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Fragmentos filosóficos delirantes LXX* "No início era uma lenda estes olhos de criança meiga: O que restava era um espaço ilhado por tanta dor." "Amar o que não sei, só tem uma forma: Mirar-me num espelho e ver-me em você." "A fala tinge de branco o que a incerteza nos impõe: o silêncio." "A solidão me madurou de borboleta... Estou apto. Já posso discursar com minhas paredes." "Falar de mim talvez necessite Um reinaugurar de novas palavras. Criar descontos.. andarilhos de silêncios. Ignorar as sintaxes cheirosas de brejos... Borrificar as sílabas ardente de ermos... (simplesmente influir nos desertos de minhas letras)." "As lágrimas de minhas dores viraram mares de poesias." "Inventei uma casa sem telhados, numa rua sem nome: queria com isto perder-me devagarinho como uma noite cega..." "Não pude dispersar os meus deslimites que caíam e refaziam os caminhos de volta à mim: E agora...
A arte de reescrever a vida Pe. Flávio Sobreiro Filosofo Clínico, Poeta. Cambuí/MG Livros muito usados têm capas desgastadas, folhas que se soltam devido ao manuseio por muitas pessoas. Quanto mais o tempo passa mais amarelas as folhas ficam. Envelhecimento causado pelo tempo. Cada livro é sempre uma surpresa. Mas nem toda surpresa é agradável. Mas o respeito por todas as surpresas sempre é necessário. Com o tempo os livros vão ficando velhos e desgastados. Outros permanecem intactos, pois nunca foram abertos. Ninguém teve a curiosidade de conhecê-los. Mas isso não os impede de ficarem velhos. A única diferença é que nunca tiveram seu conteúdo conhecido. Foram impressos, mas nunca foram lidos. Muitos julgam o livro pela capa. Mas nem sempre a capa revela o conteúdo de um livro. Há livros com capas feias e pouco atraentes, mas cujos conteúdos são de uma riqueza imensa. Outros livros têm belíssimas capas, mas o conteúdo é fútil e pouco aproveitável. O ser humano é um grande
Fonte interna da Eterna Juventude Rosângela Rossi Psicoterapeuta e Filosofa Clínica Juiz de Fora/MG O convite é para que todos sejam sempre jovens, puer e puella. A negação do envelhecer prevalece, infelizmente. As rugas, que contam nossa história, são disfarçadas com botox e plásticas. Um rejuvenecimento imbecil, pois não esconde a essência da luta. A busca de uma imagem perfeita tenta esconder as dores da vida e a incompreensão da finitude. O assunto das tvs são bem estar, saúde, dietas... Busca da vida eterna. Uma loucura. Por um lado aumenta-se a quantidade de anos e por outro não querem que amadureçamos. Devemos permancer sempre jovens. Precisamos continuar sempre no "ponto perfeito"para sermos aceitos, o que não é possível, pois como seres humanos temos o privilégio da imperfeição. A maioria torna-se hipocrondríaca. Nada se pode comer. Tudo faz mal. Proibição é a lei dos inconscientes. E a frustração, quando tudo que foi feito não adianta, leva a
Fragmentos filosóficos delirantes LXIX* "Não é a crítica que quero me referir, porque ninguém pode esperar ser compreendido antes que os outros aprendam a língua em que fala." "Há entre mim e o mundo uma névoa que impede que eu veja as coisas como verdadeiramente são - como são para os outros." "O heleno sentindo que a vida é imperfeita, busca aperfeiçoá-la em si próprio, vivendo-a com uma compreensão intensa, vivendo de dentro, com o espírito, a essência do transitório e do imperfeito." "A arte que vive primordialmente do sentido direto da palavra chamar-se-a propriamente prosa, sem mais nada; a que vive primordialmente dos sentidos indiretos da palavra - do que a palavra contém, não do que simplesmente diz - chamar-se-á convenientemente literatura." "O poeta superior diz o que efetivamente sente. O poeta médio diz o que decide sentir. O poeta inferior diz o que julga que deve sentir." "Toda arte é uma forma de litera
SENTIMENTOS DENSOS Will Goya Filósofo Clínico. Poeta. Goiânia/GO Sento de costas para a parede, olhando a entrada, Mas tudo que vejo é uma saída. Vejo os móveis da sala, e algum detalhe descolorido no chão... Como quem deseja se desapegar do corpo, pra pensar melhor, Deixo aos ombros cair todo o silêncio do mundo, acumulado, nos cantos, Sozinho em casa. Cobiça de um desejo frio de voar à morte, para ser mais leve. Sensação que o abismo exige de quem ama o desconhecido, e se entrega Ao desejo de não mais ter vontades. Por que é tão difícil não querer olhar para dentro de uma porta aberta? Janelas fechadas existem sem intenções, como pedaços contínuos de parede, Mas uma fresta é sempre uma possibilidade do lado de fora, Desabrigando sentimentos, como um eixo de gravidade, pesando À memória tudo o que não se deve lembrar. Que ninguém ouse olhar muito tempo o vazio das coisas, Esse ímã de insuficiência preso a tudo o que nos incomoda. Com sentimentos densos, so
Penúltimas notícias: Parceria HEPA e Instituto Packter O Hospital Espírita de Porto Alegre em parceria com o Instituto Packter promove Curso de Extensão em Filosofia Clínica para funcionários do hospital. O curso que terá duração de dois meses, será ministrado pelo filósofo clínico Hélio Strassburger. Serão oferecidas três turmas e os encontros acontecerão às sextas-feiras a tarde na Sala de Eventos, no 2º andar da Instituição. A Filosofia Clínica é uma nova abordagem terapêutica com base na filosofia. Trata-se de uma parte da filosofia acadêmica direcionada ao consultório, à clínica. É uma atividade utilizada em hospitais, escolas, instituições por todo o país. A partir dos trabalhos do filósofo gaúcho Lúcio Packter, desde o final dos anos 80, este novo paradigma se difundiu no país e no exterior. Para outras informações a respeito acesse o site e o blog da filosofia clínica: www.filosofiaclinica.com.br e casadafilosofiaclinica.blogspot.com *Informação compartilhada pelo s
Singularidade* “A prosa e o verso das expressões de face maldita podem antecipar ao inédito olhar de si mesmo inexplicáveis belezas, contidas na originalidade de ser único” Hélio Strassburger De tudo o que intuímos, sentimos ou pensamos, infinitos saberes, racionalidade e emoções participam, como visitas e revisitas, na elaboração das malhas intelectivas e sensitivas da existência. Mas há um pontinho essencial, primordial, fundamental, que através de trilhas improváveis, nos direciona, assim como uma estrela nos guia na mata escura do destino imprevisível, nos orientando na imensidão existencial. Este pontinho é a nossa singularidade! A mais desafiante e desestruturante capacidade de sermos únicos no universo... o mesmo universo infinito por onde transitamos, de carona neste pequeno mundo líquido e azulado, onde atmosferas são cúmplices da nossa ínfima transitoriedade. Não escapamos ao que nos determinamos ou ao que somos determinados a viver. E talvez não exista nenhuma

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