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Fenomenologia do rosto e suas sintonias*

 

Há rostos inesquecíveis, inapagáveis, sobretudo, quando escolhemos um ponto de partida inspirado numa perspectiva levinasiana. E para um poeta - esse aprendiz em especial - no rosto de qualquer ente pode habitar a apresentação de si próprio por excelência ou por denúncia que sempre transborda na direção do outro.

Sim, no rosto e não nas máscaras apresenta-se a essência de qualquer entidade, de qualquer manifestação. E aos rostos inesquecíveis, toda a minha gratidão assim como estende-se também aos rostos esquecidos, uma vez que duraram tão somente o prazo devido e necessário. Superar apegos e aceitar partidas em paz é uma grandeza fundamental que só depende da nossa própria responsabilidade e capacidade para desenvolver empatia.

E quando tudo que passou, passou convertendo-se em gratidão as cumplicidades necessárias já foram consagradas nas transgressões e transcendências elaboradas e concluídas de forma sublime e irreversível. E se já estamos bem diante da consciência de que tudo que temos é jornada, então confirmou-se que já estamos num outro mundo possível, de novos patamares e experiências.

Pois, já temos o tamanho do amor que justifica e confirma que não precisamos mais voltar; precisamos apenas seguir em frente na certeza de que tudo, absolutamente, seguirá bem. Afinal, perceber os rostos de agora, do passado e do futuro como mera expressão dos sentidos e dos significados implica exatamente em aprender cada vez mais a sentir muito na medida em que fazemos novas descobertas. Musa!

*Prof. Dr. Pablo Eugenio Mendes

Filósofo. Mestre e Doutor em Filosofia. Escritor. Musicista. Filósofo Clínico. Em 2019, por indicação do conselho e direção da Casa da Filosofia Clínica, recebeu o título de “Doutor Honoris Causa”.

Uberlândia/MG

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