Pular para o conteúdo principal

Postagens

SOLIDÃO OU SOLITUDE* Conquistar ou encontrar o grande amor de sua vida, pode ser muito fácil ou muito difícil. E depende muito do que você está procurando de verdade. E a dificuldade se instala exatamente neste ponto! Você sabe o que está procurando? Mulheres que já chegaram à casa dos trinta, que são independentes econômica e financeiramente, lindas, ultra bem cuidadas, ainda têm dúvidas quanto o que seria ideal para compartilharem em amor, em vida conjugal. Muitas dizem não ter sorte, que não existe homem disponível. Duvidam de sua competência como mulheres. Outras se expõem ao risco do envolvimento com qualquer pessoa, de qualquer jeito em uma busca inconsciente de algo, de alguém que as fará sofrer. Se envolver com qualquer pessoa, só para ter alguém, justificando para a sociedade que foi capaz de casar-se e exercer domínio sobre alguém, é coisa do passado onde as moças eram treinadas para isto. O homem podia ser uma peste, mas se fosse julgado pela família, pelo meio, que
Pois então!* Dor de medo da felicidade que se aproxima... Antes tudo era só vontade e esperança, agora, depois de tanto querer e sonhar e desejar estou mais próxima do meu sonho realizado! Porém, aqui dentro confusão de sensações: Medo, angústia e dor. A felicidade trás espasmos pra minha alma e muitas vezes parece que o choro brota como alívio nem sei de que. Situação sem endereço, sem finalidade aparente ou racional. Emoção a flor da pele eu sou e sempre serei por mais que tente negar! Ansiedade corre veloz no centro do peito, somente a arte pra extravasar... Mesmo com dores dos excessos de ensaios eu quero mais dançar e dançar, porque não há limite para a alma e agora que aprendi a voar eu sei que posso mais e mais e ninguém me segura não! Respiro uma, duas, três vezes... Lembro de cada movimento conquistado e repetido e como num orgasmo pulsante eu quero mais e mais dançar! Loucura é viver sem arte, sem alguém para amar... Loucura é não chorar mil vezes, loucur
Faz-me Casto, mas não Ainda* Querido leitor, que você esteja em plenitude. 28 de agosto festeja-se o dia de Santo Agostinho, uma das personalidades mais destacada da história da filosofia, principalmente entre os cristãos. Agostinho nasceu na cidade de Hipona, no norte da África em 354 depois de Cristo, porém, suas viagens o levaram para longe de casa, pelo mundo mediterrâneo, até sua morte na sua cidade natal. Seu pai era pagão, já sua mãe Mônica era uma mulher simples de fé cristã. Agostinho se afastou do cristianismo na adolescência e aos 18 anos lançou-se numa busca filosófica que o levaria a frequentar várias posições intelectuais diferentes, antes de se voltar ao que ele chamou de cristianismo católico. Primeiro Agostinho abraçou a doutrina do profeta persa Mani, o maniqueísmo do século III depois de Cristo. Para Mani, o universo é o campo de batalha entre forças do bem e do mal, da luz e das trevas. Depois se tornou um filósofo cético da sua época do tipo predominante na
Solidão Singular* Foi Clarice Lispector quem escreveu: “Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.” Na alma humana existem prisões e campos de liberdade. Perspectivas diferentes que habitam manhãs e tardes no tempo de cada coração em silêncio ou canção. Diante da singularidade da vida, cada ser humano irá vivenciar dentro de si um jeito diferente de ver e viver sentimentos e sensações que são próprias de sua historicidade, cultivadas no solo dos terrenos de suas experiências únicas e outras vezes plurais. No tempo e no lugar de cada história a solidão pode ter um papel fundamental ou destrutivo. Contudo ela pode ainda não ter nenhum papel existencial tendo em vista a Estrutura de Pensamento de cada um. Aquilo que em im é vida poderá nunca ser gerado na alma do outro. Em nossa sociedade a solidão ganhou várias matizes, formas e conceitos. Há aqueles que defendem a solidão como espaç
Filosofia Clinica - uma abordagem terapêutica com base na singularidade* Vivemos numa época de pensamentos antagônicos, onde a tecnologia e a rapidez de comunicação das mídias sociais convive sem problemas com as mensagens de auto-ajuda e correntes de pensamentos positivos. Como comenta Edgar Morin em "A minha esquerda", há uma percepção geral de que as necessidades humanas não são apenas econômicas e técnicas, mas também afetivas e mitológicas. Enunciado este, já feito pela banda Titãs com a música, "a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte". A possibilidade de pensar os problemas de cada um em específico, entendendo a pessoa dentro do seu universo e da sua linguagem, entendendo e trabalhando suas necessidades no sentido do seu bem-estar, é o que se propōe a Filosofia Clínica. A Filosofia Clinica é nova abordagem terapêutica, Idealizada na década de 90 por Lúcio Packter, um médico gaúcho, que tem como fundamento teórico a filosofia.
