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Fragmentos filosóficos, delirantes*

"E é aqui que se pode captar a diferença entre as dialéticas da razão que justapõe as contradições para abranger todo o campo do possível e as dialéticas da imaginação que quer aprender todo o real e encontra mais realidade naquilo que se oculta do que naquilo que se mostra." "O negro alimenta toda cor profunda, é a morada íntima das cores. Assim o sonham os obstinados sonhadores." "A admiração é a forma primária e ardente do conhecimento, é um conhecimento que enaltece o seu objeto, que o valoriza. Um valor, no primeiro encontro, não se avalia: admira-se." "Temos aqui um bom exemplo da necessidade que tinham os alquimistas de multiplicar as metáforas. A realidade, para eles, é uma aparência enganadora." "A explicação médica unifica geralmente a alucinação e ignora seu caráter dialético, sua ação de superação." "Jacques Prévent, em 'Le quai des brumes', escreve: 'Descrevo as coisas que estão atrás

Reencontros*

Um novo ciclo (64 anos) Sempre assim, velha menina. No eterno retorno me faço criança. 60+4=UM Iniciação/Um novo tempo! Hoje, celebro o milagre da vida Para quem não viveria um dia. Sinto-me grata a cada encontro, A cada acontecimento. Sou sempre aprendiz. Um Pouco Frida, Chaplin, Wood... Beat on the road Encontro a vovozinha e, Em sua biblioteca navego. A velha coruja Sophia Cavalga no meu Sagitário filosofar. Mergulho profundo na lua em Escorpião e me Desvelo no Ser Terapeuta. No meio do céu brilha minha Consciência. Os sinos tocam... E eu viajante intergaláctica Experimento múltiplos fenômenos. Todos vocês para mim são reencontros cósmicos Neste tempo da sabedoria que chega. Só tenho que agradecer! *Dra. Rosangela Rossi Psicoterapeuta. Filósofa Clínica. Escritora. Poeta. Juiz de Fora/MG

Amor Bastante*

Quando eu vi você tive uma ideia brilhante  foi como se eu olhasse de dentro de um diamante  e meu olho ganhasse mil faces num só instante   basta um instante e você tem amor bastante. *Paulo Leminski

O coração, um amor e uma taça de vinho*

Caro amigo... Explique-me, caro amigo, O amor, por acaso, muda de idéia Brinca de construir num dia E, no outro, brinca de destruir? O amor morrendo faz barulho, Mas, e o barulho do amor vivendo? -"Que solicitas, tu, amado, Como dote para ser feliz?" -"Teu canto e tua dança, E o teu coração sempre alegre...." -"E tu, amada, que solicitas Como dote para ser feliz?" -"Uma taça de vinho, E o teu coração sempre alegre..." *José Mayer Filósofo. Livreiro. Poeta. Estudante na Casa da Filosofia Clínica Porto Alegre/RS

Fragmentos filosóficos, delirantes*

"O mesmo poema é lido por várias pessoas, e cada uma delas faz dele o 'seu' poema. Assim funciona a imaginação: cada um precisa reimaginar por si mesmo." "A nova era só termina quando esses limites se tornam rígidos e convencionais, aguardando seu rompimento por outra descoberta, para que prossiga a marcha no rumo das próxima liberdade." "A obra de arte, ao contrário, é essencialmente uma proposição incompleta, que nos é apresentada para que com ela possamos construir nossa própria generalização." "E depois de ler essa passagem de Gertrude Stein, estilisticamente estranha (como A Rose is a Rose, is a Rose) [Uma rosa é uma rosa, é uma rosa], ela de repente nos faz perceber que os problemas que a preocupavam só podiam ser expressos daquela forma." "(...) a obra de arte nos ensina não só o que é agir como se fôssemos outra pessoa, mas também o que é ser outra pessoa." "(...) a história é feita por fanát

Entropia da Calêndula*

“Mas não tenho nenhuma certeza de que o porvir de vocês coexistia assim com o seu presente.” Henri Bergson A ordem é a desordem. Havia um tempo que a desordem era o momento em que as coisas começavam a tomar um ponto a seguir, que as direções se distribuíam conforme os seguimentos da existência pediam passagem. Hoje, o caos não é mais dessa proposição, ou seja, a expressão verbal dos conceitos deixa de ter legitimidade diante dos fatos que atropelam o uso da linguagem. Se o juízo de algo é mais do que uma verdade, se ele passa a ser um acontecimento destruidor, a proposição do que estou aqui a pensar não tem importância alguma de sua veracidade de enunciado. Esse pequeno esforço recreativo, quase um jogo do pensamento, é porque ando a refletir sobre os efeitos benéficos e maléficos das Verdades seculares, sejam elas de ordem das ideias, dos grandes movimentos e correntes do pensamento, ou da heresia quase suicida de afrontar ao uso analítico de conceituar tudo através da

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