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APESAR DO VEXAME, AINDA TE AMO Ildo Meyer Médico e Filósofo Clínico Porto Alegre-RS Sei que a maioria dos meus leitores são mulheres. Sei também que mulheres não são tão fanáticas por futebol quanto homens. Apesar disto, vou falar de futebol, porque minha intenção é ajudá-las a confortar seus amados. Quando chegar aquele dia em que seu amor estiver desconsolado porque seu time deu o maior vexame, mostre este artigo para ele. Quem sabe ajuda? Dizem que futebol é uma paixão nacional. Tenho minhas dúvidas. Pode ser uma paixão para muitos, mas certamente não é unanimidade. Alguns homens têm paixão pelo traseiro feminino, outros pelo assento de seus carros... Além disso, se levarmos a sério, a definição de paixão não tem nada a ver com futebol. Paixão, do latim “patior”, significa sofrer ou suportar uma situação dificil. Até aqui ainda está razoável, afinal de contas tem tanto “timinho” ruim fazendo maldade com seus torcedores. A continuação é quem esclarece: O acometido de pai
Fragmentos filosóficos delirantes XLIX* "Só, incessante, um som de flauta chora, viúva, grácil, na escuridão tranqüila, — Perdida voz que de entre as mais se exila, — Festões de som dissimulando a hora Na orgia, ao longe, que em clarões scintila E os lábios, branca, do carmim desflora... Só, incessante, um som de flauta chora, Viúva, grácil, na escuridão tranqüila. E a orchestra? E os beijos? Tudo a noite, fora, Cauta, detém. Só modulada trila A flauta flébil... quem há-de remil-a? Quem sabe a dor que sem razão deplora? Só, incessante, um som de flauta chora..." "Quando a vejo, de tarde, na alameda, Arrastando com ar de antiga fada, Pela rama da murta despontada, A saia transparente de alva seda, E medito no gozo que promete A sua boca fresca, pequenina, E o seio mergulhado em renda fina, Sob a curva ligeira do corpete; Pela mente me passa em nuvem densa Um tropel infinito de desejos: Quero, às vezes, sorvê-la, em grandes beijos, Da
Fragmentos filosóficos delirantes XLVIII* "Ó Pai Não deixes que façam de mim O que da pedra tu fizestes E que a fria luz da razão Não cale o azul da aura que me vestes Dá-me leveza nas mãos Faze de mim um nobre domador Laçando acordes e versos Dispersos no tempo Pro templo do amor Que se eu tiver que ficar nu Hei de envolver-me em pura poesia E dela farei minha casa, minha asa Loucura de cada dia Dá-me o silêncio da noite Pra ouvir o sapo namorar a lua Dá-me direito ao açoite Ao ócio, ao cio À vadiagem pela rua Deixa-me perder a hora Pra ter tempo de encontrar a rima Ver o mundo de dentro pra fora E a beleza que aflora de baixo pra cima Ó meu Pai, dá-me o direito De dizer coisas sem sentido De não ter que ser perfeito Pretérito, sujeito, artigo definido De me apaixonar todo dia De ser mais jovem que meu filho E ir aprendendo com ele A magia de nunca perder o brilho Virar os dados do destino De me contradizer, de não ter meta Me reinventar, ser m
Navegação Idalina Krause Filósofa Clínica Porto Alegre-RS Nau conduzida em sonhos Mares, marés, maresias Sal nos lábios Palpitações verde beira calcária casca ovo do mar Circe espreita círculo mitológico Sexta-feira corre olhar antropofágico recomeço ou danação
Algumas considerações sobre as terapias Lúcio Packter Pensador da Filosofia Clínica A revista SUPERINTERESSANTE, edição 254, trouxe como matéria de capa: Terapia Funciona? Dei um longo depoimento, depois troquei alguns e-mails com a jornalista responsável pela matéria, onde aparece uma citação minha e algumas linhas esperançosas sobre o meu trabalho. Segundo a jornalista Denize Guedes, que assina a matéria, as neuroimagens de pesquisas, como a realizada na Universidade de Leeds, Inglaterra, apontam para um parecer: talvez “a psicoterapia não funcione pelo motivo que os terapeutas apontam”. O que faria com que a psicoterapia funcionasse na opinião de muitos especialistas é o efeito placebo, a convicção da pessoa de estar sendo auxiliada, da sugestão, da vontade da pessoa em sair do conflito. Existe algum endereçamento na Filosofia Clínica sobre isso? Primeiro, algumas vezes a psicoterapia funciona pelos motivos nomeados pelos terapeutas. Exemplo: às vezes impulsos reprimi
Filosofia Clínica e valores: uma reflexão a respeito do que nos importa na vida Bruno Packter Filósofo Clínico Florianópolis-SC Desde a Antiguidade a palavra valor foi usada para indicar a utilidade ou o preço dos bens materiais e a dignidade ou o mérito das pessoas. Para o filósofo inglês Thomas Hobbes, por exemplo, “… o valor ou a importância de um homem é, como para qualquer outro objeto, seu preço, isto é, o que se daria para dispor de seu poder.” (Leviatã) As concepções de valores, que provavelmente encontraremos na nossa vida diária, tratam do ter poder, ter propriedades, ter beleza, ser jovem, ter um papel existencial sublime e outras mais. Mas, na clínica filosófica, axiologia tem outra concepção. Na Filosofia Clínica, denominamos o que é axiologia para a pessoa, a partir de algum dado que ela relacione a um valor, como: o trabalho, a vida, por exemplo. A axiologia em filosofia clínica se refere ao valor subjetivo que os objetos ou as coisas têm para a pessoa.
DEZ COISAS A SEREM APRENDIDAS COM O JAPÃO Rosangela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora-MG Apesar das tragédias que vieram passando, o Japão é exemplo que deve ser seguido. 1 – A CALMA Nenhuma imagem de gente se lamentando, gritando e reclamando que “havia perdido tudo”. A tristeza por si só já bastava. 2 – A DIGNIDADE Filas disciplinadas para água e comida. Nenhuma palavra dura e nenhum gesto de desagravo. 3 – A HABILIDADE Arquitetos fantásticos, por exemplo. Os prédios balançaram, mas não caíram. 4 – A SOLIDARIEDADE As pessoas compravam somente o que realmente necessitavam no momento. Assim todos poderiam comprar alguma coisa. 5 – A ORDEM Nenhum saque a lojas. Sem buzinaço e tráfego pesado nas estradas. Apenas compreensão. 6 – O SACRIFÍCIO Cinquenta trabalhadores ficaram para bombear água do mar para os reatores da usina de Fukushima. Como poderão ser recompensados? 7 – A TERNURA Os restaurantes cortaram pela metade seus preços. Caixas e

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