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O canto e a dança*

Volto a lhe dizer Preciso do canto Preciso tanto da dança No embalo do corpo No ritmo dos cosmos Nasci de um balanço E quer você queira Ou não O canto e a dança Moram dentro de mim Sempre até o fim... Por vezes eu que vacilo E penso que és tu Que não amas meus versos Preciso imaginar a vida Salvar-me dos meus sonhos Por isso sempre Por todo o tempo Além dos contratempos Quer você queira Ou não A veia da poesia Estará sempre comigo.... Então canta, amiga minha Dança nos doces embalos Das ondas da vida E eu te darei Numa taça de barro O frescor dos meus versos.! *José Mayer Filósofo. Livreiro. Poeta. Filósofo Clínico. Porto Alegre/RS

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*

"(...) o instituinte, aquilo que periodicamente (re)nasce, nunca está em perfeita adequação com o instituído, com as instituições, sejam elas quais forem, que sempre são algo mortíferas" "(...) o irreal do 'tipo real' é particularmente pertinente para compreender todos os fatos 'reais' da vida cotidiana que, sem isso, passariam totalmente despercebidos. É nesse sentido que a forma é uma força de atração. Ela acentua, caricaturiza, carrega no traço e, assim, faz sobressair o invisível, o subterrâneo, quase se poderia dizer o subliminal, que a ciência oficial tem muita dificuldade para distinguir, e ainda mais para integrar às suas análises"  "Estar atento a uma lógica do instante, apegada ao que é vivido aqui e agora. Tal lógica do instante nada mais tem a ver com a vontade racionalista que pensa poder agir sobre as coisas e as pessoas. Ela é muito mais tributária do acaso, de um acaso que ao mesmo tempo é necessário; próxima, nisto,

Deixa-me calar-te com um beijo*

A palavra mais utilizada da língua portuguesa deve ser o "porque". O ser humano precisa de uma explicação lógica para quase tudo, e o “porque” é a ferramenta predileta para esclarecimentos, seja perguntando ou respondendo.   Se a resposta iniciar com um belo “porque”, metade do trabalho já está pronto, nem precisa esclarecer direito.   Existindo um “porque”, por mais absurdo e sem sentido que seja, a coerência parece refeita. O “porque”, por si só,   tem o poder intrínseco de acalmar o interlocutor. Por que o voo está atrasado? Porque o avião precisou fazer uma revisão nas turbinas. A atendente do balcão responde e o passageiro se satisfaz com a explicação, que justifica o atraso, mas não resolve o problema.   Segundo Nietzsche, precisa existir um “porque” e então a gente aguenta qualquer “como”.   O problema é que quase nunca existe um único “porquê” ou um “porquê” definitivo para determinada situação. Geralmente respondemos com o “porque” mais instantâneo   ou

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*

"(...) só somos na medida em que nos descobrimos: o ser coincide com o movimento da descoberta" "O ponto de partida é o fato de que o homem nasce da terra: ele é 'engendrado pela lama'. Entendemos por isso que ele é o produto de uma das inumeráveis combinações possíveis dos elementos naturais" "As palavras, ademais, são 'instrumentos de atos úteis', de modo que nomear o real é cobri-lo, velá-lo com familiaridades, transpô-lo assim à condição daquilo que Hegel chamava 'o demasiadamente conhecido', que passa despercebido. Para rasgar os véus e trocar a quietude opaca do saber pelo espanto do não saber é preciso um 'holocausto das palavras', esse holocausto que a poesia realiza de saída (...)" "Se estou no avesso de um mundo pelo avesso, tudo me parece direito. Portanto, se eu habitasse, eu mesmo fantástico, um mundo fantástico, não poderia de modo algum considerá-lo fantástico" "(...) ningué

Conexões Profundas. Precisamos?*

Ao longo de um dia podem ser dezenas; ao longo de uma vida, dezenas de milhares. Pessoas outras, no mundo, com as quais nos encontrarmos, existem pelo menos sete bilhões. Mas com quantas podemos construir conexões profundas? E por que isso é importante? As relações superficiais são tão necessárias quanto o ar que respiramos. Cabem no happy hour depois do trabalho, no vôlei de praia aos finais de semana, no café ou chopp de vez em quando. A pauta: amenidades... Falamos sobre o desempenho do time do coração, sobre a adequação na escolha de um determinado ator para determinado papel, sobre o meme que foi sensação das mídias sociais naquele dia. Por outro lado, as conexões profundas são vitais, pelo simples motivo de que necessitamos, em alguma medida, elaborar nossas questões. Quanto tempo conseguimos fugir, negar, maquiar nossas dores, frustrações, vulnerabilidades, sem um único “eu te entendo”, mesmo que venha acompanhado de um “você sabe que vacilou, não”? Terapeutas estão

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