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Tu Tens um Medo*

Tu Tens um Medo Acabar. Não vês que acabas todo o dia. Que morres no amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que te renovas todo dia. No amor. Na tristeza Na dúvida. No desejo. Que és sempre outro. Que és sempre o mesmo. Que morrerás por idades imensas. Até não teres medo de morrer. E então serás eterno. Não ames como os homens amam. Não ames com amor. Ama sem amor. Ama sem querer. Ama sem sentir. Ama como se fosses outro. Como se fosses amar. Sem esperar. Tão separado do que ama, em ti, Que não te inquiete Se o amor leva à felicidade, Se leva à morte, Se leva a algum destino. Se te leva. E se vai, ele mesmo… Não faças de ti Um sonho a realizar. Vai. Sem caminho marcado. Tu és o de todos os caminhos. Sê apenas uma presença. Invisível presença silenciosa. Todas as coisas esperam a luz, Sem dizerem que a esperam. Sem saberem que existe. Todas as coisas esperarão por ti, Sem te falarem. Sem lhes

A poética das rosas*

Também pudera Esquecido como sou Eu não me perdoo Como eu não sabia ainda Que era amarela A rosa preferida dela? Vou cultivar rosas De todas as cores Que não falte a amarela Uma flor só para ela Vai ser um esplendor Quando nascer A flor de cor Ama-r-ela.... *José Mayer Filósofo. Poeta. Livreiro. Filósofo Clínico da Casa da Filosofia Clínica Porto Alegre/RS

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*

"Basta um fantasma numa reunião para que todos os presentes adquiram um ar fantasmal, basta um milagre para que a realidade se torne milagrosa." "A primeira invenção do autor de um romance é sempre o narrador, seja este um narrador impessoal que narra na terceira pessoa ou um narrador-personagem, comprometido na ação, que relata a partir de um eu." "O narrador nunca é o autor porque este é um homem livre e aquele se move no interior das regras e limites que este lhe impõe." "Cada época tem a sua irrealidade: seus mitos, seus fantasmas, suas quimeras, seus sonhos e uma visão ideal do ser humano que a ficção expressa com mais fidelidade que qualquer outro gênero." "A bondade e a maldade são uma essência, um elemento constitutivo do ser que, em casos excepcionais, pode mudar de valência dentro da mesma pessoa (...)" "Manipulando e organizando astutamente os ingredientes da realidade, o narrador construiu outra r

Texto de consulta*

1   A página branca indicará o discurso Ou a supressão o discurso?   A página branca aumenta a coisa Ou ainda diminui o mínimo?   O poema é o texto? O poeta? O poema é o texto + o poeta? O poema é o poeta - o texto?   O texto é o contexto do poeta Ou o poeta o contexto do texto?   O texto visível é o texto total O antetexto o antitexto Ou as ruínas do texto? O texto abole Cria Ou restaura?     2   O texto deriva do operador do texto Ou da coletividade — texto?   O texto é manipulado Pelo operador (ótico) Pelo operador (cirurgião) Ou pelo ótico-cirurgião?   O texto é dado Ou dador? O texto é objeto concreto Abstrato Ou concretoabstrato?   O texto quando escreve Escreve Ou foi escrito Reescrito?   O texto será reescrito Pelo tipógrafo / o leitor / o crítico; Pela roda do tempo?   Sofre o operador: O tipógrafo trunca o texto. Melhor mandar à oficina O texto já truncado.     (...)

Atuar ou ser você mesmo? Dualismos da vida!*

Em nossa última coluna sobre os papéis existenciais abordaremos dois aspectos importantes e dilemáticos. PERGUNTA: Seria possível perde-se de si mesmo enquanto atua em determinado papel existencial ou função social? Seria possível que você usasse por tanto tempo um rótulo, uma roupagem, um papel profissional que, sem perceber, você tenha se tornado ele? Semelhante ao ator que ao perder-e de si mesmo passa a agir e a acreditar constantemente que é um dos personagens que representava? Sim! É possível nos perdermos de nós mesmos e nos tornarmos aquilo que durante muito tempo assumimos como identidade. Muitas pessoas tornam-se seus rótulos, seus papéis sociais de forma tão profunda que o sujeito já não mais existe, o que existe é pai, o empresário, o doente, o médico, o terapeuta... E aquilo que deveria ser apenas uma roupagem, um rótulo, uma forma de agir em determinada circunstância, passa a ser a própria pessoa. Muitas assumindo papéis que em nada lhes diz respeito. PER

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*

"Os resultados da investigação de homens que despertam só tocam a despertos. O método é revolucionário: em lugar do passado, o presente, investigação em lugar de cantos conclusivos, tarefa em andamento de que se ignora o fim." "O filósofo, como os heróis legendários, afronta as portas vedadas aos viventes." "Heráclito suspeita do que se expõe à observação. Prefere as sombras, porque é aí que a vida se esconde." "(...) A noite sustenta o dia na contradição." "Há sabedoria em conviver com o raio. Apanhar o momento único em que o raio luz: uma ideia, um som, momento que não se repete nunca mais, capaz de gerar ideias e palavras e sons." "A poesia só germina nos golpes que afrontam a inércia e abrem caminho ao desconhecido." "Heráclito vê, entretanto, na linha traçada sobre a curvatura do vaso, a convergência dos contrários, pois aí a linha reta se dobra." "Na procura de si mesmo eme

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