Fragmentos filosóficos delirantes XCXIX* "(...) não acredito mais na expressão: acredito somente na alusão" "Suponho que haja tantos credos, tantas religiões, quantos são os poetas" "(...) Volto àquela tarde sul-americana já antiga e vejo meu pai. E o vejo nesse momento; e ouço sua voz dizendo palavras que eu não compreendia, e no entanto sentia" "(...) de súbito a palavra ganha vida" "Há versos, é claro, que são belos e sem sentido. Porém ainda assim têm um sentido - não para a razão, mas para a imaginação" "Suspeitei muitas vezes que o sentido é, na verdade, algo acrescentado ao verso. Tenho plena convicção de que sentimos a beleza de um poema antes mesmo de começarmos a pensar num sentido" "(...) imagino que uma nação desenvolve as palavras de que necessita" "Os homens buscaram parentesco com os derrotados troianos, e não com os vitoriosos gregos. Isso talvez porque haja uma dignidade na derro
Folhas da Lua* Parte de minha alma se esvaiu no infinito Perdeu-se procurando sonhos Acalentando vislumbres esvoaçantes Não tem volta... Mas outra acaba de se encontrar Nasceu de encantos que não definham Como paralelas que se flagram Tal voo de gaivotas A espreita de algo Que simplesmente surge E depois se perde novamente Folheando as fases da Lua Viro páginas... O que sou não importa Só o luar conta! *Luana Tavares Filósofa Clínica Niterói/RJ
O que te impede de beijar assim?* A idéia de escrever um texto contando como foi meu aprendizado do “melhor beijo do mundo” e deixar a revelação da técnica em suspense, tinha a intenção explícita de estimular a fantasia dos leitores, porém a proposta era ainda maior. Gostaria também que refletissem acerca de quem, como, quando e porque estão beijando ou deixando de dar e receber este presente. Não existe a fórmula do beijo perfeito ou descrição da melhor forma de beijar, a qualidade está muito mais na cabeça dos parceiros que dentro das bocas. Sentimento e emoção são os ingredientes, sem isto o beijo torna-se morno, insosso, indiferente, vazio. O gosto do beijo vai melhorando na exata medida da entrega dos amantes e da veracidade do sentimento. O segredo que minha amiga ensinou para tornar cada beijo único e inesquecível é beijar sempre como se fosse a última vez. A derradeira despedida. Vivenciar o instante com toda a intensidade, sentir que precisa preservar o momento, segu
Mudando perspectivas* Passamos do geocentrismo para o heliocentrismo, do teocentrismo para o antropocentrismo. A Terra não é o centro do universo, o homem é a medida de todas as coisas. O sol é o centro do nosso sistema planetário, mas está longe de ser o centro de nossa galáxia, a Via Láctea. O sol nem é mais a estrela de quinta grandeza entre as conhecidas. Agora é muito menor. A Via Láctea é um imenso sistema com planetas e estrelas dentre inúmeras galáxias. Até o fim da Idade Média, tudo girava em torno da Terra. O homem media sua importância por aquilo que a divindade lhe concedia, pela revelação, em algumas culturas. O homem era altamente valorizado, por exemplo, pelo Deus judaico-cristão. Os cristãos ainda tiveram um Deus que se fez homem para elevar os homens à dignidade de seu convívio na eternidade. Mais do que isso, o Reino de Deus já acontecia no tempo, no qual todas as coisas tendem a ser corruptíveis, frágeis, falhas, limitadas, e os homens, pecadores. A era
Substrato* Quero dia a dia mais leveza meu mundo mais suave que minhas armas obsoletem. Fazer um ninho de livros amortecido por paginas rasgadas de linhas que ninguém deve ler. Quero exercer todas as minhas competências Acima de tudo, superar limites e estar sempre em mim . Podendo visitar o outro nele mesmo, sem tornar-me refém de projeções. Quero a liberdade do saber. Eis aqui um substrato do meu mundo como vontade de poder. *Alba Regina Bonotto Psicóloga, Filósofa Clínica Curitiba/PR
