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Fragmentos filosóficos delirantes LXXVII* "Há uma espécie de loucura da visão que faz com que, ao mesmo tempo, eu caminhe por ela em direção ao próprio mundo e, entretanto, com toda a evidência, as partes desse mundo não coexistam sem mim." "O outro é o titular desconhecido dessa zona não minha." "Um mistério familiar e inexplicado, de uma luz que, aclarando o resto, conserva sua origem na obscuridade." "A certeza de que as coisas tem outro sentido além daquele que estamos em condições de reconhecer." "Nossa vida possui, no sentido astronômico da palavra, uma atmosfera." "Aparentemente, essa maneira de introduzir o outro como incógnita é a única que considera sua alteridade e a explica." "Esse mundo que não sou eu, e ao qual me apego tão intensamente como a mim mesmo, não passa, em certo sentido, do prolongamento de meu corpo; tenho razões para dizer que eu sou o mundo." "O espetáculo tinha sent
Fragmentos filosóficos delirantes LXXVI* "Pois afinal de contas tudo está fora, tudo até nós mesmos: fora, no mundo, entre os outros. Não é em sabe-se lá qual retraimento que nos descobriremos: é na estrada, na cidade, no meio da multidão, coisas entre as coisas, homem entre os homens." "Para compreender as palavras, para dar um sentido aos parágrafos, é preciso primeiro que eu adote seu ponto de vista, que eu seja o coro complacente. Essa consciência só existe por meu intermédio; sem mim haveria apenas borrões negros sobre folhas brancas." "A medicina chama esses sonhadores acordados de esquizofrênicos, cuja particularidade, como se sabe, é a de não poder adaptar-se ao real." "O ponto de partida é o fato de que o homem nasce da terra: ele é 'engendrado pela lama'. (...) ele é o produto de uma das inumeráveis combinações possíveis dos elementos naturais." "Para rasgar os véus e trocar a quietude opaca do saber pelo espanto
A essência das brisas* Hoje amanheceu sol outra vez, A tarde ficou escuro e choveu, De noite o céu já oferecia estrelas, Amanhã ainda não sei, Pode chover_sol, depois anoitecer, Talvez uma inédita desordem, Instantes num tempo qualquer, Parece sempre existir algo mais, Depois que tudo acontece, As aparências vigiam paradoxos, Para sustentar ilusões, Entre nada e tudo, O presente está num e outro: Nada pode ser tudo, tudo pode ser nada, A brisa é suspeita por ser livre, Pra se saber quanto tempo resta, É só sentir se o coração ainda dispara, Entusiasma a si mesmo e indaga: Para saber se ainda lhe fica bem a vida, *Anônimo,
PONTO DE VISTA* Will Goya Filósofo Clínico, Poeta Goiânia/GO Conseguir no querer prédio intensamente, sem sentido. Quase palavras, nada mudo. Não deixa dizer! Imensidão mais forte alto. Va-ga-ro-sa-men-te. Para! ... Pera pira pora, puríssima. Do que mesmo você não se lembra? Sobre o que você não quer falar? Pensa que sou cozinheira já pensando o tempero... A bebida e o marido? Eu não sei. É... Talvez, hã? É... Hã? Eu não sei. Por que tudo eu, logo eu, sempre eu? Limão, navio... E adoro geleia! O carro é azul. – Silêncio, vou limpar o ouvido! O cotonete? Época de vestibular... Não imaginam que talvez eu seja feliz, desse jeito Em algum lugar entre lá e aqui. E me chamam de louco! Acha que isso não exige coragem? Nessa vida, quem não rala não faz pamonha. Eu me pergunto: De quem deve ser a compreensão, a compreensão? Há compreensão? *Apaixonado por Filosofia e Psicologia, perguntei-me sobre o que faz de alguém “louco” ou “normal”. A resposta é um po
Farol da Vida Pe. Flávio Sobreiro Filósofo Clínico,Poeta Cambuí/MG Na antiguidade, quando os faróis ainda não existiam, acendia-se uma grande fogueira no alto de uma torre para que os barcos que se encontravam em alto mar pudessem se orientar. Ver a luz da fogueira à distância era sinal de que a tripulação do barco não se encontrava mais perdida em alto mar. Com a luz da fogueira o barco poderia chegar com segurança em terra firme. Com o surgimento dos faróis, o trabalho ficou mais fácil, porém a utilidade dos mesmos até hoje continua sendo a mesma da antiguidade: orientar o barco de maneira segura. O farol tem sua utilidade principal quando é noite. Mesmo a grandes distâncias no escuro da noite ou no meio de uma tempestade o farol cumpre a sua função: indicar por meio da luz o caminho certo a seguir. Na escuridão o farol é guia seguro para quem se perdeu em alto mar, e sozinho não é capaz de regressar à terra firme. Muitas vezes nos encontramos como um barco perdido em

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