Fragmentos filosóficos delirantes VI* "Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida. Viver é uma espécie de loucura que a morte faz." "Sou um escritor que tem medo da cilada das palavras: as palavras que digo escondem outras - quais ? talvez as diga. Escrever é uma pedra lançada no poço fundo." "Eu, alquimista de mim mesmo. Sou um homem que se devora ? Não, é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. mas equilibro-me como posso entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e Deus." "Nunca vi uma coisa mais solitária do que ter uma idéia original e nova. Não se é apoiado por ninguém e mal se acredita em si mesmo. Quanto mais nova a sensação-idéia, mais perto se parece estar da solidão da loucura." "No dia seguinte não reconheço o que escrevi. Só reconheço a própr
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