Recebi algumas críticas sobre meu último artigo “Ainda estamos juntos”. Falavam que sempre deixo uma mensagem no ar, um espaço para interpretações, e, neste caso específico, a frase final “quando existe amor, as portas nunca fecham”, seria um recado velado, ou, até mesmo, super direto para alguma pessoa em especial. Aceito todas as críticas com muito respeito, mas preciso esclarecer que quando escrevo, minha intenção nunca é fechar a questão ou as portas. Quero provocar o leitor a pensar, discordar, ir além do texto. A graça de ser escritor é poder conduzir a imaginação do leitor, e, quanto mais longe eu conseguir levá-lo, melhor. Se o texto for um recado, uma teoria, uma história, não faz a menor diferença, o objetivo do escritor é criar, na medida de suas possibilidades, meios de comunicação entre as ilhas de seu arquipélago, construindo pontes, fornecendo embarcações, ensinando a nadar. Aproveitando o assunto “portas”, gostaria de contar a história de duas namoradas do passado
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