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Todo dia, é dia Santo* Amar nunca é demais. Expressar o sentimento sempre que possível, não expõe ninguém a risco algum. Fazer amor para expressar o que sente pela pessoa amada, é opção de cada um. Fazer isto todo dia, também é. Você tem alguém disponível todos os dias? O nível de desejo de vocês dois, corresponde em numero, gênero e grau? Então qual é o problema. Você nem ama tanto assim, mas tem alguém legal, com uma química incontestável que está com você todos os dias e tudo possibilita que vocês transem sempre, de manhã, a noite antes de dormir, no final de semana umas seis vezes. Isto é um problema? Não existe problemas nem riscos à saúde por fazer amor todos os dias e na hora que der. Nenhuma vagina vai se dilacerar e nenhum pênis, jamais vai ficar machucado ou coisa desse tipo. Ninguém vai ter estafa, nenhum coração vai parar, muito pelo contrário. O grande problema da frenquência nas relações sexuais, está em o casal não estar ajustado de uma forma ou de outra. O g
Adeus Pimbo, a-Deus Sou do tempo antigo. Quando decidi casar, pedi a mão da noiva ao Pimbo, meu futuro sogro. Ele concedeu, com uma única ressalva: - faça minha filha muito feliz. Quando nos divorciamos, mais uma vez o procurei e tivemos outra conversa formal.. Expliquei que havíamos tentado várias alternativas, mas não conseguíamos mais ser felizes juntos. Seu pedido perdera a validade. Ele me abraçou, disse que gostava de mim como um filho, lamentava demais, porém precisava respeitar nossa decisão. O casamento terminou, a amizade permaneceu. Agora ele está morrendo. Estado vegetativo em um leito hospitalar, com os dias contados. Fomos nos despedir, eu e meu filho. Chegamos à noite. Estávamos a sós com ele no quarto, apenas uma atendente de enfermagem semi-dormindo no sofá ao lado. Não queria que aquilo fosse apenas mais outra formalidade, mas não sabia como me comportar. Tampouco meu filho. Aproximamo-nos, despidos de defesas, com o desejo de dizer adeus ao ex sogro, ami
Para todas as outras coisas, use Mastercard* Dizer tudo em uma frase é algo que pode facilitar coisas que não necessitam mais do que isso. Se não por outros benefícios, ao menos diríamos tudo em uma frase. Livros maçudos, filmes que passaram do fim, óperas, um discurso inteiro que escreveram para o Lula, tudo em uma frase e poderíamos ir embora. A frase diria tudo. Duas frases, dois livros. Como é que a Hyundai vende um Tucson? A gente abre a página dupla de uma revista, encontra o carro virado para lá, vários adesivos indicando prêmios e outras coisas que não lemos, mas que indicam isso, e uma frase: escolha o melhor do mundo. E, pronto, já sei porque devo comprar um automóvel automático no valor de R$ 115000,00. Por que eu compraria um notebook que tem em qualquer lugar no Ponto Frio? Porque lá eu posso pagar em doze vezes sem juros. E mesmo que eu possa fazer isso em qualquer outro lugar, eles é que estão me comunicando o fato. Sinto-me como um Tucson automático, o melhor do
Erasmo de Rotterdam* LOUCURA E RAZÃO Elogio da Loucura foi dedicada a Thomas More. Editada primeiramente em 1509, na qual a loucura é uma deusa determinadora das ações humanas. Organizadora das cidades, mantenedora dos governos e da religião. Essa obra é relevante no movimento renascentista (KANTORSKI, 2010, p. 241). “Erasmo de Rotterdam soube atacar, com muita astúcia e capacidade, os abusos e as contradições presentes no clero e em toda sociedade de sua época, sugerindo alternativas para uma vida moralmente correta” (KANTORSKI, 2010, p. 243). Na obra erasmiana a deusa grega é vista como força de energia do cotidiano. Trata-se de um monólogo na qual a loucura apresenta os motivos que a torna cultuada. Mostrando, assim, sua relevância e superioridade às demais faculdades humanas, baseando-se nas ações dos próprios homens formando “as cidades, os governos, a religião e a própria vida, consistindo em uma espécie de divertimento da mesma” (KANTORSKI, 2010, p. 244). Nessa obra,
