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Notas sobre a brevidade das reflexões*


Algo presente em minhas reflexões, sobretudo as relacionadas ao meu trabalho como terapeuta, são as proposições apresentadas como possibilidades. O consultório e a formação em filosofia clínica me levaram a considerar as singularidades. Ou seja, se considero a pessoa por si, não a comparo a ninguém, não faço estatísticas, não crio parâmetros normativos, não faço filtros do que há em comum nas pessoas.  

Considero a complexa individualidade de cada pessoa. Isso me inviabiliza generalizações. As universalizações são possíveis em teses filosóficas, sociológicas, teológicas etc. mas tropeçam quando se deparam com as exceções. E o consultório é o espaço onde as exceções são as regras (o paradoxo também é comum no consultório). 

Quando afirmo algo nessas reflexões, cabe destacar a brevidade das palavras impedindo as nuances, os desdobramentos, os aprofundamentos e uma série de respostas necessárias às objeções. É o risco de se expor em considerações breves. Mas, a possível equivocidade gerada pelas sínteses expostas é o preço pago por divulgar uma área tão profunda, complexa e nova no universo das terapias. 

*Prof. Dr. Miguel Angelo Caruzo 

Filósofo. Escritor. Filósofo Clínico.

Teresópolis/RJ

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