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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*

"(...) uma valorização dos devaneios inconfessados, dos devaneios do sonhador que foge da sociedade, que pretende tomar o mundo como único companheiro. Por certo, essa solidão não é completa. O sonhador isolado guarda em particular valores oníricos ligados à linguagem; guarda a poesia própria da linguagem de sua raça. As palavras que ele aplica às coisas poetizam as coisas, valorizam-nas espiritualmente num sentido que não pode fugir completamente das tradições" "Os sonhos que viveram numa alma continuam a viver em suas obras" "Os mitólogos amadores algumas vezes são úteis. Trabalham de boa fé na zona de primeira racionalização. Deixam pois inexplicado o que 'explicam', porquanto a razão não explica os sonhos. Também classificam e sistematizam um tanto depressa as fábulas" "Um instante de sonho contém uma alma inteira" "É preciso que a íris do olho tenha uma bela cor para que as belas cores entrem em sua pupila.

O Homem Nômade: Esqueça as narrativas de iludir razões*

A ebulição que anima o globo é que é também a ebulição do sujeito (pensa Bataille), mas o sujeito em ebulição propriamente dito em total consumo de si. Esse é o passo para o pensamento radical. O pensamento crítico, aqui seria o da acumulação, que busca através do objeto, em pesquisa, o seu valor de “uma operação fria e calculada”. Assim, como em “1919”, Sakamoto contorna esse frio com a atonalidade melódica que vai ao seu excesso até os acordes de um pensar radical na música. O mesmo ocorre na escritura de Bataille e muitos anos antes já parecia estar na parte do liberar de energias no instante eterno das palavras.Assim como a economia se expressa pelo acumulo, mas para Bataille, ela é apenas uma soma calculada e fria que terá seu valor no instante. O instante da comunicação deixa de ser eterno para ser a energia vinda da informação e para melhor fechar a cadeia do conhecimento ela se perde no fragmento da narrativa partida.O que temos é o instante das coisas, a i

Árvore*

Um passarinho pediu a meu irmão para ser sua árvore. Meu irmão aceitou de ser a árvore daquele passarinho. No estágio de ser essa árvore, meu irmão aprendeu de sol, de céu e de lua mais do que na escola. No estágio de ser árvore meu irmão aprendeu para santo mais do que os padres lhes ensinavam no internato. Aprendeu com a natureza o perfume de Deus. Seu olho no estágio de ser árvore aprendeu melhor o azul. E descobriu que uma casca vazia de cigarra esquecida no tronco das árvores só serve pra poesia. No estágio de ser árvore meu irmão descobriu que as árvores são vaidosas. Que justamente aquela árvore na qual meu irmão se transformara,  envaidecia-se quando era nomeada para o entardecer dos pássaros. E tinha ciúmes da brancura que os lírios deixavam nos brejos. Meu irmão agradecia a Deus aquela permanência em árvore porque fez amizade com muitas borboletas. *Manoel de Barros

Beija flor*

"Nem sei se posso dizer isto. Há no ar uma interrogação. Faz-se no ar silêncio. No entre, uma pausa. Desamor pulula no egoísmo. Vaidades tomam o poder. Complexos geram comparações. Julgamentos, revólveres de projeções. Críticas, jogos de saber poder. Fofocas exaltam a inveja dos impotentes. Ressentimentos alimentam mágoas. E, os ventos sopram... Raios rasgam horizontes. Outono queima as matas Num ato intenso de amor Chega o Beija-flor. Em seu bico uma gota de amor. Treme beijando o orvalho. Seduz a encantar e a despertar. Analisa e se desfaz em graça. O mínimo se torna mais, Como mágica acende a lua, Distribui amor sem nada esperar. Entrega-se às flores e goza Na dança de SerAmor,]Amando sem censura. *Rosângela Rossi in " Amando sem censura ". Ed. SerLivre. MG. 2016. Psicóloga. Escritora. Filósofa Clínica. Poeta. Livre Pensadora. Juiz de Fora/MG

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*

"Em seus atos de libertação ele oferece como um presente as possibilidades adormecidas, e apenas quem conhece a palavra mágica é capaz de despertá-las novamente e transformá-las em alegria e festividade" "Não podendo a arte ser nacional em seus momentos de apogeu, segue-se que todo artista, na verdade, nasce em terra estrangeira. Sua pátria não está em lugar algum, situando-se apenas em seu próprio íntimo. E as obras nas quais traduz a linguagem desta terra são as suas mais genuínas" "Cada um de nós recria o mundo ao nascer, porque cada um de nós é o mundo" "(...) Ele permanece pobre, porque é incapaz de revelar a um confidente a existência dos seus tesouros, e segue solitário por não conseguir edificar uma ponte que conduza do seu íntimo para o meio exterior que o circunda. (...) Estes seres caminham pelo mundo, sem tocá-lo, portando em suas almas as estrelas mudas sobre as quais não podem falar com ninguém" "(...) O ho

Fotos históricas*

Boa tarde, A partir de hoje está à disposição, no final da página inicial do blog, nas " contribuições para uma   historicidade da Filosofia Clínica " algumas fotos dos anos iniciais da Filosofia Clínica.  Nossa equipe de produção recuperou antigas imagens de alguns eventos da Filosofia Clínica (anos 90 e começo dos anos 2000). Essa breve apresentação é apenas um recorte tímido. Aconteceu muito mais! Alguns colegas históricos possuem outros tantos acervos dessa época, desejo que também compartilhem.  Um abraço,  Coordenação da Casa da Filosofia Clínica

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