A arte expõe, esclarece, ilumina e é por isso que todo poeta pode enxergar nuances, cores e formas até mesmo na mais profunda escuridão, presente em qualquer intimidade de submundos subjetivos que, por alguma razão, tocam-lhe na flor da sua pele escura e tão amiga do sol. E aí é, quando mais comove, fazendo com que uma expressão singular transborde da própria incontinência que torrencia e derruba todas as barreiras por amor.
Ser poeta é,
definitivamente, um repente de poder ver na escuridão de qualquer submundo, onde
a esperança e a graça tenham se ausentado pelo excesso de apego ou de egoísmo,
quase sempre disfarçados por retóricas utilitaristas, capazes de iludir tão
somente aqueles que jamais puderam aprender a lógica básica da vida, a história
do seu povo e do seu lugar, que também é a sua própria história.
Afinal, há poesia em tudo
que pulsa, como a vida, assim como há poetas que cantam, que tocam instrumentos
harmônicos ou melódicos, que pintam e bordam, que desenham e dançam no embalo
da música que persiste. Musa!
*Prof. Dr. Pablo E. Mendes
Filósofo. Filósofo
Clínico. Professor. Musicista. Escritor.
Uberlândia/MG
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