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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"(...) uma influência anonima, assim como o sangue dos antepassados se movimenta em nós constantemente, misturando-se ao nosso e formando com ele a coisa única e irrepetível que somos em cada curva de nossa vida"

"Não sabia estar em transição ? desejava algo melhor que transformar-se ? Se algum ato seu for doentio, lembre-se de que a doença é o meio de que o organismo se serve para se libertar de um corpo estranho"

"(...) Há de se reconhecer, aos poucos, que aquilo a que chamamos destino sai de dentro dos homens em vez de entrar neles"

"Numa ideia criadora revivem mil noites de amor esquecidas que a enchem de altivez e altitude"

"Ser artista não significa calcular e contar, mas sim amadurecer como a árvore que não apressa a sua seiva e enfrenta tranquila as tempestades da primavera, sem medo de que depois dela não venha nenhum verão"

"Uma obra de arte é boa quando nasceu por necessidade"

"(...) entrar em si e examinar as profundidades de onde jorra a sua vida; na fonte desta é que encontrará a resposta à questão de saber se deve criar (...)"

"As coisas estão longe de ser todas tão tangíveis e dizíveis quanto se nos pretenderia fazer crer; a maior parte dos acontecimentos é inexprimível e ocorre num espaço em que nenhuma palavra nunca pisou. Menos suscetíveis de expressão do que qualquer outra coisa são as obras de arte - seres misteriosos cuja vida perdura, ao lado da nossa, efêmera"

*Rainer Maria Rilke in "Cartas a um jovem poeta". Ed. Globo. Porto Alegre. 1976

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