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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"A ciência normal não se propõe descobrir novidades no terreno dos fatos ou da teoria; quando é bem sucedida, não os encontra"

"(...) podemos facilmente começar a perceber por que a ciência normal - um empreendimento não dirigido para as novidades e que a princípio tende a suprimi-las - pode, não obstante, ser tão eficaz para provocá-las"

"(...) quando se trata de uma teoria científica, ser admiravelmente bem-sucedida não é a mesma coisa que ser totalmente bem-sucedida" 

"O significado das crises consiste exatamente no fato de que indicam que é chegada a ocasião para renovar os instrumentos"

"Suponhamos que as crises são uma pré-condição necessária para a emergência de novas teorias e perguntemos então como os cientistas respondem à sua existência"

"Embora seja improvável que a história registre seus nomes, indubitavelmente alguns homens foram levados a abandonar a ciência devido à sua inabilidade para tolerar crises. Tal como os artistas, os cientistas criadores precisam, em determinadas ocasiões, ser capazes de viver em um mundo desordenado"

"A transição de um paradigma em crise para um novo, do qual pode surgir uma nova tradição de ciência normal, está longe de ser um processo cumulativo obtido por meio de uma articulação do velho paradigma"

"Creio que é sobretudo nos períodos de crise reconhecidas que os cientistas se voltam para a análise filosófica como um meio para resolver as charadas de sua área de estudos"

"Ao concentrar a atenção científica sobre uma área problemática bem delimitada e ao preparar a mente científica para o reconhecimento das anomalias experimentais pelo que realmente são, as crises fazem frequentemente proliferar novas descobertas"

*Thomas S. Kuhn in "A estrutura das revoluções científicas". Ed. Perspectiva. SP. 2013. 

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