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Sociedade sem escolas!*

Imagine uma sociedade sem escolas.  Esta sociedade também não terá aprendizados? Sim, terá. A relação direta entre escola-aprendizado é tão falaciosa quanto a relação escola-educação. Uma criança que entra na escola formal, e isso não é de hoje, muitas vezes já sabe ler, falar outra língua, por influência familiar ou porque viajou com pais desde muito pequena, tem seu gosto pela leitura incentivada por uma família que adora ler, já sabe tocar algum instrumento musical, já tem contatos mais aprofundados com algum esporte que, porventura, os pais jogam.  Como ela obteve todas essas aprendizagens se, embora intencional, nenhuma foi precedida de um currículo formal? Não é de hoje também, que muitos educadores e filósofos já atentaram para o fato do autodidatismo ser a melhor forma de aprender. E por quê? Por que ela é automotivada. Se a automotivação é o motor do aprendizado – qualquer aprendizado e em qualquer idade ou fase da vida – por que obrigar as crianças a irem à escol

Agendamentos*

As vezes penso que sou feita de ar, mar e poesia. Estranha sensação de não pertencer ao mundo dos seres humanos. Ora me sinto água, ora me sinto chão, e, de repente, viro multidão! São tantas as personas da minha alma que não consigo quantificar. Olho discretamente minha sombra na parede. Enxergo uma figura com forma de "ser" refletida e me encanto! Quanto mais profundo for o sentimento de busca mais e mais eu me encontro. Um encontro meio tímido, um pouco silencioso... Apenas um encontro! E pensar que por vezes me senti tão distante de tudo isso que estou sendo e fazendo a cada amanhecer!!! É, viver sempre tem um porquê. No desespero da música que a vida apresenta em cada hora, da noite ou do dia, eu reencontro o sentido de tantas palavras mal proferidas. Quantas noites insones, perdidas! Quantos dias de choro e de luta para se manter de pé diante da hipocrisia que muitas vezes se apresenta nua e crua na estrada da nossa vida, cidade, lugar coraç

As multidões*

Não é dado a todo o mundo tomar um banho de multidão: gozar da presença das massas populares é uma arte. E somente ele pode fazer, às expensas do gênero humano, uma festa de vitalidade, a quem urna fada insuflou em seu berço o gosto da fantasia e da máscara, o ódio ao domicílio e a paixão por viagens. Multidão, solidão: termos iguais e conversíveis pelo poeta ativo e fecundo. Quem não sabe povoar sua solidão também não sabe estar só no meio de uma multidão ocupadíssima. O poeta goza desse incomparável privilégio que é o de ser ele mesmo e um outro. Como essas almas errantes que procuram um corpo, ele entra, quando quer, no personagem de qualquer um. Só para ele tudo está vago; e se certos lugares lhe parecem fechados é que, a seu ver, não valem a pena ser visitados. O passeador solitário e pensativo goza de uma singular embriaguez desta comunhão universal. Aquele que desposa a massa conhece os prazeres febris dos quais serão eternamente privados o egoísta, fechado como

Convites*

Tudo roda continuando... e nossa jornada convida a sair do eu para sermos Nós! *Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Filósofa Clínica, Escritora Juiz de Fora/MG

Certeza*

Se é real a luz branca desta lâmpada, real a mão que escreve, são reais os olhos que olham o escrito? Duma palavra à outra o que digo desvanece-se. Sei que estou vivo entre dois parênteses. *Octávio Paz

Incertezas*

Hoje estava pensando em como é difícil viver nesse mundo repleto de incertezas de um constante vai e vem por todos os lados. Sentei em um bar – sim, porque à beira do caminho é só para os literatos – para tomar um chope e pensar na vida.  Recentemente, li um livro de um filósofo brasileiro chamado Mário Sergio Cortella que nos coloca muitas inquietações. O livro se chama: Qual a tua obra? e eu me peguei pensando nisso enquanto tomava minha gelada.  Confesso que não consegui pensar em nada... Só via pessoas indo e vindo em um frenesi que toma conta hoje de qualquer lugar no mundo – afinal, somos mais de 7 bilhões de destruidores do meio ambiente. Ainda absorto em meus pensamentos o olhando fixamente para o nada, comecei a pensar que poderia estar ficando maluco e que poderia estar sendo acometido pela doença dos grandes filósofos, assim como Nietzsche: a loucura. Sim! Porque nada faz sentido!  As pessoas passando, de um lado para o outro, os ônibus e os carros – aliás,

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