O LUGAR DA SENSIBILIDADE E DE PASCAL* Num tempo em que os valores estão em crise e a humanidade vive o caos mascarado em desenvolvimento, o homem se encontra perdido, sem saber para que lado ir. O estresse, a frieza , a superficialidade, a agressividade, a competição, a compulsão, os vícios são sintomas de uma sociedade doente emocionalmente. No isolamento as pessoas estão cada vez mais sós a buscar um mundo virtual para preencher este vazio existencial. Neste ponto de mutação, momento de transição, é preciso resgatar a sensibilidade e colocar a compaixão, o amor , a estética, a relação com os outros no plano de frente, ou morremos todos de depressão e tédio. Pascal, o filósofo do século XVII, integra a racionalidade com a afetividade. Ele afirma que o coração tem razões que a própria razão desconhece. Sua filosofia nos auxilia a resgatar a sensibilidade perdida. Ele nos coloca diante a faculdade emocional em uma era marcada pela supervalorização do racionalismo, cientificism
O que é um Remédio* Querido leitor, que você esteja em paz! Hoje vamos refletir sobre remédio. Há anos venho ouvindo e assistindo nos meios de comunicação propagandas de remédios e até dos locais onde são vendidos. “Melhore sua saúde, tome o remédio tal”, ou “Empresa tal, o endereço da sua saúde”. Enfim, exemplos não faltam. Sempre que ouço as propagandas, logo me vem à mente um pensamento: remédio não é para quem tem saúde, é pra quem está doente. E observando melhor a palavra “doente”, logo percebo que há um “ente” e, aqui, ente é um ser, uma pessoa. Portanto, indo um pouco mais a fundo, concluo que doente é um ser que não está com saúde. É aqui que entra o remédio. E remédio, é bom lembrar, vem de meio, ou seja, trazer a pessoa doente para o meio, “remediar”. Quando nos passamos, seja física ou psicologicamente, na grande maioria das vezes vêm os efeitos colaterais e, para muitos, a somatização. Surgem as doenças das mais variadas formas e locais e contar destas, a forma ma
Sentenças possíveis* “De onde as coisas têm seu nascimento, para lá também devem afundar-se na perdição, segundo a necessidade; pois elas devem expiar e ser julgadas pela sua injustiça, segundo a ordem do tempo”. (A sentença de Anaximandro – tradução de F. Nietzsche). Que o austero filósofo me permita uma espécie de licença poética e/ou talvez temporal – forçosamente adaptada aos nossos dias – de suas palavras. Mas me ocorreu, enquanto relia a sentença, que na nossa atual dimensão espaço-tempo, parece que sofremos uma espécie de sentença em escala planetária, associada aos prenúncios quase apocalípticos de que estamos à beira do caos existencial, pragmaticamente falando! Obviamente que estamos atravessando momentos críticos, no que tange à consistência física, estrutural e social do planeta, entre outros fatores. Mas creio que já estamos nesta fase há algum tempo. Talvez devêssemos começar a agir como as crianças que se encantam e buscarmos uma postura mais deslumbrada diante
Sexo foi feito pra fazer e ter prazer* Se tem uma coisa que é completamente relativa, é o resultado do diálogo quando utilizado para resolver desajustes na vida sexual de um casal. Cada dia fica mais provado, que sexo a gente faz e pronto. Deu certo, ótimo. Não deu. Aí vai depender muito das partes envolvidas serem coerentes e coesas o suficiente para, a partir de uma conversinha, a coisa ir se arrumando. É possível e inteligência, resolve bem isso. Vai depender muito do quesito receptividade e mais ainda de uma virtude extremamente difícil de ser praticada. A humildade. Vai depender ainda de a pessoa te amar a ponto de querer te agradar, mesmo que isto a fira de alguma forma. É bom saber que muitas pessoas amam egoisticamente, ou seja, desde que você as ame mais e nunca as contrarie. É muito difícil para alguém ouvir: É bom, mas... Foi bom, mas... Mais difícil ainda, é aquele que gostaria que algo fosse melhor no outro, precisar se manifestar ou pior ainda, suportar o que fa

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