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Lua Sol_25 abril 2013* E eis que seu parceiro chega. Mas ela rodopiou tanto entremundos que deve saber da necessidade de um tempo para aterrissar e concebê-lo. E não é sempre dessa forma tão próxima que essa visita acontece. Ele agora está aí, bem ao seu lado. A torcida é para que uma dialética acorra. Numa tradução literal do grego διαλεκτική ou do latim dialectĭca ou dialectĭce = caminho entre as ideias. É também como aquele antibiótico que, após a segunda ou terceira dose, já faz com que os sintomas sejam quase inexistentes. Chega essa força solar e gera maior luz nesta Lua. Mas, a princípio, não recebemos de forma fluente ou tranquila essa claridade, já que nitidamente cegante. Talvez também por falta de costume ou proximidade. Mas não há como não aceitá-la, pois ela caminha entre as ideias, em uma dança possível somente por esta Lua Sol. Há muito na natureza que nos escapa. Isto se reflete na sequência de signos e números em que, o anterior sempre apresenta algo bem difere
Encantador de Jardins* Queridos leitores, paz! Era uma vez um senhor muito sonhador. Sonhou com sua casa com grama, árvores frutíferas, vários jardins. Tanto sonhou que, um dia, conseguiu realizar o seu intento. A grama era um tapete sob seus pés, as árvores frutíferas no pomar exalavam cheiros de frutas e de flores. Nos jardins, ele cultivava diversos tipos de flores das mais variadas cores. Flores rasteiras e pequenas, flores grandes e com arbusto. Flores brancas, vermelhas, rosas, amarelas, lilás e roxas. Tudo aquilo gerou um fato novo talvez não previsto em seus sonhos. Vieram alguns pássaros, dezenas, e aos poucos eram centenas, e há quem diga que apareceram milhares deles. Diante de tamanha surpresa, ele começou a apedrejar os pequenos animaizinhos. Em alguns, as pedras foram longe, em outros, as pedras passaram de raspão, em outros, elas acertaram em cheio, comprometendo o voo de retorno ao ninho, onde alimentariam seus filhotes. Todas as pessoas que observavam aquel
Liberdade* Ai que prazer Não cumprir um dever, Ter um livro pra ler E não o fazer! Ler é maçada, Estudar é nada. O sol doira Sem literatura. O rio corre, bem ou mal, Sem edição original. E a brisa, essa, De tão naturalmente matinal, Como tem tempo não tem pressa… Livros são papéis pintados com tinta. Estudar é uma coisa em que está indistinta A distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto é melhor, quando há bruma, Esperar por D. Sebastião, Quer venha quer não! Grande é a poesia, a bondade e as danças… Mas o melhor do mundo são as crianças, Flores, música, o luar e o sol, que peca Só quando, em vez de criar, seca. O mais do que isto É Jesus Cristo, Que não sabia nada de finanças Nem consta que tivesse biblioteca. *Fernando Pessoa
Poetando* Fui poesia quando não podia ser vida enquanto diziam que eu fazia poesia da vida. Assim, me amaram nos textos, mas neles eu sublimava. Fazia os personagens dos filmes, sorria por dentro, chorava na carne. E um dia, de tanto papel escrito empilhado, a poesia se materializou. Pensamentos repetidos se fizeram coisas e junto às coisas apareceram pessoas. Junto com as coreografias que imaginei para a bailarina, de sapatilha em ponta e tutu de tule, me apresentaram o espetáculo com cenário de luzes a céu aberto. Assim, há chance para recompor a identidade; Talvez não seja Marte, Mas uma outra vida. *Vânia Dantas Filosofa Clínica Brasília/DF
DESCULPA LETÍCIA* Estava noivo, casamento marcado para o mês seguinte, quando fui abordado por uma namorada da adolescência, pedindo que abandonasse todos os planos e voltasse para ela. Parece até enredo de novela mexicana, mas a vida nos reserva surpresas que superam a ficção. Sabe aquela fase em que você está apaixonado, só tem olhos para sua amada, decoram juntos o apartamento onde vão morar, planejam detalhes da festa de casamento, entregam convites e sonham acordados com a lua de mel? Neste clima surge a Letícia jogando areia, propondo terminar meu casamento e re-iniciar um romance antigo. Havíamos namorado durante quase cinco anos. Foi um namoro ótimo, até o dia em que o pai dela foi transferido para outro estado e a família o acompanhou. Trocamos cartas com juras de amor durante um tempo, mas a distância foi nos afastando até que perdemos totalmente o contato. Quase dez anos sem noticias, para agora receber este furo de reportagem dizendo que sou o amor de sua vida e que

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