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Poesias e Flores*

Você me permite, amigo Ando um pouco vazio E triste também Vou pegar carona Na sua poesia Empreste-me uma frase Do seu lindo poema. Não me culpe de sequestro Não se roubam poesias Poesias não são de ninguém São de todos, ainda assim de poucos Permita-me, por favor Fazer uma nova mudinha De sua poesia Ceda-me um versinho Aquele mais lindo Do seu poema. Assim como uma flor Empresta-me um brotinho Farei uma nova mudinha Seremos então duas flores Emprestaremos mais raminhos para criar outras mudinhas Em pouco tempo Seremos quatro, seremos oito... E faremos um lindo jardim. Juro Como seremos mais felizes Eu e você.... *José Mayer Filósofo, Livreiro, Poeta, Estudante na Casa da Filosofia Clínica Porto Alegre/RS

Irmandade*

Sou homem: duro pouco E é enorme a noite. Mas olho para cima: As estrelas escrevem. Sem entender, compreendo: Também fui escrito E neste mesmo instante Alguém me soletra. *Octavio Paz

Eu no meu outro*

No princípio era eu Eu estava comigo E eu era eu. Hoje me pergunto se eu sou eu, Se eu já não sou outro Ou outros. Eu era eu e hoje sou outro. Mas no princípio eu era outro Enquanto fui eu. Hoje, sendo outro, continuo sendo eu: Sou eu em mim, Sou eu no outro E sou eu no outro de mim. *Vinicius Fontes Filósofo Clínico Rio de Janeiro/RJ

Colhe o Dia, porque És Ele*

Uns, com os olhos postos no passado, Vêem o que não vêem: outros, fitos Os mesmos olhos no futuro, vêem O que não pode ver-se. Por que tão longe ir pôr o que está perto — A segurança nossa? Este é o dia, Esta é a hora, este o momento, isto É quem somos, e é tudo. Perene flui a interminável hora Que nos confessa nulos. No mesmo hausto Em que vivemos, morreremos. Colhe O dia, porque és ele. *Fernando Pessoas

Singularidade*

posso ser eu sem fronteira pelo avesso romper multidões escolher livre desbravar floresta mergulhar no sem fim posso eu sem pudor seguir meu caminho desfazer nós eu vou *Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Escritora, Poeta, Filósofa Clínica Juiz de Fora/MG

Os Poemas*

Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam voo como de um alçapão. Eles não têm pouso nem porto alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti… *Mário Quintana

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