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Fenomenologia de fragmentos*

“A utopia é o campo do desejo, diante da Política, que é o campo da necessidade.” Roland Barthes A irreverência de Nietzsche, em fazer a transvaloração de todos os valores levou o filósofo a transbordar o século XX com aforismos, e um estilo de pensar sem as rédeas da cavalaria oficial do pensamento racionalista. A idiossincrasia do pensador, dado à polêmicas, foi o que estigmatizou-o, porém seu estilo é uma nova forma de pensar a realidade. Atrevidamente sempre atentou contra a moral. No Crepúsculo dos Ídolos, o pensador ataca: "Se nós, os imoralistas, causamos dano à virtude? Tanto quanto os anarquistas o fazem aos príncipes. Só depois que se atira contra eles é que eles voltam a estar firmemente assentados em seu trono. Moral da história: é preciso atirar contra a moral." É preciso passar da lógica cartesiana, aristotélica para uma nova forma de pensar a cultura. Michel Maffesoli, herdeiro do pensamento fenomenológico e da sociologia

Um brinde...*

Sou assim. Espontâneo demais. Não consigo observar algumas normas. Ou seguir etiquetas. Parece-me que tudo pode ser inventado. Criado de maneiras diferentes.Pago, às vezes, por isso. Não faz mal. Sorrio. Tento passar adiante. Emendo bobagens... Saímos algumas vezes. Para tomar um vinho. E comer um peixe. Erro sempre no brinde. Ela me diz , delicadamente: "Zé, não é assim que se brinda". Já tentei. Algo em mim não quer aprender, Digo-lhe: "Mas é assim que eu faço". Brindamos novamente. Perco-me na taça. Atrapalho-me nos gestos. Sou assim. Ela é que não me entende.E me fala: " Zé, olhe para a taça e beba". E eu olho para ela. Para não perder seus olhinhos. Ela não me entende. Parece fazer força para não me entender. E eu força para não ser entendido. É que eu quero repetir o brinde. Para prolongar o encontro. E não consigo dizê-lo para ela. Ela não me entenderia. E sorri. E sorrimos. Olho em seus olhinhos. tento dizer com os meus:
Comunicado Oficial: A Casa da Filosofia Clínica, fora do RS, coordena há 19 anos, sob a liderança de Hélio Strassburger, profs. adjuntos e convidados, vários pólos da Formação em Filosofia Clínica no país. Já são milhares de profissionais formados em todo o território nacional. Recentemente, tivemos denúncias de que pessoas estranhas ao nosso meio, estariam 'abrindo turmas' em algumas dessas cidades.  Se isso estiver acontecendo, pedimos aos interessados que busquem saber mais sobre a instituição que patrocina tais eventos, quem são os responsáveis, a trajetória e a qualificação dos referidos professores.   Esta Coordenação de Ensino e Pesquisa, preocupada em manter a lisura e a transparência dos Centros de Formação onde atua, confirma inexistir autorização para o funcionamento desses 'cursos', sob a orientação desta Casa.  A firma está reconhecida na forma da legislação.    Atenciosamente Coordenação de Ensino e Pesquisa Casa da Filosofia Clínica

Disso que vivo*

A gente vai envelhecendo As inutilidades pulsando E, a gente acha tempo Pra brincar de ser poeta Os cabelos embranquecidos Cintura alargada Fios de ruga enfeitando olho Vai a gente por este mundo Ora besta, ora pequeno Nada fazendo No ócio deleitando Vai criando jeito de ampliar A vida desconjuntada Contando casos Rabiscando sonhos Pedindo licença aos anjos Para voar em suas asas E,feliz ir Brincando de ser criança outra vez. Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Escritora, Poetisa, Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG

Retrato do artista quando coisa*

A maior riqueza do homem é sua incompletude. Nesse ponto sou abastado. Palavras que me aceitam como sou — eu não aceito. Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc. etc. Perdoai. Mas eu preciso ser Outros. Eu penso renovar o homem usando borboletas. *Manoel de Barros

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