Pular para o conteúdo principal

Postagens

O Fim das Certezas Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Teresópolis – RJ Heráclito com o devir, Platão com sua dialética, Aristóteles com potência e ato, Kant com os limites da razão, Kierkegaard com a angústia, Husserl com as críticas às certezas das ciências contemporâneas, e tantos outros pensadores, dos quais esses são apenas de caráter ilustrativo, mostram o limite e as incertezas diante da busca de dar um caráter absoluto ao saber humano. Filosofia é busca pelo saber. O que há de mais comum no universo filosófico é o reconhecimento de que não se está dando a certeza absoluta para suas buscas. Não há frustração por isso. Aqui a humanidade mostra uma de suas realidades mais originais, o reconhecimento da limitação. Albert Camus postula que diante do mundo, o homem vive o sentimento de absurdo quando reconhece que sua razão não pode abarcá-lo. Heidegger apresenta a angústia diante da limitação humana com a morte, como passo necessário para existir autenticamente. Sartre
Convite: Encontros Fenomenológicos (Entrada Franca) “Sempre é tempo de refletir e qualificar nosso existir, sentir e pensar. Bom fazer e encontrar amigos. Quer compartilhar conosco? Vai ser um prazer recebê-lo para uma tarde gostosa de poesia, música, filosofia, psicologia e arte. Confira os temas e as datas e se inscreva com antecedência”. Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Sociedade Brasileira de Harmonização da Bioenergia & Café Filosófico "Pensando Bem" UFJF 23 de outubro 2010: “Contribuições da fenomenologia sobre a compreensão do corpo: ao redor e com os corpos” Com Prof. Dr. Wesley Dourado – Filósofo, Coordenador do departamento de filosofia da UMESP, Faculdade Metodista de São Paulo. 20 de novembro 2010: “A Fenomenologia e o Sentido da Vida” Com Prof.Dr. José Maurício de Carvalho - Psicólogo e Filósofo Coordenador do departamento de filosofia da Universidade Federal de São João Del Rei 6 de dez
Filosofia Clínica e Cinema Márcio José de Andrade Filósofo Clínico Campinas/SP “O que caracteriza o cinema não é apenas o modo pelo qual o homem se apresenta ao aparelho, é também a maneira pela qual, graças a esse aparelho, ele representa para si o mundo que o rodeia”. Walter Benjamim O USO DO CINEMA COMO RECURSO DIDÁTICO AO ENSINO DA FILOSOFIA CLÍNICA Ao nos propormos ensinar Filosofia Clínica como terapêutica deparamo-nos com uma dificuldade que é: - Como “mostrar” a FC entre a teoria e a prática durante o processo de aprendizagem? Como transpor fatores fenomenológicos para epistemológicos? A questão a ser desenvolvida é a visualização das etapas a percorrer dentro de um delinear histórico. Os caminhos que foram percorridos pelo indivíduo até o alcance de um determinado submodo, como chegou a um tópico e qual o percurso que o descreveu. A CAVERNA DE PLATÃO Se pensarmos o cinema em uma de suas características como sendo reprodutora chegaremos a um modelo suposto
Do imbecil diário Idalina Krause Filósofa Clínica Porto Alegre/RS Em volta da mesa para uma reunião formal, basta ceder mais espaço-tempo para que caia o véu do encobrimento. O ar pesa, poeira ganha densidade entre papéis farelados de torpes manuseios. A "santa" surge, "reta", "pura", kantiana em seus universais legais. Forma tentacular que com dedos ágeis puxam brasas para seu assado. Retórica mínima, ultrapassada pelo imbecil diário de uma vidinha sem graça. Dejetos pululam entre "pensares" categóricos que buscam um fim proveitoso. Uma pequena arquitetura pobre de um jogo de damas: "preciso comer tuas pedras!!". "Se possível fico com o tabuleiro"... Papiza de venerações próprias e um mínimo clero, dada a pequenos desatinos quando não pode conter sua maldade. Espuma pelos cantos da boca, bílis fabricada em um corpo deformado pela falta de paixão. Dores dilaceram este espírito que se trai na vagância dos dias. Mai
Coisas que significam outras coisas Beto Colombo Filósofo Clínico Criciúma/SC Na colina tinha uma bica d’água onde agricultores serviam-se dela e saciavam a sede. Então, uma gruta de pedra foi erguida e dentro dela uma imagem da Santa colocada, agora aquela água virou água benta e milagrosa. Será que verdadeiramente ela é milagrosa? Tomo um copo d’água, a água mata a minha sede. Não me pergunto se a água é verdadeira, ela apenas é cristalina, fria... O fogo é o fogo e ele significa apenas fogo, significa a si mesmo. Ele aquece, ele ilumina, ele queima. Perguntar se ele é verdadeiro não faz sentido. Assim como a flor é uma flor, o máximo que posso perguntar é se ela é perfumada, se ela é bela... Aquela água da torneira clorificada torna-se benta se colocada num cântaro no altar da gruta, assim como a flor pode ser uma confissão de amor ou até uma afirmação de saudade, se jogada sobre uma sepultura. O fogo torna-se símbolo sagrado nas velas dos altares e nas piras olímpicas.

Visitas