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O Ser Sem Representação*

Esse futuro nos iludir a, mas não importava: amanhã correremos mais depressa, estenderemos mais os braços... E, uma bela manhã... F. Scott Fitzgerald               Ícones do corpo, espaço da não representação, o olho furado tem espaço no mundo virtual, ganha a expressão das cores em notas musicais, a tribal eletrônica Björk expande os sentidos dos meus dias, os tambores me levam para longe das máscaras, o Brasil virou uma sinfonia de arrepiar, um sonho fora do lugar... essa é a distância entre o devir e o isolamento absoluto de uma realidade neurotizada pela tentação do conhecimento único. O próprio movimento do que é feito os corpos, os sons e a imagem que vem da unidade do ser e do nada, e como bem disse Heidegger “...a realidade do mundo não pode consistir em um ser”. Eu olho no horizonte a tua partida a outro país, a tua arte ficou no caos do cotidiano, a inquietação das coisas é que dá ânimo ao sonho à sinfonia da Terra... É como o ciberespaço que não se concretiza,

Tu Tens um Medo*

Tu Tens um Medo Acabar. Não vês que acabas todo o dia. Que morres no amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que te renovas todo dia. No amor. Na tristeza Na dúvida. No desejo. Que és sempre outro. Que és sempre o mesmo. Que morrerás por idades imensas. Até não teres medo de morrer. E então serás eterno. Não ames como os homens amam. Não ames com amor. Ama sem amor. Ama sem querer. Ama sem sentir. Ama como se fosses outro. Como se fosses amar. Sem esperar. Tão separado do que ama, em ti, Que não te inquiete Se o amor leva à felicidade, Se leva à morte, Se leva a algum destino. Se te leva. E se vai, ele mesmo… Não faças de ti Um sonho a realizar. Vai. Sem caminho marcado. Tu és o de todos os caminhos. Sê apenas uma presença. Invisível presença silenciosa. Todas as coisas esperam a luz, Sem dizerem que a esperam. Sem saberem que existe. Todas as coisas esperarão por ti, Sem te falarem. Sem lhes

A poética das rosas*

Também pudera Esquecido como sou Eu não me perdoo Como eu não sabia ainda Que era amarela A rosa preferida dela? Vou cultivar rosas De todas as cores Que não falte a amarela Uma flor só para ela Vai ser um esplendor Quando nascer A flor de cor Ama-r-ela.... *José Mayer Filósofo. Poeta. Livreiro. Filósofo Clínico da Casa da Filosofia Clínica Porto Alegre/RS

Fragmentos Filosóficos, Delirantes*

"Basta um fantasma numa reunião para que todos os presentes adquiram um ar fantasmal, basta um milagre para que a realidade se torne milagrosa." "A primeira invenção do autor de um romance é sempre o narrador, seja este um narrador impessoal que narra na terceira pessoa ou um narrador-personagem, comprometido na ação, que relata a partir de um eu." "O narrador nunca é o autor porque este é um homem livre e aquele se move no interior das regras e limites que este lhe impõe." "Cada época tem a sua irrealidade: seus mitos, seus fantasmas, suas quimeras, seus sonhos e uma visão ideal do ser humano que a ficção expressa com mais fidelidade que qualquer outro gênero." "A bondade e a maldade são uma essência, um elemento constitutivo do ser que, em casos excepcionais, pode mudar de valência dentro da mesma pessoa (...)" "Manipulando e organizando astutamente os ingredientes da realidade, o narrador construiu outra r

Texto de consulta*

1   A página branca indicará o discurso Ou a supressão o discurso?   A página branca aumenta a coisa Ou ainda diminui o mínimo?   O poema é o texto? O poeta? O poema é o texto + o poeta? O poema é o poeta - o texto?   O texto é o contexto do poeta Ou o poeta o contexto do texto?   O texto visível é o texto total O antetexto o antitexto Ou as ruínas do texto? O texto abole Cria Ou restaura?     2   O texto deriva do operador do texto Ou da coletividade — texto?   O texto é manipulado Pelo operador (ótico) Pelo operador (cirurgião) Ou pelo ótico-cirurgião?   O texto é dado Ou dador? O texto é objeto concreto Abstrato Ou concretoabstrato?   O texto quando escreve Escreve Ou foi escrito Reescrito?   O texto será reescrito Pelo tipógrafo / o leitor / o crítico; Pela roda do tempo?   Sofre o operador: O tipógrafo trunca o texto. Melhor mandar à oficina O texto já truncado.     (...)

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