Pular para o conteúdo principal

Postagens

Viver im_perfeito*

Que vivamos a loucura De sermos como somos Imperfeitos! Que expressemos a loucura De não representarmos e Sermos transparentes Que brinquemos loucamente Pelo avesso, do avesso Do avesso... Pois, viver só vale a pena Na coragem de transgredir Loucamente! Boa noite! *Dra. Rosângela Rossi Psicoterapeuta. Filósofa Clínica. Escritora. Juiz de Fora/MG

Arte Poética*

Entre tantos ofícios exerço este que não é meu, como um amo implacável obriga-me a trabalhar de dia, de noite, com dor, com amor, sob a chuva, na catástrofe, quando se abrem os braços da ternura ou da alma, quando a enfermidade afunda as mãos. A este ofício obrigam-me as dores alheias, as lágrimas, os lenços saudadores, as promessas em meio ao outono ou ao fogo, os beijos de encontro, os beijos de adeus, tudo me obriga a trabalhar com as palavras, com o sangue. Nunca fui o dono de minhas cinzas, meus versos, rostos obscuros escrevem-nos como atirar contra a morte. *Juan Gelman

Felicidade...*

"Freud escreve, retomando uma fórmula de Goethe: que não há nada mais difícil de suportar do que uma sucessão ininterrupta de três dias lindos....Três lindos dias, que se seguem numa potência máxima de felicidade podem não deixar mais grande coisa a esperar...." (André Comte-Sponville). Quem suportaria a felicidade Em toda sua intensidade Por todos os dias? Ainda que sinta sua falta Amiga minha, alegria Causa-me esforço demasiado Repetir-te a cada dia Por todos os dias.... Quem suportaria A felicidade em toda sua potência Por dias sem fim? Deixa-me um espaço Para alguma tristeza Algum silêncio Algum recolhimento Assim lembrarei de ti, alegria Sentirei saudades E a tua falta. Amanhã ou depois Me alcançarás a mão Minh'alma te acolherá novamente Para nos alegrarmos Mais e melhor, outra vez Andando de novo Por aí.... *José Mayer Filósofo. Livreiro. Poeta. Estudante na Casa da Filosofia Clínica Porto Alegre/RS

Fragmentos Filosóficos Delirantes*

-Cuidado com o homem cujo deus está no céu. -O castigo do mentiroso, além de ninguém acreditar nele, é não poder acreditar nos outros. -Todas as grandes verdades começaram como blasfêmias. -A virtude não consiste em nos abstermos dos vícios, mas sim de não os desejarmos. -Nenhum homem é suficientemente bom para ser o senhor de outro. -Ele nada sabe e pensa que tudo sabe. Isso aponta claramente para uma carreira política. -O homem razoável adapta-se ao mundo; o homem irrazoável obstina-se a tentar que o mundo se lhe adapte. Portanto qualquer progresso depende do homem irrazoável -Muito cuidado com o homem que não devolve uma bofetada. -Idéias são como pulgas: saltam de uns para os outros, mas não mordem todos. -A razão escraviza todas aquelas mentes que não são suficientemente fortes para a dominarem. -Não há satisfação em enforcar um homem que não faz objeção a isso. -Liberdade significa responsabilidade. É por isso que a maioria dos home

Deixar de lado dói mais que ser deixado*

Deixar ou ser deixado? O que causa mais dor? A esta altura da vida muito me confunde os tantos depoimentos somados à bagagem pessoal quando falando de amor e relacionamentos, é tocado o tema desamor. Deixar ou ser deixado? O que causa mais dor? Aparentemente, explicitamente e obviamente é claro que virou senso comum a dor do abandonado. Coitado. Foi largado! Entretanto, fazendo valer aqui a veia inquiridora, própria de uma aura especulativa e da chatice inerente do Ser Filósofa, me detenho, como não raro, na contra mão das histórias que me contam e até das que vivi, me perguntando sobre quem foi que deixou mesmo “aquela” relação. Acostumada a analisar comportamentos, mesmo antes de saber classificar isto, observava o sacrifício de uma mulher que deixava de gostar de seu parceiro e por estar atrelada a ele, presa, refém de alguma circunstância gerada por uma sua necessidade passada e alimentada por algum tempo, como que com dinheiro ou amparo psicológico ou emocio

Ser Feliz*

Ser feliz!  Ser feliz estava em mim, Senhora... Este sonho que ergui o poderia pôr onde quisesse, longe até da minha dor, em um lugar qualquer, onde a ventura mora; onde, quando o buscasse, o encontrasse a toda hora, tivesse-o em minhas mãos...   Mas, louco sonhador, eu coloquei muito alto o meu sonho de amor... Guardei-o em vosso olhar e me arrependo agora.  O homem foi sempre assim... Em sua ingenuidade teme levar consigo o próprio sonho, a esmo, e oculta-o sem saber se depois o achará...   E, quando vai buscar sua felicidade, ele, que poderia encontrá-la em si mesmo, escondeu-a tão bem, que nem sabe onde está! *Menotti Del Picchia

A palavra vertigem*

                                                          Um ser irreconhecível se desdobra na expressividade fugaz. Seu aspecto de invasor ameaça o saber encastelado, seu ritmo alucinado de vivências subjetivas re_apresenta um devir quase esquecido. Ao pensar o impensável realiza uma excursão pela partícula de infinito desconsiderada. Sua ótica de incerteza desconstrói o mundo de uma só verdade.    Os sons murmurados nas entrelinhas apresentam o instante entre um e outro. Sua lógica de estôrvo e o caráter de percepção excessiva, denuncia espaços, alarga escutas, vislumbra imaterialidades. As associações desgovernadas esboçam um contato fugaz com o absurdo. Parece recordar que a vida não é definitiva. Sua estranha dialética é ser registro de uma ausência. Como um acesso de desrazão, seu teor de expressividade não cabe numa definição. Nas possibilidades entreabertas pelo discurso novo, uma sensação de embriaguez involuntária, gestada na própria estrutura, ensai

Visitas