Quando a dor impede
dormir e se resolve a escrever pouquinho, pode-se chegar a uma tentativa de
regeneração. Falam sobre reinventar. Revi essa palavra num cartão com a linda
fênix de fogo subindo ao céu....
Sim, se pode reescrever
o passado. A tentativa de ser outra pessoa persiste. Afinal, Por todos os lados
se propaga a famigerada correção.
O passado que nos fez
ser quem somos! Para deixarmos de sê-lo há que se resignificar vivências,
memórias e valores, embora estes estejam mais próximos ao essencial e ao
presente... ou estariam ancorados em eventos mudos para o dia de hoje?
Procura-se a chave da
prisão da casa-corpo. Procura-se a vida nas dimensões sutis quando a matéria é
campo minado.
Os alunos percebem que
além da letra há o intertexto, o contexto, a intenção, a entonação e a falácia.
Os mundos dentro de mundos sugam para o interior do redemoinho o espírito
indócil.
Fatalmente, as roupas
velhas, ainda no corpo, já não servem mais.
*Vânia Dantas
Filósofa Clínica
Brasília/DF
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