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Sabor da vida*

Para saborear a vida é preciso vivê-la devagar Mastigar bem cada momento Respirar, sentir o cheiro de algo muito bom chegando… Não exagere no tempero, muita pimenta pode estressar O sal e o açúcar deve ser usado com moderação Observe o tempo, não deixe passar do ponto Sente-se à mesa com apetite e deguste um bom dia!… *Marli Savelli

Uma temporada no Hospício*

Entrada; A palavra tranca Regurgita e volta O que está sendo feito? O que fizeram de mim? O que fizeram em mim? Uma droga: Caio, desmaio Agora não lembro Agora não penso Agora não sinto Agora, nada sou... No porão: Aqui é escuro Não vejo nada Não sinto nada Nada fala em mim O que sou aqui? Como dizer O que não sei? Como encontrar Aquele que não pode ser encontrado?... *José Mayer Filósofo. Livreiro. Poeta. Estudante na Casa da Filosofia Clínica. Porto Alegre/RS

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*

"(...) cada época torna canônicos textos considerados marginais na época precedente." "A nova epopeia é a primeira a permitir que duas vozes sejam simultaneamente ouvidas: a voz do poeta e a dos outros, interiorizada; trata-se de um diálogo interior." "O ideal de Brecht não é um teatro total, mas um teatro do heterogêneo, no qual reina a pluralidade no lugar da unidade." "Então Brecht escolhe, sem talvez sabê-lo, a posição de Aristóteles, para quem a surpresa é a fonte de conhecimento." "(...) escritura; ou, em todos os casos, quando o aspecto literário adquire uma pertinência nova." "O leitor é constitutivo da literatura, repete Sartre: 'O objeto literário é um estranho pião que só existe em movimento. Para fazê-lo surgir, é necessário um ato concreto designado leitura, e este só dura enquanto a leitura durar."  "(...) um imperativo para os livros: o melhor sentido é atribuído pelos leito

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*

"(...) esse projeto de uma obra de arte, que faz da categoria do provisório a sua própria categoria da criação, pondo em questão, constantemente, a ideia mesma de obra conclusa, instalando o transitório onde, segundo uma perspectiva clássica, vigeria a imutabilidade perfeita e paradigmal dos objetos eternos (...)." "O espectador influi sobre a formação, isto é, sobre a transformação do quadro e, assim, se converte em seu co-autor (...) O diálogo entre o quadro e o espectador renova-se continuamente, com a constante criação." "(...) a palavra é o resultado acústico do pensamento" "O que caracteriza a função poética é, assim, um uso inovador, imprevisto, inusitado das possibilidades do código da língua." "(...) justamente esse desvio da norma, que rompia as expectativas do leitor, explicava o processo da arte, que é um processo de desautomatização (o uso normal do código automatiza as reações) mediante um recurso de singul

A Verdade não me seduz*

A Verdade anda longe das possibilidades da Aventura e da Liberdade. Aventura para em um ponto onde a linguagem possa ser alcançada e sem que depois nos arrependamos do que pensar nos possíveis estragos. A aventura das palavras e das frases, aquilo que Paul Ricoeur nos mostra, “ela faz surgir, no próprio cerne da semântica da palavra, uma incerteza, uma inquietação, um espaço de jogo, a favor do qual se torna de novo possível lançar uma ponte entre a semântica da frase e a semântica de palavra”. Uma interação entre a aventura e o que se escreve sobre o que se pensa e dizemos. Retomo todos os dias, pelas manhãs preferencialmente, temas que considero pertinente à compreensão do cotidiano. Um deles é sobre o postulado da palavra Verdade nesta compreensão. Não há juízo nenhum que me faça a crer que a Ciências Humanas se vale dela para poder melhor chegar a conclusivas sem que o fim possa ser surpreendente. Mais uma vez, isso, escrito apenas em 1977 por Barthes, no livro “Leçon”

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