficinas literárias em Santa Catarina (Jaraguá do Sul e depois Joinville) na semana seguinte ao carnaval _ promovidas pelo SESC _, esse pensamento de Goya vem iluminar meu caminho. Ninguém pode saber o

Via Láctea*

“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto… E conversamos toda a noite, enquanto A Via Láctea, como um pálio aberto, Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, Inda as procuro pelo céu deserto. Direis agora: “Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido Tem o que dizem, quando estão contigo?” E eu vos direi: “Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas.” *Olavo Bilac

Universo singular*

Tédio? Ah! Não encontrastes, "Em ti mesmo" O drama que em ti Habita. Acorda-te Experimente o mistério Que se revela No enfrentamento Com tua própria sombra Com teus próprios complexos Com tua vasta alma. A completude Que tanto buscas É a síntese De tua dialética. Tédio? Ah! Enfrente os opostos Mergulhe na dor da alma E estreies na vastidão De teu universo. Coragem! O caminho florestal é longo A tua função transcendente Com certeza te presenteará Com teu Self Luminoso! *Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Escritora, Filosofa Clínica Juiz de Fora/MG

Fragmentos de poesia e vida*

Não perco meu tempo com a solidão Não perco meu tempo com desilusão Perco meu tempo com música Perco meu tempo com livros e filmes Perco meu tempo me doando para o amor E Assim Do meu jeito singular e único Eu vou tentando não perder nada! Perder é sempre vazio Dói Encontro respostas escondidas Dói Aqui Só eu é que sei tamanha sensibilidade Mas Agora já estou a vontade Eu sumo Me assumo Sigo Sou vou E a vida mais uma vez traz surpresas Sigo na busca de mim mesma Sigo no caminho da minha estrada particular Sigo a procura de um lar Sigo e sigo Nunca paro de caminhar! *Vanessa Ribeiro Professora de Filosofia e Teatro, Filosofa Clínica Petrópolis/RJ

Cartas*

"Querida Clarice**:             Que impressão me deixou o seu livro***!             Tentei exprimi-la nestas palavras:             – Onde estivestes de noite             Que de manhã regressais             com o ultramundo nas veias,             entre flores abissais?             – Estivemos no mais longe             que a letra pode alcançar:             lendo o livro de Clarice,             mistério e chave do ar.             Obrigado, amiga! O mais carinhoso abraço da admiração do Carlos  *Carlos Drummond de Andrade  Rio, 5 de maio de 1974." **Clarice Lispector *** Onde estiveste de noite.

Viver Mais e Melhor*

Querido leitor, aceite o meu fraternal e caloroso abraço. Nosso tema hoje é instigador, é baseado nas ideias de um dos maiores nomes da cardiologia do Sul do Brasil, e talvez de todo o Brasil? Trata-se de Fernando Lucchese, uma referência na medicina do coração que, hoje, tem sua base em Porto Alegre, embora também tenha atendido aqui em Criciúma, acompanhando a realização das primeiras cirurgias cardíacas. De acordo com o pesquisador gaúcho, 70% das mortes ocorrem por infarto, acidentes cerebrais - os AVC´s – e câncer. Desse total, as causas todas advêm de cinco pontos básicos que são: as emoções, a genética, o que comemos, o que bebemos e, finalmente, o que respiramos. Aristóteles tem uma frase célebre que “nós não somos somente o que pensamos, o que falamos, somos principalmente o que fazemos”. Sim, talvez somos o que fazemos para nós mesmos, como o que fazemos para nossas emoções. Qual o cuidado com nossa alimentação, se selecionamos o que bebemos, qual a qualidade do

Filosofia Clínica em Petrópolis/RJ

Bem vindos! Estão abertas as inscrições para a IV turma da Formação em Filosofia Clínica em Petrópolis/RJ. As vagas são limitadas. O pré-requisito é a graduação em qualquer área do conhecimento. A parte teórica possui a duração de 18 meses, depois os pré-estágios (clínica didática) e a supervisão completam o curso. A Casa da Filosofia Clínica busca  preservar o caráter artesanal da formação. Nossas turmas são pequenas e a prioridade é a atuação clínica. Venha conhecer nosso método, o grupo de estudos, as parcerias, o professor. Coordenadora Mila: 24.98801-8060 e 24.98161-4924 Hélio Strassburger Coordenação Geral

Inscrições abertas em nossa página do facebook. Bem vindos!

Bom dia, Convidamos para esse evento já tradicional da Filosofia Clínica. Um colóquio que realizamos pensando em você. Da qualificação dos estudos à possibilidade de encontrar e reencontrar amigos, colegas. Uma ocasião para saber mais sobre Filosofia Clínica, esse novo paradigma que se integra as buscas pelo cuidado e atenção à vida. Dos importantes eventos da abertura até a mesa de construção compartilhada em consultório, você terá uma pluralidade de estilos, fundamentação teórica e prática, uma referência daquilo que vem qualificando e incrementando a primeira versão do método. Isso e muito mais você terá nos dias 02, 03 e 04/05/2014 em Porto Alegre! A programação completa está em nosso facebook. Muito bem vindos! Coordenação dos 'Loucos pela Vida'

A Arte de Encontrar-se*

A vida é uma difícil aventura de viver consigo mesmo. Muito daquilo que vemos no outro são apenas reflexos do que nossa alma insiste em não aceitar. A este sentimento denominamos projeção. O outro, por vezes, se torna um espelho diante de uma realidade que não aceitamos em nós mesmos.  A mais longa viagem que podemos fazer é para dentro do nosso próprio coração. Em territórios desconhecidos, os sentimentos ainda não reconciliados com nosso coração sempre são inimigos a serem combatidos em uma guerra sem fim. Entre o coração e a solidariedade há uma ponte de amor a ser atravessada. Quem não aprende a viver consigo mesmo, dificilmente conseguirá conviver com o próximo. Encontrar-se é uma arte. Somente quando aprendemos a caminhar com leveza, por entre os espinhos de nossa alma, é que conseguimos observar que as flores também se encontram lá, por vezes escondidas entre as ervas daninhas de nossa pressa existencial. O fruto da vida só é doce quando temos a corage

Ah! O Relógios

Amigos, não consultem os relógios quando um dia eu me for de vossas vidas em seus fúteis problemas tão perdidas que até parecem mais uns necrológios... Porque o tempo é uma invenção da morte: não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira. Inteira, sim, porque essa vida eterna somente por si mesma é dividida: não cabe, a cada qual, uma porção. E os Anjos entreolham-se espantados quando alguém - ao voltar a si da vida - acaso lhes indaga que horas são... *Mário Quintana

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