Um pensamento mágico do homem de nosso tempo: a crença de que quando deixa de chamar certas coisas de "deuses", deixa de crer em deuses. O homem do século XXI crê em deuses de modo tão intenso que nem percebe que crê: entende o objeto de sua crença como a própria realidade. Afirma professar um “ateísmo”, fruto de um “realismo”. Porém, não compreende que nem é ateu, nem realista: é um crente no sentido mais radical da palavra, e toma como “real” o que é uma construção social. De fato, o ateísmo não propõe um embate contra a crença nos deuses, mas contra uma palavra. Suprima-se a palavra “deus” – e o ateu adere prontamente a qualquer credo. Renomeia-se o deus, mudam-se os rituais de culto, e o pensamento inteiro fantasia haver superado o mito em benefício da razão. * * * O homem contemporâneo acredita substituir o pensamento mítico pelo pensamento racional. Ele não percebe que, em primeiro lugar, simplesmente renomeia antigos mitos; em segundo lugar, cria um novo panteã
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