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A vida e o poema*

...e assim a flor abre a cada amanhecer trazendo sonhos para colher fazeres e as possibilidades infinitas ...e assim a vida floresce se torna poema para quem tece amores e coze obstáculos ... e assim Deus se distribui em milhões de orvalhos no fazer brilhar o Cris/Tao em nossos corações ...e assim vamos vivendo dia após dia em Graça apesar de todos apesares a observar estes floresceres. ... e assim vale dizer: Bom dia! Na eterna esperança de ver a vida brotar em paz a dissolver a guerra *Rosângela Xavier Rossi Psicoterapeuta. Escritora. Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG

Coisa mais linda que existe (1968)*

Coisa linda neste mundo É sair por um segundo E te encontrar por aí Pra fazer festa ou comício Com você perto de mim Na cidade em que me perco Na praça em que me resolvo Na noite da noite escura É lindo ter junto ao corpo Ternura de um corpo manso Na noite da noite escura Coisa linda neste mundo É sair por um segundo E te encontrar por aí Pra fazer festa ou comício Com você perto de mim O apartamento, o jornal O pensamento, a navalha A sorte que o vento espalha Essa alegria, o perigo Eu quero tudo contigo Com você perto de mim Coisa linda neste mundo É sair por um segundo E te encontrar por aí Pra fazer festa ou comício A coisa mais linda que existe É ter você perto de mim *Torquato Neto

Lazarus*

Ele disse “Olha aqui, estou no céu, tenho cicatrizes que não podem ser vistas”. Ele é um visionário, um pássaro livre que voou para o céu. Migrou do mundo para o distante e profundo lugar, nos corações. Foi visto trocando de pele, de cabelo, de roupa, foi visto nas ruas de todas as cidades, nos cafés, nas redes, foi visto no caminho do mar, da noite, foi visto de carro atravessando a ponte, foi visto lendo um livro no aeroporto. Está marcado na parede com suas estrelas, sua última aparição, ainda hoje (sempre). *Luis Antônio Paim Gomes Filósofo. Professor. Editor. Livre Pensador. Porto Alegre/RS

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*

"Pequenos Robinsons em terra firme, somos todos, desse ponto de vista, heróis de romances que vagamos por mundos em construção, obrigados que estamos, para advir à existência no interior de nosso próprio texto, a fazer de nós também construtores de cenários, planejadores urbanos, geômetras, agrimensores, sinalizadores do espaço - e do tempo." "(...) Espécie mais raro, o segundo - o viajante disponível -, por sua vez, chega, ao contrário, livre de todo programa preciso. Não tem nenhuma transação para concluir, nenhuma cobiça a satisfazer, nenhuma ordem a estabelecer. Desejando-se inteiramente desimpedido, ele sequer se preocupou, antes de partir, de notar o que poderia haver 'para ver' ali onde ele vai chegar. na realidade, se ele se pôs a caminho numa bela manhã, foi mais ou menos de improviso (...)" "Ele não se instalará. Ele não se comportará como ocupante, nem por conta própria nem por conta de algum longínquo mandatário. Apenas passando

Contradição*

E então vestia-se de anjo Sabia exatamente o que queria Mas o que queria mesmo, nunca soube... Adorava a noite com suas sombras. Contudo temia os olhos do escuro. Seu dia era pesado. Á noite vestia-se de seu sorriso e se alegrava. Enchia-se de coragem. Reclamava do tempo e da sua lentidão. Sabia, todavia, que não havia outro jeito. O tempo era o melhor remédio para algumas dores. Então, dava tempo ao tempo. E o tempo lhe retribuía na mesma moeda. Amava a chuva e os dias nublados. Por aquilo que eles escondiam..Escrevia sobre aquilo que o tempo não mostrava. Ansiava por um grande amor na chuva.... Temia o desconhecido. Mas o mistério a fascinava. Vestia-se muito mais para se ocultar, do que se revelar. Entrava mar adentro, voava com o vento , surfava nas nuvens. Adorava viajar. Pegou então uma carona para as estrelas. Não haviam lhe ensinado que o brilho de umas é tão lindo de longe, mas queima de perto. Não queria se entregar a amores. Mas pensava o tempo int

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