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Fragmentos Filosóficos, Poéticos, Delirantes*

"Desejo apenas, querida, peregrinar por tua alma, percorrê-la até o âmago, até o lugar onde ela se torna um templo. E lá quero erguer a minha nostalgia como uma custódia, que há de se elevar até a tua magnificência. Este é o meu desejo." "Nestes dias de criatividade, sinto como os invólucros abandonam as coisas, como tudo se envolve numa atmosfera de confiança, sem quaisquer disfarces. Os momentos criativos são como crepúsculos vespertinos após carregados dias de verão." "E agora, em meio ao perfume desta imensidão azul, aproveito os dois ou três dias que ainda passarei antevendo em sonhos o reencontro contigo, para continuar a relatar-te o esplendor destes dias que estou vivendo aqui, em um país estrangeiro. Cada vez mais estou convencido de que não me refiro às coisas, e sim àquilo que elas fizeram de mim." "(...) Ele permanece pobre, porque é incapaz de revelar a um confidente a existência dos seus tesouros, e segue solitário por não

Meu amor*

a poesia passou por aqui recitou seus versos de presente trouxe as estrelas e de lua me encantou contou-me secretamente que lhe entregaria ternuras e carinhos porque o que vale é Amar *Rosângela Rossi Psicoterapeuta. Filósofa Clínica. Escritora. Poeta. Juiz de Fora/MG

Fragmentos Filosóficos, Literários, Delirantes*

"Pessoas que encontram partes preciosas de si não em outras pessoas, mas em livros" "Para que mais alguém lê um livro, senão para se transformar ?" "Também quando leio Clarice (Lispector), pensei, tenho esta impressão. Os livros de Clarice são duros de ler. São incômodos e, até, desagradáveis. Suas ficções me submetem, me tiram do sério - me interpretam. Não sou eu que as leio, elas sim me leem, e isso me desnuda. Os livros de Clarice Enervam, esgotam, perturbam." "Ser capaz de ouvir, e de suportar a presença imprevista do outro, as surpresas que nos oferece, a desarmonia de suas ideias. Chegar de mãos vazias e aceitar o que me dão. Entregar-me, em vez de esperar que o outro se entregue. Desarmar-me, ainda que seja para encontrar o que não desejo encontrar.! "Nada se assemelha ao contato silencioso e misterioso, mas intenso, que liga o leitor a um livro." "Houvesse uma sincronia perfeita entre o grande livro e o g

A escuta das palavras*

                                                      A palavra, em deslocamento por seus muitos territórios, também busca uma legibilidade para sua escuta escutando-se. Aptidão rara em meio as ditaduras da semiose verbal. Ao conviver sempre no mesmo lugar, ainda que em línguas diferentes, é excepcional vivenciar as dialéticas da aventura.     Em um mundo apropriadamente imperfeito, pode ser indizível, ao dicionário conhecido, encontrar o melhor para si. Essa suspeita se insinua nas possibilidades do instante perfeito nas entrelinhas da imperfeição. Essa transgressão da zona areia movediça de conforto existencial, se aproxima de um mundo razoável e suas contradições. Assim pode acolher e dialogar com a mutante medida de todas as coisas em cada um.    Ao destacar o viés dessas poéticas da irreflexão, se esboça uma negação de que tudo já foi dito, pensado, tentado. Nele um espaço desconhecido se abre como proposta. Talvez a escola, ao ensinar a ler e escrever, també

Se eu fosse um padre*

Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões, não falaria em Deus nem no Pecado - muito menos no Anjo Rebelado e os encantos das suas seduções,   não citaria santos e profetas: nada das suas celestiais promessas ou das suas terríveis maldições... Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,   Rezaria seus versos, os mais belos, desses que desde a infância me embalaram e quem me dera que alguns fossem meus!   Porque a poesia purifica a alma ... a um belo poema - ainda que de Deus se aparte - um belo poema sempre leva a Deus! *Mário Quintana

Faça com Excelência*

 “O que merece ser feito merece ser bem feito”, escreveu Nicholas Pausin. Porém, o que vemos é que a maioria das pessoas vive fazendo as coisas pela metade. A justificativa é sempre a mesma: isso é insignificante, eu não dei tanta importância, eu fiz essa tarefa por cortesia, nas minhas horas de folga, foi um favor que fiz. Para mim, essa é a armadilha na qual muitos executivos caem cotidianamente: projetos mal elaborados, mal executados e por aí vai. Minha dica é: não caia na armadilha de fazer algo mal feito, mesmo que seja por cortesia. A imagem que fica é a do desleixo. Seu trabalho é sua “marca” e ela será sua propaganda durante muito tempo. Então, faça da melhor forma possível, nunca deixe margem para falarem do seu trabalho de forma negativa. Lembre-se de Picasso. Sua assinatura está nas suas obras. Pinturas famosas você encontra a todo momento no mercado, mas Picasso é Picasso. Fazer com excelência é uma questão de postura. É só estabelecer um pacto consigo mes

Fragmentos Filosóficos, Poéticos, Delirantes*

"Eu nunca guardei rebanhos, Mas é como se os guardasse. Minha alma é como um pastor, Conhece o vento e o sol E anda pela mão das Estações A seguir e a olhar Toda a paz da Natureza sem gente Vem sentar-se ao meu lado. Mas eu fico triste como um pôr-de-sol Para a nossa imaginação, Quando esfria no fundo da planície E se sente a noite entrada Como uma borboleta pela janela. Mas a minha tristeza é sossego Porque é natural e justa E é o que deve estar na alma Quando já pensa que existe E as mãos colhem flores sem ela dar por isso. Como um ruído de chocalhos Para além da curda da estrada, Os meus pensamentos são contentes. (...) Pensar incomoda como andar à chuva Quando o vento cresce e parece que chove mais. Não tenho ambições nem desejos. Ser poeta não é uma ambição minha. É a minha maneira de estar sozinho. (...) Quando me sento a escrever versos Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos, Escrevo versos num papel que está no meu pensamento, Si

Pedacinhos de si mesmo*

Era assim... Seu tempo era demorado. Silenciava e olhava para um lugar perdido. Quando perguntado dizia: - Sou assim... Havia prometido, mil vezes, ser um bom menino. Mas dentro dele alguma coisa andava na direção oposta. Era da sua natureza ser sem rumo. Viver e amar sem destino. Um caos interno fazia sua estrela brilhar mais forte. O tempo havia lhe ensinado paciência. O que passou, tinha que passar. O que ficou, ficará até que chegue a sua hora. Afinal, o que custa viver, e esperar uma vida inteira? -Sou assim .... - dizia sempre que perguntado. Trazia uma gentileza no olhar. Coisas que só ele fazia como fazia. Pedia desculpas pelo espaço dos outros que ocupava. Desculpava-se antecipadamente por uma ofensa recebida. Pelo rumo do vento que batia nele. Pelo raio de sol que impedia de passar. Agradecia por tudo. Era grato a quem o amava. E aos amores quando estes partiam , desculpava-se e agradecia. Quem o conhecia, dizia: -Deixa ele. Ele é assim me

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