“Se todo tempo é eternamente presente Todo tempo é irredimível.” T. S. Elliot O início, a flor da vida, a lua estendida no final da rua, A infância, o clarão do dia que revela a vida dos olhos, Depois vem o nascer, do que vem o choro, Amor puro, a única coisa que preenche a memória nua. O estar dentro no mundo das coisas esquecidas, E tudo brilha, o turbilhão que nasce, a noite que assusta, O dia muda, a noite que esquece o lamento do acordar, A noite que abriga a solidão, estrelas para se beijar, O chão para rastejar durante o dia é o que sobra. Assim se passa à outra fase: esquecimento é mútuo, O corpo avança, o corpo descola o tudo, a infância dá adeus, Depois dorme, renasce no movimento da Terra, A morte não existe, o vitalismo esconde o medo, Solidão, a terapia da compreensão dos adeuses. Um dia acordar ao lado de dentro do corpo, Que aquece, o que se fala, do que se sente, Tudo é um tocar nas paredes do desconhecido, Na dança
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