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Amor, cor, sabor, poesia*

Beleza solta no nosso quintal Festa da natureza a nos lembrar Que para além da ciência Existe amor solto no espaços Para os que sabem olhar e admirar. *Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Escritora, Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG

O Homem que Lê*

Eu lia há muito. Desde que esta tarde com o seu ruído de chuva chegou às janelas. Abstraí-me do vento lá fora: o meu livro era difícil. Olhei as suas páginas como rostos que se ensombram pela profunda reflexão e em redor da minha leitura parava o tempo.  De repente sobre as páginas lançou-se uma luz e em vez da tímida confusão de palavras estava: tarde, tarde... em todas elas. Não olho ainda para fora, mas rasgam-se já as longas linhas, e as palavras rolam dos seus fios, para onde elas querem. Então sei: sobre os jardins transbordantes, radiantes, abriram-se os céus; o sol deve ter surgido de novo.  E agora cai a noite de Verão, até onde a vista alcança: o que está disperso ordena-se em poucos grupos, obscuramente, pelos longos caminhos vão pessoas e estranhamente longe, como se significasse algo mais, ouve-se o pouco que ainda acontece. E quando agora levantar os olhos deste livro, nada será estranho, tudo grande. Aí for

Fragmentos, Discursos, Poéticas*

"Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém,. Provavelmente a minha própria vida. Viver é uma espécie de loucura que a morte faz. Vivam os mortos porque neles vivemos." "Faço o possível para escrever por acaso. Eu quero que a frase aconteça. Não sei expressar-me por palavras. O que sinto não é traduzível. Eu me expresso melhor pelo silêncio." "Refugio-me nas rosas, nas palavras." "Sou como estrangeiro em qualquer parte do mundo. Eu sou do nunca." "Escrever é difícil porque toca nas raias do impossível." "Meu espetacular e contínuo fracasso prova que existe o seu contrário: o sucesso. Mesmo que a mim não seja dado o sucesso, satisfaço-me em saber de sua existência." "Nunca vi uma coisa mais solitária do que ter uma ideia original e nova. Não se é apoiado por ninguém e mal se acredita em si mesmo. Quanto mais nova a sensação-ideia, mais perto se parece estar da solidão da loucura."

Universais*

Existe um termo universal que diz mais ou menos assim: somos os livros que lemos, os filmes que assistimos, as coisas que comemos... Bem, de fato alguma coisa do lemos nos faz ser quem somos e como pensamos. Os filmes que escolhemos para assistir mostra o que queremos e se queremos compactuar com a mensagem sugerida e, claro, que os alimentos que comemos nos faz mais ou menos saudáveis do ponto de vista fisiológico. Entretanto, aceitar qualquer que seja o universal como verdade absoluta seria ingenuidade de nossa parte! Não acham? Cada pessoa é um universo particular, uma singularidade intransferível, e, parafraseando Nelson Rodrigues: "A unanimidade é burra". Como podemos confiar nos livros mais vendidos, filmes que batem "record" de bilheteria? Deus! A maioria das pessoas tem preguiça de pensar, de questionar.  Muita gente usa a roupa tal só porque está na moda. Eu gosto da moda do vestuário. Sou uma mulher vaidosa, mas só vou aderir a tal modis

Um certo frio*

O frio chegou... Silencioso, Pequenino. Fez-se forte... Invadiu os alicerces, Rompeu as paredes. Mas ao chegar às câmaras... Sim, as câmaras do meu coração, As brasas vivas o envolveram. Não resistiu... Saiu aquecido, Envolvido. *Fernanda Sena Filósofa, Fotógrafa, Filósofa Clínica Barbacena/MG

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