Pretéritos* Nada é como antes porque tudo se faz novo a cada instante de um tempo sem nome nascido de saudades de outonos com cores de primavera a dor que chega na alma parte sem despedir-se nada é como no futuro de uma passado sempre sonhado de novas estações sem cor e com amor no tempo que me cabe o tempo que não conheço no que sou ainda o que serei nada é como no passado onde o presente nunca foi futuro e nas despedidas de hoje a espera do amanhã da noite que se foi e do dia que ainda vai chegar *Pe. Flávio Sobreiro Poeta, Filósofo Clínico Cambuí/MG
Poéticas do indizível* “(...) Graças às sombras, a região intermediária que separa o homem e o mundo é uma região plena, de uma plenitude de densidade ligeira. Essa região intermediária amortece a dialética do ser e do não-ser.” Gaston Bachelard Uma crença muito antiga aprecia atualizar-se nesse enigmático hoje que um dia foi amanhã. Poderia ser o pretérito imperfeito de uma busca ou aquele quase nada onde tudo acontece. Atualização de um dialeto nem sempre dizível, se alimenta nas fontes inenarráveis, nos paradoxos, nas desleituras criativas. Seu visar inédito sugere desvãos ao mundo que se queria definitivo. Costuma ser abrigo do acaso na versão do avesso das coisas. Ao referir o encantamento das pequenas devoções, parece ter a vocação de traduzir esse texto interminável, por onde a vida escoa seus segredos. Realiza um esboço sobre as tentativas de decifrar por inteiro um mundo que é mistério por natureza. A característic
Leituras de Filosofia Clínica IV* Tive o grande prazer de ler a obra do prof. Dr. José Maurício de Carvalho (UFSJ) intitulada Filosofia Clínica, estudos de fundamentação. Trata-se de um vasto trabalho de conclusão de sua especialização em Filosofia Clínica. Após ler o livro que, além dos capítulos, apresenta várias resenhas de grande qualidade em anexo, seria uma vergonhosa pretensão me propor a fazer uma resenha dessa obra. Portanto, intento expor em poucas linhas uma impressão acerca de tão valorosa obra. Carvalho apresenta seu livro em cinco capítulos e no fim acrescenta um apêndice com resenhas de nove obras de outros autores sobre Filosofia Clínica. No primeiro, nos trás a Filosofia Clínica em seus aspectos gerais, incluindo a exposição de cada tópico da Estrutura de Pensamento e todos os Submodos – os Exames Categoriais, como fundamentais para que o conteúdo seja totalmente contemplado, foram evidentemente apresentados. No segundo capítulo, trata da tese central de todo
O Melhor Beijo do Mundo* A conversa corria solta no botequim quando meu amigo contou de um tio muito experiente em baladas noturnas e especialista em beijos. Havia lhe ensinado o melhor beijo do mundo e agora também ele desfrutava deste segredo e prazer com as mulheres. “Como beijar” não é o tipo de conversa que homens costumam ter enquanto bebem, e por conta disto, o assunto não progrediu. O fato de uma conversa ter sido interrompida não significa que o recado não foi dado. O assunto foi trocado, mas a curiosidade permaneceu agendada em meu cérebro. Como seria o tal beijo? Demorado, olhos fechados, molhado, mordido, línguas em labirinto, ininterrupto? Estilo Hollywood? Roubado, decidido, precedido de uma conversa, um carinho, um olhar? As opções eram tantas que me desestimularam a ir adiante. Achei que classificar um beijo como o melhor do mundo não era algo sério e registrei apenas as variantes catalogadas. O destino queria que o assunto fosse adiante e criou a oportunidad

Visitas