“Dedicatória: Me ame, ame meu guarda-chuva.”
James Joyce
Nota significativa para quem se
sente feliz no seu canto, para quem tem um refúgio para a alma, para suas
incongruentes manias de viver, de poder se sentir bem num canto, mesmo que seja
na parte mínima de um lugar pequeno chamado casa.
Um lugar que se transforma em
espaço infinito, onde se pode sentir a liberdade de estar só. A tarde que
esfria, o sol recolhe o calor externo, sozinho se pode vislumbrar a solidão do
seu lado mais poético, às vezes assusta o instante em que aparece na casa do
seu Ser.
Parecendo filme, livro, uma
viagem que se torna tão real que já não distingue se um dia saiu de seu canto
do pensar sobre algo, ou se realmente existe base para conectar a leitura de um
livro, a audição de uma música com o filme que está na memória e foi assistido
há um tempo, e se tudo isso faz parte da realidade ou é mera participação do
voo do inconsciente que se lança para diante do corpo.
E se tudo isso era só um lugar
para sonhar. E aí se pensa que sonhar pode ser a construção de algo, uma
sociedade entre o Eu e o Outro que resolve fazer projetos para mudar, e olha o
mundo lá fora e vê que ele tem vida, pulsa e também a Solidão é parte dos que
destroem e dos que querem salvar e ser salvos.
*Prof. Dr. Luis Antonio Paim
Gomes
Filósofo. Editor. Escritor. Livre
Pensador.
Porto Alegre/RS
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