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Fragmentos filosóficos delirantes XCIX* "(...) vocábulos que estão em permanente estado de mutação, em peças de um caleidoscópio, dando a mais inesperadas combinações" "A língua da análise científica, esqueletizada pelo uso de abstrações, é rica de termos que definem e determinam as coisas em todos os sentidos, porém é pobre de palavras, criadoras de imagens" "O artista que aspire a pensar originalmente e a dizer coisas próprias de seu tempo deve preparar a língua de que necessita com suas próprias mãos" "O poeta imagina, a imaginação vê o mundo como não é... finge, inventa, não imita (...) criador, inventor, não imitador, eis o caráter essencial do poeta" "As regras nascem quando falta quem pense (...)" "O mal de nossa época é que a poesia já esteja reduzida a arte, de modo que, para ser verdadeiramente original, é preciso romper, violar, desprezar, deixar de parte inteiramente os costumes e os hábitos e as noções de
Noite... Olympia Filósofa Clínica, Poeta São João del Rei/MG Vizinho de quarto Esperança - perda Alegria - dor Riso - choro Movimento - estagnação Gente - fragilidade Coração - vazio Cheiro - ausência Voz - silêncio Possibilidade - nada Vida - morte Caminhos...
Deuses e Gregos Rosângela Rossi Psicoterapeuta, Filósofa Clínica, Escritora Juiz de Fora/MG Que os deuses do Olimpo nos habitam não há como duvidar politeístas, múltiplos,vastos e devassos sem religião, nem diabos libertavam e destruíam Dioniso, Apolo, Afrodite... Socrátes e Platão bem sabiam Pré-socráticos intuiram e criaram a filosofia pois podiam pensar livremente escolher caminhos sem "ismos" sutis viam os dois lados da moeda o bem e o mal misturado luz e sombra, lado a lado complementares herdamos a reflexão renascentistas perceberam ...e nos perdemos na Idade Média buscamos freneticamente salvadores abandonamos os deuses e fugimos do Olimpo empobrecemos na miséria passamos a ver apenas o mal na busca desenfreada do bem na repressão paralizamos que retornem os deuses gregos! que retorne a alma! que nos libertemos das lentes moralistas e trilhemos os abismos e as florestas deixando de lado o ego heroíco caminhando como humanos observan
Simplesmente Luana Tavares Filósofa Clínica Niterói/RJ Na vida, em geral, nem sempre compartilhamos sentimentos... estes, às vezes, estão potencialmente defasados, como se buscassem uma completude que nunca se realiza. Invariavelmente não é algo que se deva lamentar, apenas é o que acontece. Concretizamos o que somos capazes de exercer e externar, ainda que sem limites para novos voos. Cada um sente ao seu modo... e todos são válidos! É provável que nos apaixonemos por aquilo que mais valorizamos, procurando no outro o que nos identificamos ou, eventualmente, o que falta em nós. Mas talvez essa busca seja exatamente o que nos sublima, pois dela extraímos sentidos e horizontes. Quando entendemos que as subjetividades são compreendidas a partir de tudo o que nos revela, no sentido próprio do que nos compõem, realizamos um encontro com nossa própria essência e isto nos remete ao que acreditamos que somos ou ao que achamos de nós mesmos. Com os sentimentos também pode
Ao Deus desconhecido Miguel Angelo Caruzo Filósofo Clínico Juiz de Fora/MG “De pé, então, no meio do Areópago, Paulo falou: ‘Cidadãos atenienses! Vejo que, sob todos os aspectos, sois os mais religiosos dos homens. Pois, percorrendo a vossa cidade e observando os vossos monumentos sagrados, encontrei até um altar com a inscrição: ‘Ao Deus desconhecido’. Ora bem, o que adorais sem conhecer, isto venho anunciar-vos’” (Atos dos Apóstolos 17, 22-23). Quais templos de dúvidas estamos reservando ao Deus desconhecido? Será que podemos colocar um deus no lugar de um templo cujo lugar esteja reservado para as nossas maiores dúvidas. Preenche-lo não seria um abandono da possibilidade das buscas? Será que não é a busca que move o homem e este cada vez que responde definitivamente determinadas questões acaba diminuindo suas capacidades e movimentos naturais da vida? Mestre Eckhart, místico medieval dizia que as imagens de deus eram criações que o afastam de deus. Portanto, a máxima dele
Fragmentos filosóficos delirantes XCVIII* "Aonde chegaríamos se quiséssemos despir o conceito dos primórdios de sua natureza relativa ? Só existem começos relativos" "Certas conquistas da alma e do conhecimento não podem existir sem a doença, a loucura, o crime intelectual" " Na esfera de Lessing, nós nos acostumamos a relativizar as coisas, a humanizar o conceito de verdade, e nos habituamos à ideia de que os critérios do que é verdadeiro residem menos na verdade defendida do que naquele que a defende" "A palavra é recriada, sem que tenha sido gasta, é única, como se fosse retirada pela primeira vez do seio da linguagem, reinventada, reassociada com o seu sentido de maneira que esse sentido começa a transcender estranhamente (...)" "(...) os amigos da humanidade e da perfectibilidade que acreditam que o ser humano almeja a felicidade e a vantagem, quando na verdade ele também anseia por sofrimento, essa única fonte do conheciment
FRIO* Dia nublado Úmido e frio Aconchego, fogão a lenha Batata picada miudinha Tempero verde e alho Transforma numa delicosa Sopinha de batata Aroma invade Toda casa Sabor da infãncia Trás personagens Daquele tempo Eta vida ligeirinha *Olympia Filósofa Clínica São João del Rei/MG
Loucura – danação da norma Vânia Dantas Filósofa Clínica Uberlândia/MG Pensei em escrever sobre os itens a loucura como tentação/danação à norma e observei a presença dela nos artistas, nas mulheres e nas clínicas, levada por diferentes motivos, dentre os quais a compulsão, a percepção, a sociabilidade e a mente. Percebe-se momentos de loucura quando o ser não suporta o abstrato ou o sensorial e desmonta por dentro ou por fora, tendo como motivos o que ele acha do mundo e da vida batendo de frente com seus preconceitos, as buscas que tem em confronto com os próprios valores, e daí pra uma série de outras coordenações tópicas possíveis. No mundo dos críticos perfeitos é possível rotular qualquer um. Segundo José Ângelo Gaiarsa , trata-se da expansão do sentimento egoísta na sociedade: o que não faz parte da família é estranho e não merece cuidado. O cliente nem sempre tem razão simplesmente porque o ser humano não é único e universal. A sociedade é uma fábrica de alienados

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