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Comentário ao livro “Poéticas da Singularidade”, de Hélio Strassburger . Editora E-papers/RJ. 2007*

“Nem sabia se era começo ou fim. Poderia ser tudo ou nada.” Helio Strassburger   A impressão durante quase toda a leitura é de estar diante de uma poesia. Não há  absolutamente nenhuma indução neste sentido pelo título; é que ela está presente em sua fala, tanto quanto na singularidade. O ritmo é o da poesia que provoca, que não quer esclarecer, mas dar uma chance aos mais epistemológicos de se deliciar. Hélio força o leitor a fazer certo ajuste para entrar no mundo da especulação e acredito que este seja pelo menos uma de suas características. A ausência de pronomes definidos e a sensação de que estamos a todo o momento sendo levados a um caminho de sugestões – como um convite a um passeio pela complexidade das palavras – expressam bem esse sentimento. Não há obviedade na leitura, mas e daí... também não há nenhuma no ser humano (pré-juízos meus!). Ela acontece de uma maneira curiosa, que impele a uma reflexão quase artística. Muitas vezes é possível (e inevitável) se p

Outono primaveril...*

Meu outono resolveu florescer.... Floriram diversas flores. Fora de época. O que faz com que algumas flores floresçam fora da primavera? Gosto mais destas. Teimam em se mostrar em tempos não esperados. Parecem revoltadas contra qualquer definição. São mais bonitas. Únicas. Alegram mais. Surpreendem. Impressionam. Parecem querer alegrar em tempos de menos alegrias.... Ah, deixa as flores aparecerem quando bem quiserem... São livres.... Amarelas, roxas, vermelhas... Um monte de 'Três Marias' para lembrar sempre da minha Maria... Flores, Cheiros. Belezas. Cores... E o sol... Sentimentos também vão e vem. Sem pedir licença... Aparecem, quando menos esperamos... Estive pensando: poderiam existir sentimentos fora de época? Acho que não. Tenho certeza que não. No rádio, o meteorologista da alma, anuncia: "Tempo bom em todo o Planeta Terra para todos os sentimentos bons..." *José Mayer Filósofo, estudante de Filosofia Clínica Porto Alegre/RS

Fragmentos poéticos, filosóficos*

"Era eu um poeta estimulado pela filosofia e não um filósofo com faculdades poéticas. Gostava de admirar a beleza das coisas, descobrir no imperceptível, através do diminuto, a alma poética do universo." "Há entre mim e o mundo uma névoa que impede que eu veja as coisas como verdadeiramente são - como são para os outros." "Sinto-me múltiplo. Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas." "Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço." "Dividiu Aristóteles a poesia em lírica, elegíaca, épica e dramática. Como todas as classificações bem pensadas, é esta útil e clara; como todas as classificações, é falsa. Os generos não se separam com tanta facilidade íntima, e, se analisarm

Pensando e Sentindo Adélia

        Nos prados da vida Adélias iluminam Múltiplas facetas Convida-nos A olhar as coisas simples No recolhimento orar em latim Ao som do canto gregoriano Lá vão as Adélias Em mim e em nós Chamando-nos à reflexão Ensinando- nos a pensar Com o coração * Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Filósofa Clínica, Escritora Juiz de Fora/MG

Fragmentos de razão e desrazão*

"O que geralmente acontece com a loucura socialmente visível, é que há intervenção psiquiátrica, e o desenvolvimento da psiquiatria comunitária e o aumento geral de vigilância da população torna-a cada vez mais provável. A intervenção psiquiátrica leva a cabo, efetivamente, uma fragmentação da união paradoxal da loucura; primeiro, a alegria é destruída pela tratamento e, depois, até o desespero é aniquilado, deixando o 'bom resultado' ótimo da psiquiatria: pessoa nenhuma. A não-pessoa pode funcionar para o sistema ou tornando-se lucrativa, embora operando talvez a um nível reduzido, ou como parte da sub-população de 'mentalmente doentes' quer num hospital quer no 'manicômio familiar' fora dele, mas, em todo o caso, servindo de 'reforço negativo' da definição de normalidade para o sistema e do interesse pelo controle ilimitado da população." "Razão e desrazão são ambas maneiras de conhecer. A loucura é uma maneira de conhecer, outro

Penúltimas notícias*

Boa tarde amigos, Na segunda-feira, 21 de julho, começa a Mostra Itinerante de Vídeos do 27º Inverno Cultural da Universidade Federal de São João del-Rei. O evento visa a difusão e democratização do acesso ao cinema brasileiro independente, além de promover diálogos entre produtores, realizadores e espectadores. A Mostra será realizada em espaços alternativos e gratuitos. Os filmes serão exibidos nas praças públicas de bairros de São João del-Rei e nas cidades onde a UFSJ atua. Após cada sessão serão debatidos os temas propostos pelos conteúdos audiovisuais. Os diretores, produtores e personagens estarão presentes na exibição de seus trabalhos para responder às questões levantadas pelo público. Conto com o apoio de cada um de vocês para auxiliar na divulgação deste evento. Convide seus amigos e familiares, contatos de e-mail e redes sociais para acompanhar a programação do evento. Ressalto ainda que a população de São João del-Rei terá a oportunidade de assistir a dive

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