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O auto-retrato *

No retrato que me faço - traço a traço - às vezes me pinto nuvem, às vezes me pinto árvore... às vezes me pinto coisas de que nem há mais lembrança... ou coisas que não existem mas que um dia existirão... e, desta lida, em que busco - pouco a pouco - minha eterna semelhança, no final, que restará? Um desenho de criança... Corrigido por um louco! *Mário Quintana

Lilith*

Um conto... uma lenda... um arquétipo feminino materializado em forma de história de um amor que supera o tempo, os limites da vida e da morte, transcende emoções e transporta entre mundos a existência. Uma interação amorosa, visceral e profunda, selada pela força sobrenatural que governa o mundo e todas as fronteiras. O encontro de seres distintos – um, espiritual, racional e masculino com armas malignas; o outro, sensorial e feminino, com fluidez da subjetividade que impregna e transforma tudo que toca. Dois seres que, na força do amor, do poder e da paixão, revelam o avesso do sentir e a mácula do desejo não possuído, da incompletude amorosa, da ânsia dos contrastes de amar sem ser amado, do desejo contido que implode no gozo solitário que jamais sacia, em ao pertencer sem ser pertencido ou ao amar sem ser amado.  Lilith, forjada no mundo como a primeira mulher, surgida da sedução cósmica, que encanta não somente por sua beleza, mas por seus aromas e fluido

AQUELE OLHAR*

Quando ela me olha, Com aquele olhar inocente, Parece que nasce na gente, Uma outra vida, que não esta, Tudo se transforma em festa, quando ela chega sorridente. Com seu olhar inocente, Eivado de ingenuidade, Pura poesia... O que ele quer dizer não parece verdade, Mas com muita veracidade, Diz coisas que só o poeta vê. É a vida que floresce, E por falar em flores, Você é a minha preferida que começa florescer. Aquela pessoa pequena que mal começa falar, Balbucia palavras soltas, Com sentido incompleto, Mas traz um discurso completo, No seu inocente olhar. O seu olhar brilha como as estrelas, Enfeitiçando o meu ser, Olhar que me acalma, Bálsamo para minha alma, Dentre o brilho das estrelas, No céu do vovô, A  estrela que mais brilha é você. *Valter Silveira Machado Filósofo Clínico Juiz de Fora/MG

Exageros ?*

"Outro dia, fiquei pensando no mundo sem mim. Há o mundo continuando a fazer o que faz. E eu não estou lá. Muito estranho. Penso no caminhão do lixo passando e levando o lixo e eu não estou lá. Ou o jornal jogado no jardim e eu não estou lá para pegá-lo. Impossível. E pior, algum tempo depois de estar morto, vou ser verdadeiramente descoberto. E todos aqueles que tinham medo de mim ou me odiavam vão subitamente me aceitar. Minhas palavras vão estar em todos os lugares. Vão se formar clubes e sociedades. Será nojento. Será feito um filme sobre a minha vida. Me farão muito mais corajoso e talentoso do que sou. Muito mais. Será suficiente para fazer os deuses vomitarem. A raça humana exagera em tudo: seus heróis, seus inimigos, sua importância." *Charles Bukowski

O novo, o velho e o paradoxo*

             Gostaria de conduzir a presente reflexão a partir do título. Segundo suponho, nele está a síntese, ainda não explicada, do que vou postular a seguir.             Primeiramente vamos esclarecer o novo: a Filosofia Clínica. Por que novo? Porque é uma proposta criada no fim do século XX, formulada ao longo da década de 1980, consolidada em meados da década de 1990 e estendida até hoje. Trata-se de um método cuja riqueza reside no postulado de seu caráter inacabado, continuamente se reinventando, sempre em desenvolvimento. Levando em conta que o saber da área de humanas geralmente leva tempo para se consolidar, a Filosofia Clínica é uma proposta extremamente nova.             E o que é o velho? Antes de explicá-lo, gostaria de contextualizar o porquê deste termo. Comecei a cursar a Filosofia Clínica em 2010, quando estava na segunda faculdade, cursando a licenciatura em filosofia – na primeira havia cursado o bacharelado na mesma área. Quando c

É disto que eu gosto*

Gosto de brincar com as palavras. Observar o entorno. Registrar os instantes. Fazer das letras uma pintura viva. Os símbolos dançam e me seduzem. Escravizando as palavras, Liberto minha alma. Egoísmo este meu hábito! Mas, o que fazer se tanto gosto? Nem sei, nem quero saber o porque. É bom e basta! Estou apaixonada pela literatura, Essa tecedura de imaginação Com o dar forma às palavras, Num dançar instigante e cativante. Bom e gostoso envelhecer assim, Entre a biblioteca e as teclas. Melhor ainda desenhando as letras Com lápis e papel à forma clássica! Um mundo se rebela a cada palavra. Vou tecendo a colcha... No final apenas um texto Que compartilho, pois humana Gosto também de gente Que, como eu, Gosta de brincar de ler! * Rosângela Rossi Psicoterapeuta, escritora, filósofa clínica Juiz de Fora/MG

Buscas***

"Sonhar o sonho impossível, Sofrer a angústia implacável, Pisar onde os bravos não ousam, Reparar o mal irreparável, Amar um amor casto à distância, Enfrentar o inimigo invencível, Tentar quando as forças se esvaem, Alcançar a estrela inatingível: Essa é a minha busca." *Dom Quixote **Miguel de Cervantes

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