Há tempos que não olho mais para trás, não por querer fugir ou não querer enxergar o que foi vivido, mas por ter consciência que o amanhã não existe mais. Hoje sou assim, serena, confiante, amante da vida com todas as suas imperfeições. Talvez essa seja realmente a beleza da maturidade. Viver o hoje! O agora! Entretanto, se for preciso curar alguma ferida ou reavaliar uma atitude que me inquieta, abro uma licença poética para fitar o passado. Só nesse caso. Não sou muito saudosista, nem gosto de ficar remoendo o que passou, gosto de abrir o peito para o novo, o por vir... Tenho a esperança como um leme para meu viver, aliás o que seria dessa mulher que vos fala se não fosse a esperança? Sinto o cheiro da noite fresca da minha cidade natal, o silêncio de poucos carros que passam pela rua lá fora, o barulho dos meus pensamentos, a maciez do meu anoitecer. Ah!!! Como gosto da noite. Secreta. Sincera. Amiga de sempre, companheira no momento de solidão. Como é bom viver e cri
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