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Fragmentos Filosóficos, Delirantes*


"(...) a certeza de que as coisas têm outro sentido além daquele que estamos em condições de reconhecer"

"O outro é titular desconhecido dessa zona não minha (...)"

"Aparentemente, essa maneira de introduzir o outro como incógnita é a única que considera sua alteridade e a explica"

"(...) não há propriamente intermundo, cada um habita apenas o seu, vê unicamente segundo seu ponto de vista e entra no ser apenas por meio da sua situação; mas porque não é nada e sua relação com sua situação e seu corpo é uma relação de ser, sua situação, seu corpo, seus pensamentos não interpõem uma tela entre ele e o mundo; são, ao contrário, o veículo de uma relação com o ser, na qual terceiros podem intervir"

"(...) este mundo que não sou eu, e ao qual me apego tão intensamente como a mim mesmo, não passa, em certo sentido, do prolongamento de meu corpo; tenho razões para dizer que eu sou o mundo"

"(...) compreender é traduzir em significações disponíveis um sentido inicialmente cativo na coisa e no mundo"

"(...) O segredo do mundo que procuramos é preciso, necessariamente, que esteja contido em meu contato com ele"

"A Filosofia não é ciência, porque a ciência acredita poder sobrevoar seu objeto, tendo por adquirida a correlação do saber e do ser, ao passo que a Filosofia é o conjunto das questões onde aquele que questiona é, ele próprio, posto em causa pela questão"

*Merleau-Ponty in "O visível e o invisível". Ed. Perspectiva. SP. 1999. 

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