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Estações*

Nossa vida caminha no compasso de certos ritmos e ciclos. Como a imitar a natureza. Semelhante as estações do ano. Tudo nasce. Tudo cresce. Tudo parece ter o seu tempo.... Se renova. Muda. Se recria. Se transforma. Na natureza, como na vida, nenhum dia será igual ao dia anterior.... Ah, a terra e a natureza e seus encantos e mistérios. "GAIA" para os gregos. A grande Mãe Terra. Viva, ela mesma. Se auto regulando. Reverberando vida por todos os lados. Muito generosa. Porém, vingativa, quando muito agredida. "PACHA MAMA", para os índios andinos. Nossa Pátria Grande. Acolhedora. Onde haveria espaço suficiente para todos. Terra grande, sustentadora da vida.... A terra e a natureza dançam e se embalam conforme seus ciclos.  Nossa vida se assemelharia aos ciclos da natureza? Parece nunca se repetir a mesma em seus acontecimentos. Nossos próprios corpos pulsam no compasso de certos ciclos.  Nossa existência não é linear, nem decidida nas vésperas. Embala-se conf

O Poeta é Belo*

"O poeta é belo como o Taj-Mahal feito de renda e mármore e serenidade, O poeta é belo como o imprevisto perfil de uma árvore ao primeiro relâmpago da tempestade, O poeta é belo porque os seus farrapos são do tecido da eternidade," *Mario Quintana 

A palavra busca*

"A ficção não põe em dúvida a verdade, ao contrário, realça seu caráter complexo; não descarta a verdade objetiva, ao contrário, enfatiza sua turbulência. Ela não deseja explicar ou fixar nada; não se interessa por balanços e conclusões. Aposta, apenas, na verdade do singular. Verdade que, a cada vez, é outra verdade."                                                          José Castello Na proliferação de um cotidiano qualquer, suas derivações anunciam a imprevisibilidade dos roteiros por vir. Seu deslocamento precursor sustenta uma poética de interrogar refúgios. Em um mundo para acolher impossibilidades, cultiva pluralizar vislumbres. Seu avanço descontinuado, ao ampliar territórios, descreve utopias, exercita a captura provisória do instante fugaz. Existem momentos de rara inspiração à quem examina seu aparato precursor, no entanto, ainda assim, muita coisa escapa, refém dos ímpetos de seguir em frente. Nessa complexidade indecifrável por inteiro, as lógic

O ponto de encontro*

Da alma do homem Com a alma do mundo É a Psique Não há encontro sem dor Não há encontro sem morte No mais profundo de nós Os deuses esperam Só nos jogando Só nos entregando Só nos analizando A vida em sua dialética Diz Sim! E mesmo dizendo Não Se realinha! *Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Escritora, Filosofa Clinica Juiz de Fora/MG

Desculpe, foi engano*

                                                Depois de tudo o que vivemos, precisamos ter a sobriedade de ser honestos com nossos próprios sentimentos e admitir que apostamos em nos amar, mas ficamos longe disto.   Foi bom, mas não foi amor.   Preocupado em não mais repetir o erro, revisei a literatura e descobri que não existe um gene especifico do amor, que dotaria alguns felizardos com esta capacidade e impediria outros. Não se nasce carimbado ou proibido de amar. Ainda bem, estamos salvos. Amor se aprende, constrói, cria, sente. Amor não é complicado para surgir, mas pode ser difícil de manter. A vida me ensinou que se pode amar várias pessoas ao mesmo tempo. Amo meus pais, meus irmãos, meus amigos. Mas amo do meu jeito e com cada um fui criando um código diferente de amor. Acontece que amor fraternal é uma coisa e amor entre um casal é outra. A diferença é mais ou menos como andar de carrossel ou de montanha russa. Num você sobe quando criança e fica dando volt

Assim me vi*

Um papel de presente prateado bolinhas douradas, vermelhas de tamanhos diferentes; ramos de flores aqui riscos de céu ali. Embalagem para o quê de bom, não sei presente é surpresa... o papel é melhor que o produto porque este tem história, mão-de-obra e mais valia. *Vânia Dantas Filosofa Clínica Brasília/DF

Espanto*

Espanto é a palavra base de toda a atividade filosófica, não há como ser filósofo se não houver a capacidade de se espantar.  Espantar-se é tomar algo como novidade, algo que chame a atenção a ponto de tirar o foco de qualquer outra coisa. Em outras palavras, espantar-se é ser surpreendido.  Neste artigo conto duas situações que chamam a atenção pela simplicidade e banalidade como são normalmente vistas.  A primeira situação ocorreu quando a mãe de um menino de cinco anos foi a uma reunião de professores na escola de seu filho. Ao longo da reunião a mãe ouviu o seguinte: “Nossa, como seu filho é ingênuo! Ele não tem maldade, os outros meninos já paqueram as meninas e ele não”. A mãe ficou espantada, pois de acordo com sua educação era justamente assim que deveria se comportar um menino de cinco anos, ou seja, brincar de carrinho, viver a inocência da infância e não pensar em namorar. A segunda situação aconteceu no dia em que a mãe foi buscar o filho na escola.  Na saída d

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