Pular para o conteúdo principal

Postagens

Rotina Beto Colombo Filósofo Clínico e Empresário Coordenador da Filosofia Clínica na UNESC Criciúma/SC Há pouco tempo, em nossa região, estávamos em um calor escaldante. Em Criciúma, a temperatura chegou a 40°C, realmente quente. Quem pode, de um jeito ou de outro, buscou se refrescar em nossas praias e lagoas, abundantes por aqui. Que bênção! Debaixo daquele sol todo, mesmo que por um instante, pensamos que em breve chegará o outono, depois o inverno e em seguida a primavera. Ainda que no tempo Kairós, da antiga Grécia, chegou o outono com suas cores, seus frutos e sua temperatura amena, agradabilíssima. Mesmo aqui, ainda que por um instante, pensamos no inverno, na primavera e no verão. Implacavelmente o inverno surge fazendo-nos sentir na pele seu frio. A gente se recolhe, se aproxima uns dos outros, as árvores param de crescer. Comidas quentes, roupas pesadas. Pode ser até na passant, encontramos uma fenda no tempo para pensar que em breve estaremos na primavera, no q
Fragmentos filosóficos delirantes LVI* "Na sua famosa obra 'As metamorfoses', Ovídio narra histórias onde homens, mulheres, deuses, animais, plantas, minerais, rios, lagos, estrelas, etc., mudam de sexo, gênero, natureza, espécie, forma, contudo sempre guardando algum sinal do estado anterior." "Entre um self fixo e imutável, por detrás das aparências, e uma plasticidade total, procuro captar o jogo da permanência e da mudança." "Uma das principais características das sociedades complexas - a coexistência de diferentes estilos de vida e visões de mundo." "Todas as noções de normalidade e desvio tem um caráter eminentemente instável e dinâmico." "O trânsito entre os diferentes mundos, planos e províncias é possível, justamente, graças à natureza simbólica da construção social da realidade." "(...)Quando se fala em ajustamento, sabemos quen é altamente problemático pensarmos tendo apenas um sistema como referência
Fragmentos filosóficos delirantes LV* "O mundo tem razão, sisudo pensa, E a turba tem um cérebro sublime! De que vale um poeta - um pobre louco Que leva os dias a sonhar - insano Amante de utopias e virtudes E, num tempo sem Deus, ainda crente ?" "A poesia é de certo uma loucura, Sêneca o disse, um homem de renome. É um defeito do cérebro...Que doudos! É um grande favor, é muita esmola Dizer-lhes bravo! à inspiração divina, E, quando tremem de miséria e fome, dar-lhes um leito no hospital dos loucos Quando é gelada a fronte sonhadora, Por que há de o vivo que despreza rimas Cansar os braços arrastando um morto, Ou pagar os salários do coveiro?" "Meu leito juvenil, da minha vida És a página d'oiro. Em teu asilo Eu sonho-me poeta, e sou ditoso, E a mente errante devaneia em mundos Que esmalta a fantasia! Oh! quantas vezes Do levante no sol entre odaliscas Momentos não passei que valem vidas! Quanta música ouvi que me encantava! Q
Algumas considerações sobre Espacialidade na Clínica Filosófica. Bruno Packter Filósofo Clínico Florianópolis-SC A Espacialidade refere-se à localização existencial da pessoa. Na Filosofia Clínica, nem sempre através do corpo encontraremos a pessoa. Não é documento de local, de onde a pessoa está. A localização existencial da pessoa muitas vezes é um ponto móvel, se desenha em movimento. Recíproca de Inversão na Filosofia Clínica é ir ao mundo existencial da outra pessoa. Ao mover para o mundo da outra pessoa levamos parte do nosso mundo conosco. Recíproca de Inversão diz respeito a muitos fenômenos ligados ao ir. Mas não está relacionado diretamente a um ato de bondade, de condescendência. A expressão “O mundo da outra pessoa é sempre o nosso próprio mundo, pois somente saberemos dele por nós mesmos” acarreta riscos se não for apreciada com profundidade. Ao ir ao mundo da outra pessoa, é razoável que tenhamos parte daquele mundo considerado por nós. Mas não há como reduzir
Pausa e Só Pausa Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filósofa Clínica Juiz de Fora-MG As pausas promovem a beleza da música e de nossa vida. Saber parar e nada fazer traz a serenidade tão desejada. Vida sábia de quem se rende ao fluir das acontecências. Celebrar com quietude os ventos e azuis. Sem competir, no apenas compartilhar, sentir. Nosso coração em compaixão meditar e doar. A grama cresce....a natureza floresce. Sem nada esperar, a apenas observar. O prazer é sentido nas mínimas coisas. Desapegar. Entregar-se ao amor e ao amar. Esvaziar. Como bambu oco, ser flauta, Por onde a música do cosmos toca. As pausas amansam e aquietam o coração. Para que tanto correr? Para chegar aonde tanta ansiedade? Que haja tempo livre para estar comigo e consigo. Que haja tempo sereno para simplesmente feliz ser. Que venham as angústias existenciais, Que fazem parte desta jornada aprendiz. Sem medo, com confiança a pausa traz a paz, Mesmo que na guerra, mesmo diante

Visitas