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Caminhos*

O que é um caminho? Hoje quando ia trabalhar, me dei conta de que saí de casa, cheguei no local de trabalho e sequer pensei no que estava fazendo. Desde que sai pelo portão até o momento em que parei em frente à escola vinha pensando a respeito da vida. O caminho que percorri com meu corpo não foi o mesmo que percorri com minha mente. Provavelmente muitos de nós já fizemos isto. Mas, o que mais chamou atenção foi perceber que assim como meu corpo percorre automaticamente uma série de caminhos diariamente, o meu pensamento também percorre. A partir disso lembrei de uma série de informações sobre caminho. Uma delas, bastante antiga, é de um amigo que diz que numa longa caminhada, quando se está sozinho, o maior desafio é conviver consigo mesmo. Que interessante, quando ele diz da convivência consigo mesmo, ele está falando de que? Não sei, dentro de algumas milhares de possibilidades podemos dizer que seria conviver com seu pensamento. Por mais que tenhamos dificuldades de convivê

Reflexão Número 1*

Ninguém sonha duas vezes o mesmo sonho Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio Nem ama duas vezes a mesma mulher. Deus de onde tudo deriva E a circulação e o movimento infinito. Ainda não estamos habituados com o mundo Nascer é muito comprido. *Murilo Mendes

Poetando*

Entre Machado de Assis E Carlos Drummond de Andrade Sou beira mar a navegar Na fresta do entardecer Sou por instante silêncio A poesia fixa no horizonte Meu sentir para além Na fusão brota inspiração Que faz minha alma vibrar Fecho os livros Sinto na brisa os vultos Dos mestres literatos Até a noite trazer as estrelas Para eu poder poetar! *Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Escritora, Poeta, Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG

Cântico VI*

Tu tens um medo: Acabar. Não vês que acabas todo o dia. Que morres no amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que te renovas todo o dia. No amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que és sempre outro. Que és sempre o mesmo. Que morrerás por idades imensas. Até não teres medo de morrer. E então serás eterno. * Cecília Meireles

Estações*

Nossa vida caminha no compasso de certos ritmos e ciclos. Como a imitar a natureza. Semelhante as estações do ano. Tudo nasce. Tudo cresce. Tudo parece ter o seu tempo.... Se renova. Muda. Se recria. Se transforma. Na natureza, como na vida, nenhum dia será igual ao dia anterior.... Ah, a terra e a natureza e seus encantos e mistérios. "GAIA" para os gregos. A grande Mãe Terra. Viva, ela mesma. Se auto regulando. Reverberando vida por todos os lados. Muito generosa. Porém, vingativa, quando muito agredida. "PACHA MAMA", para os índios andinos. Nossa Pátria Grande. Acolhedora. Onde haveria espaço suficiente para todos. Terra grande, sustentadora da vida.... A terra e a natureza dançam e se embalam conforme seus ciclos.  Nossa vida se assemelharia aos ciclos da natureza? Parece nunca se repetir a mesma em seus acontecimentos. Nossos próprios corpos pulsam no compasso de certos ciclos.  Nossa existência não é linear, nem decidida nas vésperas. Embala-se conf

O Poeta é Belo*

"O poeta é belo como o Taj-Mahal feito de renda e mármore e serenidade, O poeta é belo como o imprevisto perfil de uma árvore ao primeiro relâmpago da tempestade, O poeta é belo porque os seus farrapos são do tecido da eternidade," *Mario Quintana 

A palavra busca*

"A ficção não põe em dúvida a verdade, ao contrário, realça seu caráter complexo; não descarta a verdade objetiva, ao contrário, enfatiza sua turbulência. Ela não deseja explicar ou fixar nada; não se interessa por balanços e conclusões. Aposta, apenas, na verdade do singular. Verdade que, a cada vez, é outra verdade."                                                          José Castello Na proliferação de um cotidiano qualquer, suas derivações anunciam a imprevisibilidade dos roteiros por vir. Seu deslocamento precursor sustenta uma poética de interrogar refúgios. Em um mundo para acolher impossibilidades, cultiva pluralizar vislumbres. Seu avanço descontinuado, ao ampliar territórios, descreve utopias, exercita a captura provisória do instante fugaz. Existem momentos de rara inspiração à quem examina seu aparato precursor, no entanto, ainda assim, muita coisa escapa, refém dos ímpetos de seguir em frente. Nessa complexidade indecifrável por inteiro, as lógic

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