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Fragmentos Filosóficos Delirantes*

"Terreno da liberdade, a crônica é também o gênero da mestiçagem. Haverá algo mais indicativo do que é o Brasil ? País de amplas e desordenadas fronteiras, grande complexo de raças, crenças e culturas, nós também, brasileiros, vacilamos todo o tempo entre o ser e o não ser. Somos um país que se desmente, que se contradiz e que se ultrapassa. Um país no qual é cada vez mais difícil responder à mais elementar das perguntas: - Quem sou eu ?" "Os poetas que valem realmente fazem a poesia dizer mais coisas do que dizia antes deles." Morrem, mas continuam a falar a nos surpreender." "'Não é a simplicidade que se deve recomendar e elogiar'. Para Mário, a lei moral do artista digno era 'se realizar cada vez melhor em sua personalidade'. Ser simples, ou ser confuso, é uma consequência, não uma escolha." "A literatura é um poço profundo, em que o chão nos escapa. Uma vez em seu interior, nada mais devemos esperar. Ficções não

O inverno da alma...*

Percebo a cada dia, um frio que sai de dentro do meu coração, sequioso por sol. O calor aquece a alma dolorida e recupera a caminhada cansativa de cada dia. Estive hibernada em mim durante muito tempo. Precisei entender processos escondidos dentro de um compartimento secreto que só foi possível acessar depois de muita dor e sofrimento. Não gosto do inverno e confesso que quando sinto que ele está indo para longe trazendo a primavera, meu coração se enche de flores perfumadas de plenitude. Moro na serra de Petrópolis, onde há dias cinza e de nevoeiro. As tardes são úmidas e frias nessa estação temida por quem se encolhe e se esconde debaixo de várias peles para aquecer o corpo e o coração. Olho pela janela do meu quarto e vejo o céu. Isso me anima. Como o céu de inverno é bonito!!! Quase romântico. A lua sempre exuberante me lembra vida ainda existente em algum lugar perto ou distante de meus pensamentos que caminham em direção ao nada e à melancolia. Volto para dentro do m

Tu tens um medo*

Tu tens um medo: Acabar. Não vês que acabas todo o dia. Que morres no amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que te renovas todo o dia. No amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que és sempre outro. Que és sempre o mesmo. Que morrerás por idades imensas. Até não teres medo de morrer. E então serás eterno. *Cecília Meireles

Sobre Dar e Receber*

Dizem que ninguém nunca pode receber Senão o que ele mesmo pode dar O bem maior que podemos fazer aos outros É fazer com que descubram , eles mesmos, sua riqueza maior Toda dádiva recebida é a descoberta Dentro de si de algo que já se possuía sem suspeitar Compreende-se que o único A ter consciência do bem é quem o recebe E não quem o dá Pois quem o dá age conforme o que já é E quem o recebe enriquece, deveras, sua vida Com um poder que trazia dentro de si Mas que não exercia enquanto sozinho É estéril uma dádiva não recebida Por certo é quem recebe a dádiva Que possibilita a sua eficácia... *José Mayer Filósofo. Livreiro. Estudante na Casa da Filosofia Clínica Porto Alegre/RS

Se eu fosse um Padre*

Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões, não falaria em Deus nem no Pecado muito menos no Anjo Rebelado e os encantos das suas seduções, não citaria santos e profetas: nada das suas celestiais promessas ou das suas terríveis maldições... Se eu fosse um padre eu citaria os poetas, Rezaria seus versos, os mais belos, desses que desde a infância me embalaram e quem me dera que alguns fossem meus! Porque a poesia purifica a alma ... a um belo poema ainda que de Deus se aparte um belo poema sempre leva a Deus! *Mário Quintana

Fragmentos Filosóficos Delirantes*

"Ao desenhar refúgios entrelinhas de saber excessivo, um velho conhecido se faz estrangeiro à natureza que muda para se manter. Na interrogação das incertezas o silêncio oferece novas versões na transgressão da palavra." "O vocabulário da singularidade pode referir temas com significado próprio, mesmo quando se utiliza de expressões contidas no dicionário comum. Nesse sentido, pode ser importante superar os limites do mundo atual. As releituras costumam viabilizar essa decifração." "O autor, como investigador de raridades, busca afinar seu estilo de acordo com as fontes por onde transita. A ele se oferece o desafio de encontrar o melhor ângulo, para realizar a magia da interseção aprendiz." "Como um artesão a esculpir sua obra de arte, o Filósofo Clínico trata de aprender com os signos imprevistos. Elabora escutas, olhares e diálogos, no lugar onde a estrutura das profecias se manifesta." "A natureza também insinua seus or

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